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Efeito de intervenções no estilo de vida em gestantes com excesso de peso na adiposidade neonatal e no peso ao nascer

Baroni, Naiara Aparecida Franco

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto 2023-02-09

  • Título:
    Efeito de intervenções no estilo de vida em gestantes com excesso de peso na adiposidade neonatal e no peso ao nascer
  • Autor: Baroni, Naiara Aparecida Franco
  • Orientador: Sartorelli, Daniela Saes
  • Assuntos: Adiposidade Neonatal; Peso Ao Nascer; Gestantes; Excesso De Peso; Estilo De Vida; Excessive Body Weight; Lifestyle; Neonatal Adiposity; Birth Weight; Pregnant Women
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: A adiposidade neonatal excessiva é fator de risco para o desenvolvimento de obesidade infantil. E o peso ao nascer é considerado um importante marcador de saúde neonatal com repercussões ao longo da vida. Objetivos: (1) Analisar a literatura científica por meio de uma revisão sistemática e metanálise sobre o efeito de intervenções nutricionais, combinadas ou não com o incentivo à prática de atividade física, em gestantes com excesso de peso na adiposidade neonatal. (2) Avaliar o efeito de uma intervenção nutricional baseada no incentivo ao consumo de alimentos in natura e minimamente processados, em detrimento aos ultraprocessados, aliado à prática regular de atividade física, em gestantes com sobrepeso na adiposidade neonatal e no peso ao nascer. Métodos: (1) A revisão sistemática foi conduzida com base nas diretrizes PRISMA. Foram pesquisadas cinco bases de dados como fontes de informações seguindo a pergunta norteadora com base no acrônimo PICO. Foram considerados elegíveis os artigos originais de ensaios clínicos randomizados de estudos de intervenção no estilo de vida em gestantes com sobrepeso ou obesidade e o efeito sobre a adiposidade neonatal (expressa em proporção de massa gorda) adotado como desfecho primário. O peso ao nascer (expresso em gramas) foi considerado desfecho secundário. O risco de viés foi avaliado usando os critérios Cochrane. A metanálise foi calculada usando a variância inversa para dados contínuos expressos como diferença de média (MD), empregando-se o modelo de efeito aleatório com intervalo de confiança de 95% (CI). Os resultados foram submetidos à avaliação GRADE. (2) Trata-se de uma análise secundária de um ensaio clínico aleatorizado controlado conduzido entre 350 gestantes com sobrepeso em sete Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto, SP, Brasil, entre 2018 e 2022. As participantes foram alocadas aleatoriamente nos grupos controle (GC) e intervenção (GI). As gestantes do GI foram convidadas a participar de três sessões de aconselhamento nutricional baseado na classificação NOVA de alimentos, aliado ao incentivo da prática regular de atividade física. A coleta de dados antropométricos neonatais foi realizada por nutricionistas treinadas, idealmente entre o terceiro e o quinto dia de vida do neonato, na ocasião do teste do pezinho. A adiposidade neonatal foi estimada utilizando o modelo antropométrico proposto por Deierlein e colaboradores. Foram empregados modelos de regressão linear ajustados por trabalho remunerado. O valor de p < 0,05 foi adotado como significante. Resultados: (1) Dos 2.877 estudos identificados, quatro foram incluídos na síntese qualitativa e quantitativa (n = 1494). Todos os estudos foram realizados em países alta renda com gestantes com sobrepeso ou obesidade. As intervenções não tiveram efeito na adiposidade neonatal [heterogeneidade = 56%, MD = - 0,21; CI = (- 0,92; 0,50)] e no peso ao nascer [n = 607; heterogeneidade = 55%, MD = 23,26; CI = (- 102,73; 149,24)] com baixa confiança na evidência de acordo com o GRADE. (2) Empregando-se o princípio da intenção de tratar modificado, dados de 256 neonatos foram analisados para peso ao nascer (GI = 121 e GC = 135), e de 163 para estimativa da composição corporal (GI = 78 e GC = 85). Ao comparar GI e GC, a média ± DP de peso ao nascer (g) foi 3290,2 ± 619,0 e 3211,3 ± 519,3 (p = 0,27), respectivamente; a proporção (%) de massa gorda expressa em mediana foi 16,2 e 15,6 (p = 0,19), respectivamente. Não foi observado efeito da intervenção na adiposidade neonatal [β 0,52 (IC 95% -1,03; 2,06); p = 0,51] e no peso ao nascer [β 53,23 (IC 95% -87,19; 193,64); p = 0,46]. Conclusões: (1) Não há evidências de efeito de intervenções no estilo de vida em gestantes com sobrepeso ou obesidade na adiposidade neonatal e no peso ao nascer. São necessários mais estudos com diferentes populações étnico-raciais, especialmente em países de baixa e média renda. (2) O aconselhamento nutricional e incentivo à prática regular de atividade física em gestantes com sobrepeso brasileiras não teve efeito na adiposidade neonatal e no peso ao nascer. Estudos futuros devem investigar o efeito de intervenções mais intensivas.
  • DOI: 10.11606/T.17.2023.tde-08052023-103623
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2023-02-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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