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Suplementação de vitamina A em pré-escolares de creches da cidade de Teresina, Piauí: avaliação de parâmetros bioquímicos, de marcadores imunológicos celulares e do estado nutricional

Paiva, Adriana De Azevedo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 2005-02-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Suplementação de vitamina A em pré-escolares de creches da cidade de Teresina, Piauí: avaliação de parâmetros bioquímicos, de marcadores imunológicos celulares e do estado nutricional
  • Autor: Paiva, Adriana De Azevedo
  • Orientador: Rondó, Patrícia Helen de Carvalho
  • Assuntos: Vitamina A; Sistema Imunológico; Pré-Escolares; Infecção; Anemia; Infection; Immune System; Pre-School Children; Vitamin A
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução. A vitamina A é essencial para a saúde dos indivíduos e sua carência é considerada um problema de saúde pública em diversos países. Embora se reconheça a importância da vitamina A no funcionamento do sistema imunológico, os mecanismos envolvidos permanecem desconhecidos. Objetivo. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da suplementação de vitamina A nos parâmetros bioquímicos, nos marcadores imunológicos celulares e no estado nutricional de pré-escolares com níveis deficientes, baixos e aceitáveis de retinol sérico. Metodologia. Foram estudados 631 pré-escolares matriculados em creches comunitárias de Teresina, Piauí. Determinaram-se os níveis de retinol nas amostras de soros das crianças por meio de técnica de HPLC. As crianças com retinol sérico < 0,80 µmol/L foram incluídas na coorte deste estudo, ficando composta por 66 crianças. Nas crianças da coorte foram determinados, antes e após a suplementação com 200.000 UI de vitamina A: os níveis de retinol sérico, os marcadores imunológicos celulares (células T CD4 e CD8, relação CD4/CD8, células \"natural killer\", células T CD4 e CD8 \"naive\" e de memória) e o estado nutricional (através dos índices P/I, P/E e E/I). Também foram determinados o hemograma e a concentração de ferritina sérica antes da suplementação de vitamina A. Após a suplementação da vitamina as crianças foram acompanhadas por um período de dois meses consecutivos, efetuando-se o registro de ocorrências relacionadas à morbidade. Após esse período foi realizada nova avaliação dos níveis de retinol, dos marcadores imunológicos e do estado nutricional das crianças. Resultados. O nível médio de retinol sérico obtido na 631 crianças foi 1,21 µmol/L (IC95%: 1,17 - 1,25 µmol/L), independente do sexo (p = 0,259). A prevalência de crianças com hipovitaminose A (níveis deficientes e baixos de retinol) e de crianças com valores aceitáveis de retinol correspondeu a 15,4% (lC95%: 12,7 - 18,4%) e 29% (IC95%: 25,2 - 32,4). A avaliação do estado nutricional de ferro das crianças da coorte (n = 66) mostrou a presença de anemia em 16,1% dessas crianças. Não foram verificadas diferenças significativas nas médias dos valores de hemoglobina, VCM, HCM e ferritina sérica entre as crianças com níveis deficientes e baixos de retinol e as crianças com níveis aceitáveis de retinol (p > 0,05). Após a suplementação de vitamina A 91% das crianças atingiram níveis normais de retinol. Para as demais crianças da coorte (9%) houve aumento significativo na concentração de retinol, mas não o suficiente para ultrapassar os níveis aceitáveis (> 1,05 µmol/L). Em relação ao estado nutricional, observou-se que antes da suplementação de vitamina A 9,4%, 1,6% e 19,3% das crianças da coorte apresentavam desnutrição segundo os índices P/I, E/I e P/E, respectivamente. Após a suplementação notou-se uma melhora do estado nutricional em relação aos índices P/I e E/I, com 4,7% das crianças com déficit de P/I e nenhuma criança com déficit de E/I. Em contrapartida, a prevalência de déficit de PIE aumentou para 30,7%. Após a suplementação de vitamina A observou-se um aumento estatisticamente significativo nos valores das células T CD8 em crianças com níveis deficientes e baixos de retinol (p = 0,0337) e nos valores das células T CD4 \"naive\" em crianças com níveis aceitáveis de retinol (p = 0,0012). A suplementação de vitamina A favoreceu o aumento significativo dos valores de células T CD8 e CD4 em crianças com anemia e hipovitaminose A concomitantes (p = 0,0357). Em crianças com hipovitaminose A, porém sem anemia, verificou-se aumento significativo apenas para as células T CD8 (CD8 e CD8 de memória p = 0,0455 e p = 0,0045, respectivamente), sugerindo um efeito mais pronunciado da vitamina A na atividade imunológica de crianças que apresentavam as duas deficiências associadas. Conclusão. Os resultados do presente estudo mostraram que a suplementação de vitamina A exerceu um efeito positivo nos níveis de retinol sérico, em alguns componentes da imunidade mediada por células e no estado nutricional dos pré-escolares estudados.
  • DOI: 10.11606/T.6.2005.tde-09042021-155142
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 2005-02-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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