skip to main content
Tipo de recurso Mostra resultados com: Mostra resultados com: Índice

Estudos funcionais da tradução: rupturas e continuidades

Moreira, Marcelo Victor De Souza

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2014-04-03

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estudos funcionais da tradução: rupturas e continuidades
  • Autor: Moreira, Marcelo Victor De Souza
  • Orientador: Azenha Junior, João
  • Assuntos: Abordagem Linguística Da Tradução; Teoria Da Ação Translacional; Skopostheorie; Historiografia Da Tradução; Estudos Da Tradução; Linguistic Approach To Translation; Theory Of Translational Action; Translation Historiography; Translation Studies
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: O tema desta dissertação é o Funcionalismo, uma abordagem teórica dos Estudos da Tradução que tem em Hans J. Vermeer seu fundador e principal teorizador. Partimos de duas hipóteses de trabalho: por um lado, pressupomos que, a despeito dos relatos historiográficos que enfatizam, com razão, o seu caráter revolucionário, a teoria tenha dado continuidade a importantes princípios de teorias de tradução precedentes. Por outro lado, somos da opinião de que o alicerce teórico tenha sido construído ao longo da década de 1980. Os textos publicados no âmbito da Teoria Funcional de Tradução após esse período consistiriam, assim, na aplicação desses fundamentos teóricos a diversas ramificações da atividade de tradução. Com base nos textos de Reiss e Vermeer (1984), Holz-Mänttäri (1984) e Nord (1988), examinamos o processo de gênese da teoria e seu desenvolvimento ao longo nos anos de 1980, a partir do elenco de seus principais conceitos, com o objetivo de, por um lado, identificar rupturas e continuidades em relação a teorias antecessoras e, por outro, promover uma leitura crítica de textos funcionalistas, pautada em parâmetros bem definidos. Desse modo, adotamos para o presente estudo uma metodologia baseada em quatro etapas. Primeiramente, delimitamos o escopo do trabalho (período e hipóteses), na medida em que foi definido o corpus de análise principal. Posteriormente, descrevemos o contexto histórico, institucional e intelectual de emergência da Teoria Funcional, tendo-nos pautado primeiramente por relatos de testemunhos e crônicas desse tempo, advindos de fontes primárias e secundárias e, em seguida, com vistas à identificação, segundo parâmetros específicos, de conceitos caros a essas propostas, pela análise de textos teóricos anteriores à publicação dos componentes do corpus principal. Numa terceira etapa, lemos e analisamos as obras do corpus principal segundo os mesmos parâmetros utilizados para a análise dos predecessores teóricos, o que nos levou a um mapeamento do desenvolvimento dos conceitos- chave funcionalistas. Finalmente, contrastamos os conceitos funcionalistas e os conceitos defendidos por seus predecessores, o que nos permitiu identificar, com o uso de noções defendidas pela historiografia das ciências para a interpretação dos resultados, rupturas e continuidades entre as duas vertentes. Esse processo nos levou à constatação de que, no plano teórico, as mudanças trazidas pelo Funcionalismo estão, por um lado, em conformidade com o clima intelectual dos estudos sobre a tradução em curso naquele momento e, por outro lado, seguem uma tendência observável no desenvolvimento das próprias teorias pré-funcionalistas de tradução. Ainda assim, constatamos que a vertente teórica trouxe inestimável contribuição no sentido de redefinir o lugar da tradução na Alemanha. A principal ruptura provocada pelo Funcionalismo, fomos levados a concluir, teria sido num plano que não o teórico, qual seja, a constituição de uma disciplina dedicada à tradução na Alemanha Ocidental. Quanto ao desenvolvimento da Teoria Funcional em si, vimos confirmada a hipótese inicial de que ela estabeleceu suas bases ao longo dos anos 1980. O fato de Nord, membro da assim chamada Segunda Geração Funcionalista, utilizar-se especialmente do quadro teórico formulado por Vermeer e Holz-Mänttäri, fazendo por ajustar a retórica funcionalista a uma retórica menos revolucionária, é sinal de que chegara ao fim o momento de revolução, com a abordagem adentrando um estágio de ciência normal.
  • DOI: 10.11606/D.8.2014.tde-27062014-111155
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2014-04-03
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.