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O autor "florentino" da literatura suíça em língua italiana Francesco Chiesa
Marcelo Eduardo Redoschi Lucia Wataghin
2008
Localização:
FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas
(Disponível apenas online )
(Acessar)
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Título:
O autor "florentino" da literatura suíça em língua italiana Francesco Chiesa
Autor:
Marcelo Eduardo Redoschi
Lucia Wataghin
Assuntos:
Chiesa, Francesco 1871-1973
;
LITERATURA ITALIANA (CRÍTICA E INTERPRETAÇÃO) -- SUIÇA
Notas:
Dissertação (Mestrado)
Descrição:
A Suíça é um país situado no centro da Europa ocidental e conta com quatro idiomas oficiais: o alemão, o francês, o italiano e o romanche. A Confederação Helvética possui vinte e seis unidades administrativas, denominadas Cantões, formados ao longo da história, que contam com um alto grau de autonomia. O idioma de Dante está presente como língua materna de boa parte da população do Cantão de Ticino e de quatro vales alpinos no vizinho Cantão Grisões, onde divide espaço com o alemão e o romanche. É apresentado o contexto formativo do italiano falado na região, que se padronizou em torno da norma toscana a partir do Séc XVI, graças à qualidade das escolas mantidas por religiosos como São Carlos Borromeo. Eram utilizadas as gramáticas e métodos mais modernos disponíveis na época. Nesta encruzilhada de civilizações, de área habitada equivalente à cidade de São Paulo e ABCD, surgiu Francesco Chiesa. Foi o primeiro escritor suíço a efetivamente a desbravar o árduo mercado editorial italiano, colocando assim o nome de sua região definitivamente nos manuais de língua e literatura. À sua numerosa produção em poesia e prosa, soma-se a longeva biografia (1871-1973). Destacam-se suas atividades como professor de língua, historia da arte, jornalista e defensor do patrimônio artístico e cultural de origem lombarda de sua terra. Em 1925 seria publicado Tempo di marzo, que se tornaria sua obra mais conhecida no exterior. Um retrato da sociedade agrária do Ticino do início do
novecentos, o romance é uma transposição lírica da realidade histórica da região. À medida que o garoto Nino transcorre o final de sua infância, passamos a conhecer ) melhor a geografia, usos e costumes do Ticino de antigamente. Por sua escrita límpida, fluída, quase "manzoniana" o romance foi discutido e ensinado nas escolas do norte da Itália, como exemplo de redação em italiano padrão. Completado em 1943, Io e i miei, é uma obra 'moderna', dentro da estética Chiesiana. Lançado em pleno período da guerra, fatores logísticos impediram que o livro tivesse a merecida repercussão. Uma espécie de híbrido de conto e romance, lá são narrados os conflitos internos de uma família de viúvos recasados, da filha Serafina e do filho Manlio. São evidenciados sobretudo os dramas do pai. Um pessimismo e uma resignação lânguida, em contraste à jovialidade e alegria de Tempo di marzo, permeiam a narrativa. O registro melancólico dos vilarejos em decadência é comparado à extratos de Il fondo del sacco, escrito pelo romancista grisonês de temática realista Plinio Martini, cerca de trinta anos mais tarde. Francesco Chiesa foi o primeiro e o mais "florentino" dos escritores suíços de expressão italiana.
Data de criação/publicação:
2008
Formato:
90 p.
Idioma:
Português
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