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Análise epidemiológica molecular de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de colonização de pacientes HIV positivos internados em uma instituição de saúde da cidade de Ribeirão Preto

Okado, Jessica Baleiro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Física de São Carlos 2014-07-18

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Análise epidemiológica molecular de Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) isolados de colonização de pacientes HIV positivos internados em uma instituição de saúde da cidade de Ribeirão Preto
  • Autor: Okado, Jessica Baleiro
  • Orientador: Camargo, Ilana Lopes Baratella da Cunha
  • Assuntos: Sccmec; Resistência Heterogênea À Daptomicina; Redução De Sensibilidade À Teicoplanina; Mrsa; Hvisa; Reduced Susceptibility To Teicoplanin; Sccmec; Heterogeneous Resistance To Daptomycin
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Estima-se que 30% da população mundial esteja colonizada por Staphylococcus aureus. Indivíduos portadores de HIV/AIDS possuem maiores riscos de colonização e infecções causadas por S. aureus resistente à meticilina (MRSA), devido a seu estado imunológico comprometido, frequente uso de antibióticos e reinternações hospitalares. Linhagens de MRSA emergiram na década de 60, logo após a introdução da meticilina, devido a aquisição de genes que codificam proteínas ligadoras de penicilinas modificadas, mecA e mecC, contidos no elemento genético móvel SCCmec (do inglês, Staphylococcal Cassete Chromossome). Este estudo buscou caracterizar amostras de MRSA de pacientes com HIV/AIDS, isoladas no primeiro e sétimo dia de internação no hospital, e de seus profissionais de saúde, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, no período de abril de 2011 a maio de 2013. Os objetivos foram caracterizar fenotípica e genotipicamente os isolados de MRSA e comparar as linhagens, a fim de observar se havia disseminação entre os pacientes ou entre estes e profissionais de saúde relacionados. Foi realizada caracterização por perfil de sensibilidade, determinação do elemento SCCmec, eletroforese em campos pulsados (PFGE, do inglês, Pulsed Field Gel Electrophoresis) e tipagem por sequenciamento de Multilocus (MLST). Foram pesquisados os tipos de hemólise produzidos e a presença de gene para produção da Leucocidina Panton Valentine (PVL). Vinte pacientes encontravam-se colonizados no primeiro dia de internação, treze após uma semana e três profissionais da saúde estavam colonizados durante o estudo. Quando excluídas as amostras consideradas duplicatas, SCCmecIV foi o elemento predominante. Grande variedade clonal de MRSA foi encontrada nos pacientes, totalizando 11 pulsotipos. ST239-SCCmecIII, relacionado ao Clone Endêmico Brasileiro (BEC), foi isolado de pacientes logo no primeiro dia de internação, provavelmente devido à prévia internação. O profissional de saúde P1 apresentou colonização por MRSA caracterizado como pulsotipo E, que persistiu após o tratamento para descolonização. P1 foi tratado novamente e posteriormente foi observado isolado com pulsotipo J, sugerindo ser um clone diferente dos anteriores, mas ainda com linhagem ST105-SCCmecII. Apenas um isolado, do paciente 5, apresentou grande similaridade (92,3%) com um isolado do profissional de saúde (P1). Entretanto, houve intervalo de 10 meses entre as coletas e não há indício de transmissão direta de uma pessoa para outra. Presença do gene da PVL foi encontrada em apenas dois isolados. Três amostras de MRSA foram caracterizadas como hVISA (do inglês, heterogeneous Vancomycin Intermediate Staphylococcus aureus) e dois deles possuíam resistência intermediária à teicoplanina. Um isolado apresentou resistência à daptomicina em 48h de incubação com uma população heterogênea detectada. Todos foram sensíveis a quinupristina-dalfopristina, linezolida e tigeciclina. Concluímos que não houve disseminação de uma linhagem específica entre os pacientes, ou entre profissionais de saúde e pacientes e não foi observada relação entre o tempo de estadia no hospital e aquisição de uma linhagem em específico. No entanto, algumas linhagens com perfis de resistência muito preocupantes, como hVISA e com heterorresistência à daptomicina, foram isoladas e requerem atenção e monitoramento, com programas de vigilância e adoção de práticas de segurança e higiene no trabalho por parte dos profissionais de saúde.
  • DOI: 10.11606/D.76.2014.tde-29082014-095728
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Física de São Carlos
  • Data de criação/publicação: 2014-07-18
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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