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A ciência e o insólito: o conto de literatura fantástica no Ensino de Física

Ramos, João Eduardo Fernandes

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia) 2012-06-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A ciência e o insólito: o conto de literatura fantástica no Ensino de Física
  • Autor: Ramos, João Eduardo Fernandes
  • Orientador: Piassi, Luis Paulo de Carvalho
  • Assuntos: Contos; Física Moderna; Leitura; Literatura Fantástica; Fantastic Literature; Modern Physics; Reading; Short Story
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A presente pesquisa trata da relação entre Física e Literatura, representada pelo conto fantástico, e suas possibilidades didáticas, partindo do pressuposto defendido por Zanetic (1989), de que a Física também é cultura. Optamos pelo conto, uma vez que se trata de gênero de leitura rápida, \"de uma sentada só\", como propõe Edgar Allan Poe (2000). Junto a ele, selecionamos a literatura fantástica, caracterizada pela hesitação entre o real e o maravilhoso. Fantástico este que possui uma função educacional, como aponta Rabkin (1977), uma vez que cria na mente uma reversão diametral e abre mundos novos e fantásticos. Dado este contorno, nosso objetivo é pensar em como a literatura, em especial os contos fantásticos, pode ser utilizada nas aulas de física para abordar conceitos e temáticas da física. Para tanto, selecionamos três contos de escritores consagrados da literatura: \"O Pirotécnico Zacarias\" (1974) de Murilo Rubião, \"Os Jardins de Veredas que se Bifurcam\" (1944) de Jorge Luís Borges e \"A Milésima-segunda Noite de Xerazade\" (1845) de Edgar Allan Poe. O primeiro conto ao tratar da indeterminação entre a vida e a morte, permite uma analogia com o paradoxo do gato de Schrödinger da Mecânica Quântica. O segundo conto é, uma história policial que apresenta um labirinto infinito, representado por um livro, onde todas as possibilidades ocorrem ao mesmo tempo, como um jardim de caminhos que se bifurcam. Ideia esta que dialoga com a interpretação dos multi-universos da Mecânica Quântica, proposta pelo físico Hugh Everett III. Por fim, o terceiro conto, apresenta uma história na qual a ciência é descrita de maneira diferente. O conto mostra como é vista a ciência e a tecnologia pelo olhar de quem não conhece a ciência, mostrando nesse sentido, que a ciência é inverossímil a certos contextos. Como metodologia, realizamos um estudo inicial sobre a leitura na aula de física que foi acompanhado de um estudo relativo a estratégias de leitura, no qual propomos a leitura como investigação e como analogia. Além disto, realizamos um estudo literário das obras a partir da semiótica de Greimas. Estudo este que serviu para interpretar e identificar os principais elementos dos contos. Assim, ao relacionarmos o fantástico com a física, nos foi possível observar que na física, o que é fantástico pode ser real. Neste sentido, esta relação nos convida a refletir sobre a nossa realidade, fato imprescindível ao Ensino de Física. Além do mais, acreditamos que o fantástico pode ser trabalhado em sala de aula seja como uma analogia, ou como uma investigação, onde os conceitos científicos passam a ser questionados.
  • DOI: 10.11606/D.81.2012.tde-13082012-112755
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Ensino de Ciências (Física, Química e Biologia)
  • Data de criação/publicação: 2012-06-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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