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Relampejos do passado: inscrição da morte no espaço público através da exumação de corpos de desaparecidos políticos da ditadura militar brasileira

Ribeiro, Amanda Brandão

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2015-03-12

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Relampejos do passado: inscrição da morte no espaço público através da exumação de corpos de desaparecidos políticos da ditadura militar brasileira
  • Autor: Ribeiro, Amanda Brandão
  • Orientador: Dawsey, John Cowart
  • Assuntos: Experiência; Antropologia Da Performance; Ditadura; Memória; Luto; Memory; Anthropology Of Performance; Experience; Dictatorship; Mourning
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: A prática do desaparecimento forçado foi adotada de forma sistemática e generalizada pelo Estado brasileiro durante a ditadura civil-militar (1964-1985) contra os opositores políticos do regime. Tal política consistiu na detenção ilegal, seguida da execução e da ocultação dos corpos. Em busca de noticias sobre seus entes, os familiares de desaparecidos políticos passaram a se organizar em associações, reivindicando o esclarecimento das circunstancias da morte, a localização e identificação os corpos e o julgamento dos agentes responsáveis. Passados mais de 40 anos, os corpos permanecem insepultos e sem identificação. A situação dos desaparecidos parece sempre retornar, mas sem se resolver completamente. Os marcos principais de discussões públicas acerca do tema foram a Lei de Anistia (1979), a abertura da Vala de Perus (1990), a promulgação da Lei dos Mortos e Desaparecidos (1995) e, mais recentemente, a instalação da Comissão Nacional da Verdade (2012). Portanto, as motivações da dissertação foram compreender como a busca pelo esclarecimento das mortes, o reconhecimento dos corpos e o julgamento dos acusados se articulam com a elaboração do luto dos familiares de desaparecidos políticos. A partir daí, abordo as características assumidas pelo luto de uma morte inacabada, sem materialidade e como os familiares mobilizam e transmitem a memória de seus entes, subvertendo o terror e o silêncio que lhes impuseram o Estado. Exploro assim como a continuidade da prática de desaparecimento forçado levados a cabo por agentes policiais-militares conecta passado e presente em um continuum de violações de direitos humanos, fazendo os interlocutores deste trabalho questionar sobre a efetividade da democracia nacional.
  • DOI: 10.11606/D.8.2015.tde-29072015-125647
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2015-03-12
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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