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Caracterização neuropatológica da sintase neuronal do óxido nítrico e das proteínas de choque térmico 70 e 90 na epilepsia do lobo temporal associada ou não a comorbidades psiquiátricas

Ludmyla Kandratavicius João Pereira Leite

2007

Localização: FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (Kandratavicius, Ludmyla )(Acessar)

  • Título:
    Caracterização neuropatológica da sintase neuronal do óxido nítrico e das proteínas de choque térmico 70 e 90 na epilepsia do lobo temporal associada ou não a comorbidades psiquiátricas
  • Autor: Ludmyla Kandratavicius
  • João Pereira Leite
  • Assuntos: EPILEPSIA; LOBO TEMPORAL
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Comorbidades psiquiátricas em epilepsia são muito freqüentes, especialmente aquelas que têm o lobo temporal como área epileptogênica principal. A escassez de dados neuropatológicos e bioquímicos da associação entre os tipos mais comuns de distúrbios psiquiátricos e a epilepsia levou-nos ao estudo de hipocampos de pacientes com ausência ou presença de depressão ou psicose na epilepsia do lobo temporal mesial. Além de medidas de densidade neuronal e neo-brotamento, verificamos a expressão da sintase neuronal do óxido nítrico (nNOS), bastante estudada, separadamente, em epilepsias e distúrbios psiquiátricos. O óxido nítrico (NO) produzido pela nNOS tem sido identificado como fonte de radicais livres, com envolvimento em diversas patologias do sistema nervoso, mas também em mecanismos fisiológicos de plasticidade sináptica e neurotransmissão glutamatérgica. Também analisamos a expressão das proteínas de choque térmico 70 (HSP70) e 90 (HSP90), sendo esta última muito pouco estudada em epileptogênese, em situações de comorbidade de epilepsia e distúrbios psiquiátricos. A HSP70 é a principal proteína induzível por situações de stress como crises epilépticas. Estudos com modelos animais relatam aumento de expressão de HSP70 proporcional à severidade das crises. HSP90 tem funções chaperona, é ligante de cálcio, calmodulina, ATP e regula a sintase do óxido nítrico, receptores esteróides, Tau, actina, tubulina e filamentos intermediários. Devido à provável
    proteção mediada por HSP70 e ao papel desempenhado por HSP90 na interação com proteínas fatores-chave na epileptogênese, acreditamos que um estudo de caracterização delas poderia ser de utilidade na compreensão dos princípios que regem a epilepsia e distúrbios psiquiátricos como a depressão e a psicose. Buscamos assim a elucidação da eventualidade destes mecanismos de alterações neurais compartilharem do mesmo substrato patológico. Quarenta e três hipocampos foram obtidos de pacientes com EL TM fármaco- resistente com ausência e presença de depressão ou psicose submetidos a hipocampectomia. Hipocampos controle (n=6-10) foram obtidos em necrópsia de sujeitos sem história prévia de doenças neurológicas, Secções em parafina dos hipocampos foram submetidas a coloração por hematoxilina e eosina, histoquímica de neo- Timm e imunohistoquímica para nNOS, HSP70 e HSP90. Pacientes epilépticos com depressão exibem maior QI que os com psicose e apresentam mais crises parciais complexas com generalização secundária que os epilépticos sem comorbidades psiquiátricas. No pós-operatório os pacientes epilépticos sem comorbidades' psiquiátricas são mais bem sucedidos do que os com depressão, que por sua vez apresentam maior permanência de auras no pós-operatório do que os demais. Pacientes com psicose tendem a ter menor sucesso na remissão completa de crises. Pacientes epilépticos com depressão exibem maior neo-brotamento na camada molecular interna que os
    epilépticos sem comorbidades psiquiátricas e que os epilépticos com psicose. Pacientes epilépticos exibem maior imunoreatividade para nNOS que os controle. Dentre os epilépticos, os com psicose exibem menor expressão na maioria das regiões hipocampais. Há fortes indícios que o aumento da expressão de nNOS seja benéfico tanto para a melhoria da epilepsia quanto da psicose. Pacientes epilépticos exibem maior imunoreatividade para HSP70 que os controle. Dentre os epilépticos, os com psicose exibem menor expressão na camada granular, CA2 e CA3. É provável que o aumento de expressão de HSP70 seja benéfico para epilepsia, mas não para psicose. Pacientes epilépticos exibem maior imunoreatividade para HSP90 que os controle. Dentre os epilépticos, os com psicose exibem menor expressão no hilo, CA3 e CA4. É quase certo um papel protetor de HSP90 tanto em epilepsia quanto em psicose. Os resultados, em seu conjunto, confirmam a grande importância das moléculas estudadas, que podem ser úteis na compreensão dos mecanismos envolvidos na gênese, ao que tudo indica, independente, da epilepsia e dos distúrbios psiquiátricos
  • Data de criação/publicação: 2007
  • Formato: 85 p. anexos.
  • Idioma: Português

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