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Efeitos da desidratação sobre a secreção de glicocorticoides e a função imune em sapos

Barsotti, Adriana Maria Giorgi

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2021-06-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeitos da desidratação sobre a secreção de glicocorticoides e a função imune em sapos
  • Autor: Barsotti, Adriana Maria Giorgi
  • Orientador: Gomes, Fernando Ribeiro
  • Assuntos: 1. Desidratação; 2. Estresse; 5. Animais Invasores; 3. Corticosterona; 4. Imunocompetência; 1. Dehydration; 4. Immunocompetence; 3. Corticosterone; 2. Stress; 5. Invasive Animals
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A maior parte dos anfíbios apresenta alta permeabilidade hídrica e alto risco potencial de estresse hídrico. A desidratação pode representar um estressor, ativando o eixo hipotálamo- hipófise- adrenal/ interrenal (HHA/I), elevando a concentração plasmática de glicocorticoides (GC) e, consequentemente, modulando a resposta imune. Embora tenham clara implicação para o valor adaptativo, esses efeitos da desidratação sobre a imunocompetência permanecem pouco explorados na literatura, particularmente para anfíbios anuros. O objetivo dessa tese foi compreender o impacto da desidratação como estressor sobre aspectos da função imune inata em anfíbios anuros. Particularmente, foi investigado se indivíduos de Rhinella ornata, espécie de sapo associada a regiões mésicas e florestadas do Brasil, é capaz de ativar uma resposta de estresse quando desidratada, as consequências desse estresse hídrico sobre a imunocompetência e a capacidade de resposta a um estressor secundário. O impacto da desidratação como estressor sobre a função imune foi investigado também em populações nativas e invasoras do sapo Sclerophrys gutturalis da África do Sul, considerando-se as condições climáticas diferenciadas a que essas populações vivem. Brevemente, indivíduos foram submetidos à desidratação de 10% e 20% da massa corpórea padrão e tiveram amostra de sangue coletada para avaliar variáveis como a concentração plasmática de corticosterona (CORT), hematócrito (HCT), razão neutrófilo: linfócito (N:L), capacidade bactericida plasmática (CBP) e atividade fagocítica de leucócitos (AF). Em seguida, os animais foram submetidos à restrição de movimentos sob condições não-desidratantes (estressor secundário). Nossos resultados mostraram que a desidratação aumentou a CORT, HCT e N:L em sapos. O estresse de restrição secundário resultou em manutenção da concentração elevada de CORT no plasma e aumento da N:L e AF. Indivíduos de S. gutturalis da população invasora mostraram menor índice corpóreo, maior CBP e N:L em campo que indivíduos da população nativa. Após a submissão experimental aos estressores, sapos invasores e nativos mostraram aumento da CORT, e os invasores mantiveram CBP comparativamente maior que os nativos. Esses resultados indicam que a desidratação é um estressor para sapos, sendo capaz de ativar o eixo HHI, aumentando a secreção de CORT e estimulando a função imunitária. Adicionalmente, os sapos invasores apresentam uma função imune inata constitutivamente elevada se comparada à dos nativos, o que poderia aumentar seu valor adaptativo no novo ambiente e favorecer o sucesso de dispersão.
  • DOI: 10.11606/T.41.2021.tde-14082021-155729
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2021-06-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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