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Estudo comparativo da flora de Euglenaceae pigmentadas (Euglenophyceae) de lagos do parque estadual das fontes do Ipiranga, São Paulo, SP

Xavier, Miriam Borges

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública 1985-09-13

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estudo comparativo da flora de Euglenaceae pigmentadas (Euglenophyceae) de lagos do parque estadual das fontes do Ipiranga, São Paulo, SP
  • Autor: Xavier, Miriam Borges
  • Orientador: Rocha, Aristides Almeida
  • Assuntos: Euglenaceae; Euglenaceae
  • Notas: Tese (Doutorado) -- Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
    Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Acervo Samuel Murgel Branco (ASMB)
  • Descrição: Estudos de Euglenaceae pigmentadas relacionados a aspectos taxonômicos, ecológicos e sanitários foram realizados em lagos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, situado na cidade e Estado de são Paulo, Brasil. Procurou-se comparar um ambiente que recebe grande quantidade de matéria orgânica (localizado no Parque Zoológico) com outro mais protegido (localizado no Jardim Botânico). As coletas de amostras para o estudo taxonômico, num total de 237, foram feitas no período de julho de 1981 a setembro de 1983 (27 meses consecutivos), em dez estações de coleta, dentre as quais seis estão localizadas no Parque Zoológico e quatro no Jardim Botânico. O estudo ecológico foi realizado no período de outubro de 1982 a setembro de 1983. As amostras para tal fim foram obtidas de apenas três das estações de coleta (estações 1 e 2 no Parque Zoológico e estação 4 no Jardim Botânico). O estudo ecológico foi realizado concomitantemente com o taxonômico. No estudo taxonômico das Euglenaceae pigmentadas, foi feito o levantamento dos táxons desse grupo nas estações de coleta, tendo-se encontrado material em 211 das 237 amostras. Com base nesse estudo, identificaram-se 53 táxons infragenéricos, que foram classificados em cinco gêneros, da seguinte maneira: Euglena Ehrenberg, com 10 espécies e 5 variedades; Lepocinclis Perty, com 9 espécies e 5 variedades, Phacus Dujardin, com 7 espécies e 2 variedades; Strombomonas Deflandre, com 3 espécies e 1 variedade; e Trachelomonas Ehrenberg com 7 espécies e 4 variedades. Dentre estes gêneros, Euglena Ehrenberg e Lepocinclis Perty foram aqueles representados pelo maior número de táxons (15 e 14, respectivamente); e Strombomonas Deflandre o que teve a menor representatividade (4). Todos os táxons foram descritos, medidos e, quando necessário, fez-se referência ao seu basiônimo. Foram também ilustrados e comentados com base em seus caracteres morfológicos vegetativos, analisados a partir de material vivo, sendo que em 95,0 por cento dos casos foram analisados amostras populacionais. Acrescentaram-se ainda informações quanto à distribuição geográfica de cada táxon no Estado de São Paulo. Seis chaves artificiais e indentadas acompanham o trabalho, sendo uma para a identificação dos gêneros e as outras para as espécies e variedades. Três mapas, 41 tabelas e 287 figuras ilustram o trabalho. Problemas taxonômicos e nomenclaturais, eventualmente verificados em certos táxons, foram levantados, bem como apresentadas soluções e sugestões para sua resolução. Foi proposta a seguinte mudança nomenclatural: Phacus acuminatus Stockes subesp. americana Pochmann para P. acuminatus Stockes var. americanus (Pochmann) Xavier, visando-se à uniformização da espécie. Algumas espécies ou variedades foram colocadas em sinonímia de outras como: E. pisciformie Klebs, na de E. agilis H.J. Carter Phacus pyrum (Ehrenberg} Stein var. ovata (Playfair), na de LepocincZis ovata (Playfair) Conrad var. ovata. No estudo ecológico procurou-se caracterizar o ambiente onde vive este grupo de organismos e, conseqüentemente, permitir o maior aproveitamento de sua potencialidade como indicadores biológicos de poluição orgânica carbonada da água. Procurou-se efetuar um estudo sazonal das Euglenaceae pigmentadas com base nas características do clima tropical. Foram considerados, também, fatores climatológicos, como: pluviometria, radiação solar, temperatura do ar, velocidade do vento e umidade relativa do ar. Os valores quantitativos das Euglenaceae pigmentadas foram mais elevados no período chuvoso e quente nas estações do Parque Zoológico do que naquele mais seco e frio. Foi feita uma primeira tentativa de correlacionar os dados de análises qualitativa e quantitativa das Euglenaceae pigmentadas com os valores de algumas características físicas e químicas da água, tais como: temperatura, cor e turbidez, condutividade elétrica, pH, alcalinidade, oxigênio dissolvido, matéria orgânica carbonada (medida indiretamente pelo oxigênio consumido), amônia, nitrato, nitrito, fosfato e cálcio. Constatou-se que os principais fatores físicos e químicos que interferem na proliferação de Euglenaceae pigmentadas nas estações 1 e 2 foram, ao que tudo indica, a temperatura da água, o pH, a amônia, o oxigênio dissolvido e a matéria orgânica carbonada, pois observou-se maior proliferação dos organismos quando os valores dessas variáveis foram respectivamente, 21,5 a 23,0ºC, 6,2 a 6,3, 1,7 a 1,9mg/l, 1,86 a 1,98mg e 7,3 a ll,Omg/l. Os dados obtidos do estudo sanitário foram discutidos e comparados com os da literatura, procurando-se classificar os organismos estudados em vários dos sistemas sapróbicos vigentes. A grande proliferação de Euglena communis Gojdics, Euglena polymorpha Dangeard e de Strombomonas ovalis (Playfair) Deflandre indicou, pelo menos nos casos estudados que as estações do Parque Zoológico são ambientes mais ricos em matéria orgânica carbonada e amônia do que a estação do Jardim Botânico. Assim, sugere-se o uso eventual desses três táxons como indicadores biológicos de poluição orgânica (carbonada) da água, desde que os valores da análise quantitativa estejam ao redor de 600 org./ml.lO-4. A indicação do uso destes táxons como indicadores biológicos de poluição orgânica carbonada para outros ambientes dependerá, obviamente, de mais estudos.
  • DOI: 10.11606/T.6.2018.tde-05012018-092754
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Saúde Pública
  • Data de criação/publicação: 1985-09-13
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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