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Avaliação de imunossenescência precoce em pacientes com imunodeficiência comum variável (ICV)

Coutinho, Erica Maria Martins

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2020-01-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação de imunossenescência precoce em pacientes com imunodeficiência comum variável (ICV)
  • Autor: Coutinho, Erica Maria Martins
  • Orientador: Barros, Myrthes Anna Maragna Toledo
  • Assuntos: Telomerase; Sistema Imunitário; Polimorfismo Genético; Linfócitos; Imunossenescência; Imunodeficiência Comum Variável; Envelhecimento; Immunosenescence; Immune System; Lymphocytes; Polymorphism Genetic; Common Variable Immunodeficiency; Telomerase; Aging
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A Imunodeficiência Comum Variável (ICV) é a imunodeficiência primária sintomática mais comum em adultos e caracteriza-se pela presença de baixos níveis de IgG e IgA e/ou IgM. Os pacientes com ICV apresentam infecções recorrentes do trato respiratório e intestinal; alterações nas populações linfocitárias; alteração na produção de citocinas; capacidade de ativação e proliferação de linfócitos reduzida e baixa resposta vacinal. Alem disso, podem ser acometidos por doenças autoimunes, autoinflamatórias e câncer. A imunosenescência é o processo de envelhecimento do sistema imunológico e tem como principais características as infecções constantes; alterações nas populações de linfócitos com proliferação de linfócitos CD28 negativos; inflammaging, resposta vacinal prejudicada e maior ocorrência de câncer e doenças autoimunes. Pelo fato das manifestações imunológicas e clínicas apresentadas durante a senescência traçarem um paralelo com o quadro clínico e laboratorial característico da ICV, nos fez questionar se os pacientes com essa imunodeficiência sofrem precocemente com o processo de imunossenescência. Para tanto, avaliamos em pacientes com imunodeficiência comum variável parâmetros imunológicos condizentes ao processo de imunossenescência em comparação a indivíduos idosos nãosenis e controles saudáveis. Ao todo participaram do estudo 33 indivíduos, sendo dezesseis (16) pacientes com ICV de ambos os sexos e idades variando de 18 a 49 anos, doze (12) idosas sem manifestação de senilidade sistêmica com idades variando de 65 a 90 anos e cinco (5) controles saudáveis de ambos os sexos e idades variando de 18 a 49 anos. Foram analisados polimorfismos no gene da ezima paraoxonase 1 (PON-1 L55M) através da obtenção do DNA genômico por método de salting out seguida da amplificação por PCR e digestão por enzimas de restrição, sendo possível a análise de RFLP. As populações linfocitárias TCD8+CD28-, TCD8+CD28+, TCD4+CD28- e TCD4+CD28+ foram analisadas através da imunofenotipagem por citometria de fluxo. A atividade de telomerase nos linfócitos TCD8+ foi realizada utilizando o método de TRAP seguido de reação de ELISA, para quantificação dos produtos da PCR. Em relação ao gênero, houve predominância do sexo feminino (p=0,008) no grupo de idosos (100%), no grupo de pacientes com ICV (56,3%) e no grupo de controles saudáveis (100%). A distribuição de brancos e não-brancos foi homogênea entre os grupos (p=0,281). A frequência dos genótipos de polimorfismos da PON-1 L55M foi similar (p=0,392) entre o grupo de pacientes com ICV (18,8%) 55MM; (43,8%) 55LM; (31,3%) 55LL e (6,3%) não detectado, e grupo de idosos (16,7%) 55MM, (25,0%) 55LM, (58,3%) 55LL. Não houve associação da frequência de polimorfismos da PON-1 L55M em pacientes com ICV às variáveis clínicas analisadas. A distribuição linfocitária TCD8+CD28- em relação ao número total de linfócitos TCD8+ foi caracterizada pela predominância de linfócitos TCD8+CD28- no grupo de ICV (mediana = 62,40) e no grupo de idosos (mediana = 68,95) (p=0,756). Em contrapartida, os valores de TCD8+CD28- dos controles saudáveis (mediana = 25,70) foram diminuidos em relação aos pacientes com ICV (mediana = 5,45) (p=0,005) e idosos (mediana = 3,70) (p=0,03). Os valores da população linfocitária TCD8+CD28+ foram similares (p=0,756) entre o grupo de pacientes com ICV (mediana = 37,35) e idosos (mediana = 31,00). Em contrapartida, os valores de TCD8+CD28+ dos controles saudáveis (mediana = 25,70) foram aumentados em relação aos pacientes com ICV (mediana = 37,35) (p=0,005) e idosos (mediana = 31,00) (p=0,03). A distribuição linfocitária TCD4+CD28- em relação ao número total de linfócitos TCD4+ foi similar entre o grupo de pacientes com ICV (mediana= 5,45) e idosos (mediana = 3,70) (p=0,336). Em contrapartida, os valores de TCD4+CD28- dos controles saudáveis (mediana 0,50) foram diminuidos em relação aos pacientes com ICV (mediana = 5,45) (p=0,002) e idosos (mediana = 3,70) (p=0,024). Os valores da população linfocitária TCD4+CD28+ foram similares entre os pacientes com ICV (mediana = 94) e idosos (mediana = 96) (p=0,311). A distribuição de TCD4+CD28+ nos controles saudáveis (mediana = 99) foi superior ao grupo de pacientes ICV (mediana = 94) (p=0,002) e ao grupo de idosos (mediana = 96) (p=0,026). Em relação à atividade de telomerase na população de linfócitos TCD8+ não existe diferença entre os grupos avaliados (p = 0,545). A predominância de linfócitos TCD8+CD28- nos pacientes com ICV, sendo similar ao grupo dos idosos, mostra que estes pacientes apresentam precocemente o processo de imunossenescência
  • DOI: 10.11606/D.5.2020.tde-03072020-150741
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2020-01-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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