skip to main content

Classifications in psychiatry: a conceptual history; Classificações em psiquiatria: uma história conceitual

Berrios, German E.

Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 35 Núm. 3 (2008); 113-127

Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria 2008-01-01

Acesso online

  • Título:
    Classifications in psychiatry: a conceptual history; Classificações em psiquiatria: uma história conceitual
  • Autor: Berrios, German E.
  • Assuntos: Classificação; Diagnóstico; Categoria Natural; Psiquiatria; Taxonomia; Classification; Diagnosis; Natural Kinds; Psychiatry; Taxonomy
  • É parte de: Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 35 Núm. 3 (2008); 113-127
  • Descrição: BACKGROUND: Historical accounts of psychiatric classifications have hitherto been written in terms of a 'received view'. This contains two assumptions, that: (i) the activity of classifying is inherent to the human mind; and (ii) psychiatric 'phenomena' a restable natural objects. OBJECTIVES: The aim of this article is to provide an outline of the evolution of psychiatric classifications from the perspective of conceptual history. This is defined as a theoretical and empirical inquiry into the principles, sortal techniques and contexts in which alienists carried out their task. It assumes that all psychiatric classifications are cultural products, and endeavours to answer the question of whether classificatory models imported from the natural sciences can be applied to man-made constructs (such as mental illness) definitionally based on 'personalised semantics'. METHODS: Exemplars of classificatory activity are first mapped and contextualised. Then, it is suggested that in each historical period crafting classifications has been like playing a game of chess with each move being governed by rules. This is illustrated by offering an analysis of the 1860-1861 French debate on classification. RESULTS AND CONCLUSIONS: (1) Medicine is not a contemplative but a modificatory activity and hence classifications are only valuable if they can release new information about the object classified. (2) It should not be inferred from the fact that psychiatric classifications are not working well (i.e. that they only behave as actuarial devices) that they must be given up. Conceptual work needs to continue to identify 'invariants' (i.e. stable elements that anchor classifications to 'nature'. (3) Because mental disorders are more than unstable behavioural epiphenomena wrapped around stable molecular changes, 'neurobiological' invariants may not do. Stability depends upon time frames. Furthermore, it is unlikely that gene-based classifications will ever be considered as classifications of mental disorders. For once, they would have low predictive power because of their lack of information about the defining codes of mental illness. 'Social' and 'psychological' invariants have problems of their own.
    CONTEXTO: As análises históricas sobre classificações psiquiátricas foram até agora escritas sob uma perspectiva preconcebida. Essas análises assumem duas pressuposições: 1) a ação de classificar é inerente à mente humana; e 2) os 'fenômenos' psiquiátricos são objetos naturais estáveis. OBJETIVOS: O objetivo deste artigo é fornecer um esboço da evolução das classificações psiquiátricas sob o ponto de vista da história conceitual*, que pode ser definida como uma investigação teórica e empírica dos princípios, das técnicas e dos contextos nos quais os alienistas conduziram sua tarefa classificatória. Assume-se que todas as classificações psiquiátricas sejam produtos culturais e procura-se responder à questão da possibilidade de os modelos classificatórios importados das ciências naturais serem aplicados a construtos humanos (tais como doença mental), por definição baseados em 'semânticas personalizadas'. MÉTODOS: Exemplares da atividade classificatória são primeiramente mapeados e contextualizados. Sugere-se, então, que em cada período histórico a elaboração de classificações tenha-se dado como num jogo de xadrez, em que todo movimento é governado por regras. Isso é ilustrado por uma análise do debate francês sobre classificações, ocorrido em 1860-1861. RESULTADOS E CONCLUSÕES: 1) A medicina não é uma atividade contemplativa, mas, sim, uma atividade modificadora; portanto, as classificações têm valor apenas na medida em que possam produzir novas informações sobre os objetos classificados. 2) O fato de as classificações não funcionarem bem (ou seja, de se comportarem como meros instrumentos descritivos) não significa que devam ser abandonadas. O trabalho conceitual precisa continuar identificando 'invariantes' (ou seja, elementos estáveis que ancorem as classificações à 'natureza'). 3) Na medida em que os transtornos mentais representam mais do que epifenômenos comportamentais envolvendo alterações moleculares estáveis, as invariantes 'neurobiológicas' podem não funcionar adequadamente. A estabilidade depende de contingências temporais (conjunturas). Além disso, é improvável que classificações baseadas em genes venham a ser consideradas como classificação de transtornos mentais. Elas teriam baixo poder preditivo pela falta de informação sobre os códigos definidores de doença mental. Por outro lado, as invariantes 'sociais' e 'psicológicas' têm seus próprios problemas.
  • Títulos relacionados: https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17193/19200
  • Editor: Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria
  • Data de criação/publicação: 2008-01-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.