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Contribuições da Psicologia Social ao estudo de uma comunidade ribeirinha no Alto Solimões: redes comunitárias e identidades coletivas

Calegare, Marcelo Gustavo Aguilar

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia 2010-04-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Contribuições da Psicologia Social ao estudo de uma comunidade ribeirinha no Alto Solimões: redes comunitárias e identidades coletivas
  • Autor: Calegare, Marcelo Gustavo Aguilar
  • Orientador: Silva Junior, Nelson da
  • Assuntos: Psicologia Social; Comunidades; Desenvolvimento Sustentável; Identidade; Redes Sociais; Social Psychology; Social Networks; Communities; Identity; Sustainable Development
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Um dos modos de compreender a Amazônia é por meio dos povos e comunidades tradicionais que nela habitam, dentre os quais destacamos os caboclos/ribeirinhos. A vida comunitária à beira dos rios amazônicos configura-se segundo uma organização social particular, com aspectos únicos e em comum a cada comunidade ribeirinha. Nessa perspectiva, nosso objetivo foi investigar as redes comunitárias e o processo de construção das identidades coletivas de uma comunidade do Alto Solimões, na zona rural do município de Tabatinga/Amazonas. Para tanto, dividimos este trabalho em três partes. A primeira refere-se ao questionamento dos parâmetros da produção científica e da construção do conhecimento no estudo de comunidades ribeirinhas amazônicas. Localizamos a Psicologia Social entre as ciências sociais e reforçamos o argumento de que questões socioambientais requerem abordagem inter-/transdisciplinar. Desse modo, configuramos nossas estratégias metodológicas como uma pesquisa qualitativa, com inspiração em atitude interdisciplinar haja visto que esta investigação foi realizada junto a equipe interdisciplinar. Foram feitas viagens a campo em períodos-chave ao longo de quatro anos, utilizando-se os seguintes instrumentos de pesquisa: questionário socioeconômico, entrevistas semi-estruturadas, grupos focais, diários de campo, realização de reuniões comunitárias, visitas domiciliares, elaboração de croqui, pesquisa documental e reunião de equipe. A segunda parte remete ao pano de fundo do estudo. Discutimos a respeito da emergência e crise do racionalismo moderno (que dá base ao paradigma científico moderno); a cisão Homem/natureza na modernidade, sob distintos ângulos; a idéia de progresso e teorias desenvolvimentistas do século XX, o desenvolvimento sustentável (antecedentes, emergência, críticas e avanços) e novas perspectivas do conceito de \'desenvolvimento\'; o momento de transição paradigmática, abertura à diversidade e pluralidade epistemológica e adoção do pensamento complexo. Na terceira parte adentramos no universo amazônico. Mostramos as interpretações a respeito da Amazônia em distintos momentos históricos, que direcionaram: sua inserção no cenário nacional e mundial, as políticas/ações sobre ela incidentes e a invenção de seus povos. Dentro desse debate, localizamos algumas classificações: o caboclo/ribeirinho, como caso empírico do campesinato histórico amazônico; e povos e comunidades tradicionais, inicialmente dentro do contexto de áreas de preservação e atualmente carregado pela dimensão ideológica e política de luta por direitos e da autodefinição. Por fim, apresentamos a comunidade estudada, mostrando a origem das famílias, a fundação pela religião da Santa Cruz e o jogo de interferências recíprocas entre sua organização interna e forças externas: fenômeno da terra caída; demarcação de terras indígenas na região; o fomento à institucionalização de associações; a incidência de políticas ambientais (pesca) e de desenvolvimento pesqueiro/agrícola por órgãos governamentais; a figura do líder e sua ligação com o governo municipal; o início das lutas comunitárias por direitos. Enfocamos a particularidade de suas ações coletivas (luta por bens e serviços sociais, bem-estar) e a relação com sua organização social fundamentada na religião, associações, laços de parentesco, processos de ajuda mútua e apropriação comunal dos recursos naturais o que expressam suas identidades coletivas: pescadores, agricultores, caboclos e, recentemente, a assunção da identidade indígena.
  • DOI: 10.11606/T.47.2010.tde-03052010-163111
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Psicologia
  • Data de criação/publicação: 2010-04-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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