skip to main content

Estimulação multissensorial no tratamento de idosos com demência

Machado, Bento Miguel

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Bioengenharia 2018-11-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Estimulação multissensorial no tratamento de idosos com demência
  • Autor: Machado, Bento Miguel
  • Orientador: Castro, Carla da Silva Santana
  • Assuntos: Alterações Comportamentais; Interação Com Ambiente; Saúde Do Idoso Institucionalizado; Estimulação Multissensorial; Demência; Dementia; Behavioral Changes; Interaction In Environment; Multisensory Stimulation; Institutionalized Elderly Health
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Programa Interunidades em Bioengenharia: EESC/FMRP/IQSC-USP
  • Descrição: Introdução: A demência é causada pela disfunção e morte das células cerebrais e por seu caráter progressivo, os sujeitos podem desenvolver perdas da capacidade funcional, prejuízo cognitivo, sintomas neuropsiquiátricos, dificultando a abordagem terapêutica com recursos não farmacológicos. A estimulação multissensorial dos sentidos primários tem se mostrado promissora como forma de tratamento complementar para os sintomas comportamentais e psicológicos da demência. Objetivo: Investigar os efeitos da estimulação multissensorial (MSE) sobre idosos com demência em fase moderada e grave em relação às alterações comportamentais, humor e interação com o ambiente multissensorial e institucional, quando comparado a um grupo controle não submetido às intervenções MSE. Materiais e Método: Trata-se de um estudo de intervenção, controlado, não randomizado, paralelo, mascaramento aberto, quase experimental, de caráter quantitativo e qualitativo, do tipo exploratório. Amostra: 20 idosos, média de idade de 83 anos, 17 mulheres e 3 homens, média de 3 anos de escolaridade, com diagnóstico de demência moderada ou grave e residentes há cerca de 4 anos em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI) na cidade de Ribeirão Preto. Instrumentos de Avaliação: Mini Exame do Estado Mental; Índice de Katz; Escala Cornell de depressão em demência; Inventário Neuropsiquiátrico; Registro de Observação no Ambiente Institucional; Registro de Observação no Ambiente Multissensorial. Fase de Seleção: definição da amostra por conveniência e avaliação dos idosos no período pré-intervenção. Fase de Intervenção: amostra separada em dois grupos. Grupo de Intervenção (GI): 10 idosos que participaram de um programa de estimulação multissensorial (PEM) composto por 24 sessões durante três meses, duas vezes por semana e trinta minutos de duração, em sala multissensorial organizada para este fim. Grupo Controle (GC): 10 idosos que não participaram do PEM. Fase Pós Intervenção: reavaliação da amostra após o término do programa (três meses). Análise dos dados: estatística descritiva, uso dos testes não paramétricos de Postos Sinalizados de Wilcoxon e Mann-Whitney para os instrumentos padronizados e Análise de Conteúdo pela técnica de Bardin para os registros de observação. Resultados: Observou-se no ambiente multissensorial: promoção de efeitos relaxantes ou excitantes; sensação de bem estar e emoções positivas; realização de escolhas a determinados recursos; favorecimento de habilidades cognitivas (manutenção da atenção, memória de longo prazo, percepção) e alteração da pressão arterial e frequência cardíaca durante a sessão. O GI quando comparado ao GC, obteve após o PEM: redução das alterações comportamentais e melhor desempenho cognitivo. Os cuidadores também referiram que GI apresentou comportamento engajado, humor neutro, melhor comunicação verbal e maior interação com o ambiente institucional durante o período de intervenção. Discussão: Este estudo teve como potencialidades o baixo custo de implantação de uma sala multissensorial, abranger idosos de baixa escolaridade com estágios moderado e grave de demência e estudar os efeitos comportamentais sobre esses sujeitos. As práticas de saúde e assistenciais realizadas nas ILPIs devem considerar a individualidade do idoso com demência, suas preferências sensoriais e interesses. Conclusão: A estimulação multissensorial se mostrou promissora no tratamento complementar da demência, como alternativa não farmacológica no manejo de sintomas neuropsiquiátricos em ambientes institucionais.
  • DOI: 10.11606/D.82.2019.tde-03052019-165151
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Bioengenharia
  • Data de criação/publicação: 2018-11-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.