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Significado corporeado e significado como uso: uma investigação das relações entre a linguística cognitiva e a filosofia de Wittgenstein

Franco, Joana Bortolini

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2014-12-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Significado corporeado e significado como uso: uma investigação das relações entre a linguística cognitiva e a filosofia de Wittgenstein
  • Autor: Franco, Joana Bortolini
  • Orientador: Viotti, Evani de Carvalho
  • Assuntos: Ciências Cognitivas; Forma De Vida; Interação; Linguística Cognitiva; Wittgenstein; Cognitive Linguistics; Cognitive Sciences; Form Of Life; Interaction
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação de mestrado apresenta os principais resultados de uma pesquisa que se dedicou a comparar e confrontar as concepções de linguagem e significado da linguística cognitiva com as formulações da segunda fase da filosofia de Ludwig Wittgenstein. A partir da leitura e interpretação de textos fundamentais da linguística cognitiva e de importantes publicações de Wittgenstein, e do cotejo das ideias extraídas daí, esta dissertação pretende salientar as semelhanças e colocar em evidência as diferenças dessas linhas de pensamento, para indicar caminhos promissores de diálogo. Além disso, esta dissertação pretende comunicar-se com um domínio mais amplo de pensamento, incluindo no debate outras correntes e disciplinas das ciências cognitivas, o que respeita a vocação interdisciplinar dessas concepções de linguagem e que orientou esta pesquisa. Embora as discussões desta dissertação se deem, principalmente, em torno da noção de significado e linguagem, elas dizem respeito a concepções de racionalidade e cognição que tocam em temas largamente presentes no pensamento ocidental. Por isso, elas são apresentadas, nos primeiros capítulos, em um contexto mais amplo de pensamento, posicionadas no mesmo lado de um debate entre amplos paradigmas de pensamento, o paradigma objetivista e o paradigma experiencialista. A linguística cognitiva e Wittgenstein, assim como esta pesquisa, assumem, igualmente, que a linguagem humana não deve ser abordada como algo isolado do seu uso concreto. O confronto entre elas se dá a partir do momento que temos, de um lado, uma concepção de significado ancorada na experiência com o corpo enquanto organismo biológico, e, de outro lado, uma abordagem da linguagem que exclui a preocupação com qualquer fundamento causal do uso da linguagem. Essa diferença foi abordada em termos, em parte, de uma diferença entre ciência, mas principalmente levando em conta o aspecto internalista da concepção da linguística cognitiva e externalista da de Wittgenstein. Depois de aproximar os modelos explicativos da linguística cognitiva e particularidades do uso da linguagem cotidiana notadas por Wittgenstein, no capítulo 3, eu investigo as noções de jogo-de-linguagem e de forma de vida de Wittgenstein, propondo uma interpretação com foco na ideia do uso da linguagem como uma ação humana. Essa interpretação conduz à proposta de que a noção de forma de vida deve ser abordada com referência à ideia de interação, o que tem consequências para a concepção de significado trazida de Wittgenstein e para a aproximação a ser feita com a linguística cognitiva. As perspectivas de diálogo que a linguística cognitiva tem com Wittgenstein são delineadas no capítulo 6, a partir da posição teórica assumida por correntes recentes das ciências cognitivas. Por fim, as questões de pesquisa são recolocadas e abordadas com novo foco: os problemas sugeridos pela diferença entre filosofia e ciência são deixados de lado e a oposição entre significado corporeado e significado público é reformulada para aquela que dá título a este trabalho: significado corporeado e significado como uso. Essa reformulação chama a atenção para a necessidade de não colocar em oposição uma concepção de significado corporeada com uma visão interacional e focada na ação, como é o caso daquela encontrada na segunda filosofia de Wittgenstein.
  • DOI: 10.11606/D.8.2014.tde-22052015-103908
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2014-12-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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