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Neurociências em educação no Brasil: uma leitura foucaultiana

Patrício, Taís Kozlakowski

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação 2020-11-10

Acesso online

  • Título:
    Neurociências em educação no Brasil: uma leitura foucaultiana
  • Autor: Patrício, Taís Kozlakowski
  • Orientador: Aquino, Julio Roberto Groppa
  • Assuntos: Arqueologia; Educação; Michel Foucault; Neurociências; Archaeology; Education; Neurosciences
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A partir de referenciais teórico-metodológicos inspirados no pensamento de Michel Foucault, esta pesquisa propôs-se a descrever e analisar os efeitos do ingresso da discursividade neurocientífica nas práticas educacionais brasileiras. Mais especificamente, o problema investigativo refere-se às formas de veridicção e de subjetivação que teriam sustentado o encontro entre os dois campos, consubstanciadas na circulação de determinados enunciados das neurociências apropriados pelo meio educacional. A fim de abarcar dois grandes âmbitos de circulação do discurso neurocientífico no campo educacional, as seguintes fontes foram mobilizadas: 22 livros e coletâneas de divulgação de saberes neurocientíficos dirigidos a educadores, publicados entre os anos de 2001 e 2018; e 67 artigos acadêmicos educacionais que datam de 1996 a 2018, constantes de 56 periódicos da área educacional. A análise do material apoiou-se em alguns preceitos da arqueologia foucaultiana no intuito de observar como seus enunciados organizaram-se segundo certas regularidades/ irregularidades discursivas. Desse modo, foi possível mapear o ingresso da discursividade neurocientífica nas esferas da docência e da pesquisa educacional, demonstrando como se relacionaram as problemáticas da ordem do saber, do ser e do poder em: 1) certas histórias das neurociências; 2) tentativas de garantir um lastro de verdade à educação por meio de metodologias científicas; 3) explicações somáticas da aprendizagem; 4) defesas da aprendizagem de todos por toda a vida; e 5) práticas educacionais sugeridas por tais discursos. Ademais, identificamos quatro tipos de perspectivas possíveis no emprego da discursividade neurocientífica na educação: as históricas; as médico-psicológicas; as sociofilosóficas; e as críticas. Apesar de haver algumas discrepâncias entre elas, a análise mostrou que elas convergem ao afirmarem que a subjetividade não poderia ser reduzida ao âmbito cerebral, e que a biologia não poderia ser tomada como um impeditivo para que os todos os indivíduos aprendessem ao longo de suas vidas, credenciando, assim, as práticas educacionais como uma estratégia de governamento perene e eficaz.
  • DOI: 10.11606/D.48.2020.tde-18062021-105235
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Educação
  • Data de criação/publicação: 2020-11-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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