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Efeito da exposição ao material particulado (PM2,5) da poluição atmosférica na espermatogênese de duas gerações de camundongos

Pires, Adriana

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2009-09-11

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Efeito da exposição ao material particulado (PM2,5) da poluição atmosférica na espermatogênese de duas gerações de camundongos
  • Autor: Pires, Adriana
  • Orientador: Saldiva, Paulo Hilario Nascimento
  • Assuntos: Camundongos; Espermatogênese; Material Particulado; Poluição Do Ar; Air Pollution; Particulate Matter; Spermatogenesis
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Este trabalho caracteriza os efeitos das condições reais de exposição ao material particulado urbano na espermatogênese por meio de análises histológicas de testículos de duas gerações de camundongos BALB/c durante o período gestacional, pósgestacional ou em ambos os momentos combinados. A geração parental foi exposta à poluição do ar em câmaras com ou sem filtros para PM2,5 (câmaras filtrada e não filtrada, respectivamente) por 4 meses, formando dois grupos: não exposto; e exposto. Estes animais foram acasalados e a freqüência do plug vaginal apresentou tendência de queda nas fêmeas expostas (p>0,05). O número de fêmeas prenhes também foi reduzido (p=0,007) e o número de nativivos foi menor na câmara não filtrada (186) quando comparada com a filtrada (268), contudo, o número de animais por ninhada não foi alterado (p>0,05). Após o acasalamento os machos foram eutanasiados, seus testículos pesados, fixados em solução de Bouin ou paraformaldeído 4% e corados com HE, PCNA, Ki67 ou TUNEL. Metade dos animais produzidos na primeira geração, constituída de animais de 1 dia de vida, foi transferida de uma câmara para outra formando os grupos pré-natal e pós-natal. Os animais remanescentes das câmaras filtrada e não filtrada constituíram os grupos não exposto e pré+pós-natal, respectivamente. Após 90 dias, os animais da primeira geração foram eutanasiados e seus testículos foram retirados, pesados, fixados e corados da mesma forma que sua geração parental. Os animais expostos ao PM2,5 da geração parental apresentaram aumento do peso dos testículos (p=0,002), dos epidídimos (p<0,001) e do peso relativo testículo/corpo (p=0,003), epidídimo/corpo (p=0,001). Não houve alteração no número de células germinativas e somáticas e nem na proliferação celular (p>0,05). A apoptose pela coloração de HE foi reduzida no estádio IV (p=0,046) e aumentada no estádio VIII (p=0,019) da espermatogênese. Pela técnica de TUNEL os estádios IV (p=0,017), V (p=0,035) e VIII (p=0,024) mostraram apoptose menor nos animais do grupo exposto. O estádio IV foi identificado como o de maior apoptose espontânea nas duas técnicas empregadas, HE (p<0,001); e TUNEL (p<0,001), entre os animais não expostos. O ciclo do epitélio seminífero foi alterado com freqüência reduzida do estádio IV entre os animais expostos (p=0,005). Os animais da primeira geração expostos no período pré-natal apresentaram redução de peso corpóreo (p<0,001) e dos testículos (p=0,012), bem como, aumento do peso relativo testículos/corpo (p=0,013). O número de células somáticas não foi alterado, mas o de espermatócitos nos grupos pós-natal (p=0,011) e pré+pós-natal foi aumentado (p=0,035) enquanto nos grupos pré-natal e pós-natal houve redução no número de espermátides alongadas (p<0,001). Não houve diferença significativa na taxa de proliferação, apoptose e freqüência dos estádios do ciclo do epitélio seminífero entre os grupos de exposição (p>0,05). O estádio IV mostrou-se o mais sensível para a ocorrência de apoptose espontânea nas duas técnicas empregadas: HE (p<0,001); e TUNEL (p<0,001). A freqüência normal dos estádios entre os animais não expostos mostrou que os estádios finais são os mais freqüentes (VI, VIII e VII, nesta ordem) e os iniciais os menos freqüentes (II e I, nesta ordem) para ambas as gerações. Estes resultados fornecem dados que sugerem que o PM2.5 da poluição atmosférica urbana é capaz de alterar o sistema reprodutivo masculino e a espermatogênese não dependendo do período da vida (durante ou após a gestação) em que os animais são expostos.
  • DOI: 10.11606/T.5.2009.tde-09122009-154418
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2009-09-11
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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