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Trabalho e território de haitianos na região metropolitana de Belo Horizonte: precariedade e resistência

Barros, Carolyne Reis

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2017-04-06

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Trabalho e território de haitianos na região metropolitana de Belo Horizonte: precariedade e resistência
  • Autor: Barros, Carolyne Reis
  • Orientador: Sato, Leny
  • Assuntos: Migração Haitiana; Trabalho Precário; Psicologia Do Trabalho; Psicologia Social; Território; Territoire; Psychologie Sociale; Psychologie Du Travail; Migration Haïtienne; Travail Précaire
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A migração haitiana para o Brasil ganha destaque após o terremoto de 2010 no Haiti. Estima-se que hoje 55.000 haitianos vivam no Brasil. Esta pesquisa procurou compreender as dimensões psicossociais da migração para os haitianos residentes na Região Metropolitana de Belo Horizonte a partir das categorias trabalho e território. Partiu-se das perspectivas transnacionais e da teoria das redes sociais para produzir reflexões sobre o campo migratório que considerem o sujeito migrante. Em nosso percurso metodológico, a partir da pesquisa-militante, utilizamos a intervenção pesquisante como método de pesquisa, a partir da ideia de pesquisador conversador, e com os instrumentos de entrevista e diário de campo. Além das oito entrevistas, também frequentamos as reuniões da associação dos haitianos de Contagem (Kore Ayisyen) e espaços oficiais que envolvem essa discussão, tais como a rede de acolhimento ao migrante de Belo Horizonte e o Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao tráfico de pessoas e erradicação do trabalho escravo. A análise dos dados produzidos nesta pesquisa foi realizada também a partir de discussões sobre território e suas possíveis territorialidades e o trabalho e as experiências laborais dos migrantes desde o Haiti. Algumas dimensões psicossociais da migração para os haitianos referem-se à sua condição de vida no Brasil e envolvem as rotas no trajeto para o país, a dificuldade em aprender o idioma, a solidariedade construída na rede social da migração, o suporte social ofertado pelas igrejas, principalmente neopentecostais, e o racismo à brasileira. E como parte das condições, as territorialidades construídas a partir do cotidiano de trabalho, da localização da igreja, da loja que realiza o envio do dinheiro da remessa, da localização do Centro Zanmi imprimem um sentido e revelam outro uso do território. O trabalho relatado nas entrevistas revela que as experiências laborais se constituem como um desperdício da experiência, principalmente pelo trágico descompasso entre a formação e o trabalho que realizam no Brasil. Entre as experiências, a precarização do trabalho informal apresenta-se como o trabalho de entrada no mercado laboral brasileiro e junto com as demais atividades caracterizam o migrante haitiano como parte do precariado. Se há precariedade a partir de várias dimensões tanto no Haiti quando no Brasil, uma precariedade transnacional, há também resistência, que se revela na aposta na educação enquanto futuro, na organização política a partir da associação dos haitianos de Contagem e nos usos e sentidos produzidos no território
  • DOI: 10.11606/T.47.2017.tde-24072017-170154
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2017-04-06
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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