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Efeito da riboflavina na disfunção orgânica e na mortalidade por sepse grave e choque séptico estudo experimental

Aline Halfeld Fernandes Vale Ana Paula de Carvalho Panzeri Carlotti; José Carlos Farias Alves Filho

2020

Available at FMRP - Fac. Medicina de Ribeirão Preto    (https://doi.org/10.11606/T.17.2020.tde-05102020-105305 )(GetIt)

  • Title:
    Efeito da riboflavina na disfunção orgânica e na mortalidade por sepse grave e choque séptico estudo experimental
  • Author: Aline Halfeld Fernandes Vale
  • Ana Paula de Carvalho Panzeri Carlotti; José Carlos Farias Alves Filho
  • Subjects: SEPSE; INFLAMAÇÃO; ESTRESSE OXIDATIVO; VITAMINAS; COMPOSTOS ORGÂNICOS; Disfunção Orgânica; Inflammatory Response; Organ Dysfunction; Oxidative Stress; Resposta Inflamatória; Riboflavin; Riboflavina; Sepsis
  • Notes: Tese (Doutorado)
  • Description: A sepse é a principal causa de mortalidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva e se caracteriza por resposta inflamatória desregulada, estresse oxidativo e alteração mitocondrial, resultando em morte celular e disfunção orgânica. A riboflavina (vitamina B-2) tem efeito antioxidante e anti-inflamatório, além de ser cofator para a fosforilação oxidativa mitocondrial. Estudos experimentais mostraram aumento da sobrevida e redução das concentrações plasmáticas de citocinas pró-inflamatórias em animais com sepse induzida pela injeção de lipopolissacarídeo que receberam tratamento com riboflavina. Os objetivos deste estudo foram avaliar se a administração de riboflavina a animais com sepse induzida pela ligadura e punção do ceco (CLP) reduz a disfunção orgânica e a mortalidade, comparada com placebo. O estudo foi realizado com camundongos de 6-8 semanas de idade com sepse induzida por CLP, que foram alocados aleatoriamente em três grupos: Controle (bolus de salina EV), Grupo de Estudo (bolus de riboflavina 20 mg/kg EV) e naive (controle não operado), sendo este último utilizado nos experimentos nos quais foram analisados dosagem de citocinas, migração de neutrófilos e quantificação de bactérias, permitindo confirmar o desenvolvimento da sepse após o procedimento cirúrgico ao comparar com os outros dois grupos. Foram avaliados a função renal (creatinina e ureia) e hepática (TGO e TGP), a resposta inflamatória sistêmica (pelas concentrações de interleucina (IL)-6, fator de necrose tumoral (TNF)-alfa, quimiocina derivada de queratinócitos (KC) e proteína inflamatória de macrófagos-2 (MIP-2)) e o estresse oxidativo (pelas concentrações das substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS)), 12 horas após o início do experimento. As taxas de sobrevida dos animais foram calculadas após 7 dias. O tratamento com riboflavina, na
    comparação entre os grupos estudo vs. controle, em ambos os experimentos, não promoveu redução das concentrações séricas de IL-6 (ICr 95% -41,49;15,36 e -0,35;0,44), TNF-α (ICr95% - 25,81;52,72 e -15,7;99,05), KC (ICr 95% -1,19;0,38 e -0,13;0,05) e MIP-2 (ICr95% - 0,84;0,06). Além disso, não houve diferença significante nas concentrações no lavado peritoneal, considerando as mesmas citocinas, na comparação entre os grupos estudo vs. controle: IL-6 (ICr 95% -15,62;5,74 e -0,19;0,27), TNF-α (ICr95% -27,44;46,74 e - 9 79,77;104,9), KC (ICr 95% -0,5;0,25 e -0,2;0,08) e MIP-2 (ICr95% -0,31;0,37). Na comparação entre os grupos submetidos à CLP e o naive, a liberação sistêmica das citocinas mostrou que houve resposta inflamatória após realização do procedimento: KC (-2,19;-0,47 e -1,2;-1,03) e MIP-2 (-1,24;-0,42), grupo estudo vs. naive, e KC (-1,74;-0,12 e -1,16;-0,99) e MIP-2 (-0,91;-0,04) grupo controle vs. naive, mas não foi possível a análise do TNF-&alpah; e IL-6 em um dos experimentos, pois o grupo naive foi todo formado por observações iguais a zero. Com relação ao padrão de migração de neutrófilos para a cavidade peritoneal, não houve diferença significante entre os grupos controle vs. estudo (ICr 95% (-0,95;2,7), (-5,98;13,25) e (-0,74;4,26)), nos três experimentos independentes, mas na comparação entre os grupos controle vs. naive (-0,97;-5,04) e estudo vs. naive (-8,2;-3,37) houve diferença significante em um dos experimentos e nos outros dois não foi possível analisar, pois todas as observações dos grupos naive eram iguais a zero neutrófilos. Consequentemente, o crescimento bacteriano sistêmico (ICr 95% (-0,34;2,87) e (-2,34;0,64)) e peritoneal (ICr 95% (-0,55;4,5), (-3,37;5,61) e (-0,9;0,85)), ao comparar os grupos controle vs. estudo, também não se modificou com o uso da riboflavina nos camundongos sépticos. Os grupos naive de ambos os
    experimentos não apresentaram crescimento bacteriano sistêmico nem peritoneal, conforme o esperado. Na análise dos marcadores de disfunção orgânica, as concentrações séricas de TGO não apresentaram diferença significante na comparação entre os grupos controle vs. estudo nos dois experimentos independentes (ICCr 95% (-53,3;54,4) e (-10,72;3,98)), e as concentrações de TGP reduziram no grupo tratado com riboflavina no primeiro experimento (ICCr 95% (- 11,25;-1,98), mas o mesmo não foi observado em um segundo experimento (ICCr 95% (- 6,57;11,47)). Com relação a CK-MB (ICr 95% (-11,22;62,96) e (-145,1;-30,14)), ureia (ICr 95% (-11,08;63,29) e (-114,74;-15,14)) e creatinina (ICr 95% (-3,22;5,28) e (-1,14;-0,01)), no entanto, ao comparar grupo controle vs. estudo nos dois experimentos, o tratamento com riboflavina não reduziu ou até mesmo promoveu incremento das concentrações nos animais sépticos. Ao avaliar o estresse oxidativo aos lipídeos por meio da quantificação das concentrações de MDA (malondialdeído) não se observou diferença entre os grupos controle vs. estudo: ICr 95% (-1,25;2,53). Também não houve diferença significante na concentração plasmática de lactato (ICr 95% (-3,21;5,95) e (-16,3;3,97)) na comparação entre os grupos controle vs. estudo, nos dois experimentos realizados. Na análise de sobrevida houve aumento da mortalidade dos animais sépticos que receberam tratamento com riboflavina em comparação com o grupo controle em um dos experimentos (Log-rank p= 0,01), e não se observou diferença significante em outro (Log-rank p= 0,8). Em conclusão, o uso de 10 riboflavina em camundongos submetidos à sepse induzida por CLP não apresentou efeito em termos de redução da proliferação bacteriana, inflamação local ou sistêmica, peroxidação lipídica e níveis de lactato, e ainda promoveu piora de alguns marcadores de disfunção orgânica e aumento da mortalidade dos animais sépticos
  • Creation Date: 2020
  • Format: 114 p.
  • Language: Portuguese

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