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Bacia do Rio Sorocá-Mirim: compartimentação morfopedológica e a ocorrência de turfas

Cardona, Otávio Cardoso

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2012-10-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Bacia do Rio Sorocá-Mirim: compartimentação morfopedológica e a ocorrência de turfas
  • Autor: Cardona, Otávio Cardoso
  • Orientador: Ferreira, Rosely Pacheco Dias
  • Assuntos: Carta Morfopedológica; Rio Sorocá-Mirim; Planalto De Ibiúna; Turfas; Matéria Orgânica; Compartimentação Do Relevo; Morphopedological Map; Landform Compartmentation; Peat; Ibiúna Plateau; Sorocá-Mirim River; Organic Matter
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A região de Ibiúna, onde se encontra a Bacia Hidrográfica do Rio Sorocá-Mirim, vem sofrendo mudanças com relação ao uso e ocupação ao longo dos tempos, de cinturão caipira a área de crescente especulação imobiliária. Essas mudanças aconteceram sem um conhecimento adequado de alguns condicionantes naturais, em especial a existência de turfas (organossolos) e a quais ambientes elas estão associadas. O presente trabalho teve como objetivos: a) numa primeira etapa elaborar uma carta morfopedológica simplificada da Bacia do Rio Sorocá-Mirim, com objetivo de reconhecer as bases físicas da bacia e identificar os locais dos depósitos orgânicos; b) numa segunda etapa caracterizar as feições fluviais às quais as turfeiras estão relacionadas, elaborando mapeamentos de setores da planície e caracterizando morfologicamente o material orgânico em transectos determinados. A carta morfopedológica (1:100.000) construída a partir da correlação das variáveis naturais basicamente, relevo x rocha x solos (Castro e Salomão, 2000) individualizou sete compartimentos. Nos compartimentos das planícies, aparecem turfeiras e solos hidromórficos; compartimentos com relevo de colinas, substrato granítico/migmatítico, e cobertura latossólica, fazem a articulação entre os planos aluviais e as Serras que bordejam a bacia; os setores mais elevados correspondem aos altos regionais dos maciços graníticos de São Roque (NNE) e Paranapiacaba (SSE). Ai o relevo é de morros e serras com altas declividades e sobre os quais se desenvolvem solos rasos sobre granito, alem de cambissolos háplicos, e argissolos vermelhoamarelos. O compartimento CMPIa Planícies do Rio Sorocá-Mirim e do Ribeirão Vargem Grande, onde estão alojados os materiais orgânicos, foi objeto de analise mais detalhada com mapeamento morfológico (1:25.000) das feições fluviais e caracterização do material orgânico da planície. Transectos foram levantados com tradagens, no intuito de verificar a profundidade e distribuição areolar dos depósitos, bem como caracterizar morfologicamente os diferentes volumes. Analises e ensaios laboratoriais foram feitos em amostras selecionadas, a fim de caracterizá-las no tocante aos atributos físicos e químicos. Os resultados mostraram que há uma relação entre os aspectos morfológicos observados com auxílio do microscópio óptico e alguns resultados laboratoriais. As amostras que apresentaram grande quantidade de matéria orgânica e de carbono orgânico apresentam também características morfológicas particulares, como untuosidade e coloração preta intensa. As amostras com menores valores de matéria orgânica e carbono orgânico, apresentam uma cor cinza e sem untuosidade, com a fração mineral mais aparente. Esses aspectos possibilitaram propor uma classificação mais precisa e com base em maior numero de parâmetros. As zonas de acumulação de material orgânico foram encontradas relacionadas a ambientes fluviais particulares e que pelas interpretações mais recentes da evolução geológica da área, estariam relacionadas a um controle estrutural. O Planalto de Ibiúna, faz parte de um conjunto de blocos falhados formando grábens, alguns deles reconhecidos por Silva (2012) como os meio grábens de Ibiúna, Vargem Grande e do Grilo Esse sistema de bloqueio estrutural aprisiona a água em sub superfície, criando um ambiente úmido e confinado, gerando as condições ideais para a formação das turfeiras, sobretudo nos climas frios pleistocênicos.
  • DOI: 10.11606/D.8.2012.tde-07032013-092956
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2012-10-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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