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Geologia, petrografia e gênese dos granada-cordierita-cumminatonita / antofilita anfibolitos e rochas associadas do Grupo Serra do Itaberaba, SP

Perez Aguilar, Annabel

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências 1996-04-08

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Geologia, petrografia e gênese dos granada-cordierita-cumminatonita / antofilita anfibolitos e rochas associadas do Grupo Serra do Itaberaba, SP
  • Autor: Perez Aguilar, Annabel
  • Orientador: Juliani, Caetano
  • Assuntos: Petrologia; Not Available
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Os trabalhos desenvolvidos nesta dissertação de mestrado tiveram como principal objetivo o estudo da geologia, da petrografia e da gênese dos granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas associadas da Formação Morro da Pedra Preta do Grupo Serra do Itaberaba, que afloram a nordeste da cidade de São Paulo, entre as cidades de Guarulhos e Santa Isabel. Para tanto foi efetuado um mapeamento geológico-estrutural detalhado (1:5000) das principais ocorrências destes anfibolitos, seguido por estudos petrográficos em luz transmitida e pela caracterização da composição química dos minerais por microssonda eletrônica. A integração dos dados possibilitou a definição da gênese destas rochas como tendo sido resultado do metamorfismo em fácies anfibolito de protólitos básicos e intermediários a ácidos alterados hidrotermal-metassomaticamente. No mapa puderam ser separadas sete unidades litotípicas maiores produzidas pelas alterações hidrotermais-metassomáticas, identificadas como das rochas intensamente alteradas, menos intensamente alteradas, rochas de composição intermediária a ácida alteradas, hornblenda-granada anfibolitos, tufos alterados, metabásicas de granulação grossa e metabasitos cálcio-silicáticos. Nestas unidades puderam ser distinguidos 15 litotipos principais, incluindo rochas produzidas pelas alterações que concentraram magnésio e ferro, pela carbonatização e/ou potassificação e pela silicificação de rochas vulcanoclásticas ou ígneas de composição básica ou intermediárias a ácidas. Dentre as rochas básicas foram observadas gradações completas entre rochas não alteradas e as fortemente alteradas, representadas pelos conjuntos das rochas incipientemente alteradas (hornblenda anfibolitos com cordierita e cummingtonita), rochas da zona de transição (onde coexistem dois ou três anfibólios), rochas menos intensamente alteradas (cummingtonita anfibolitos, cordierita-cummingtonita anfibolitos e granada-cordierita-cummingtonita anfibolitos) e as rochas mais intensamente alteradas (granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos). Nas rochas de composição intermediária a ácida foram distinguidos os conjuntos das rochas silicificadas, rochas menos intensamente alteradas (constituídas por cummingtonita/antofilita, clorita, quartzo e plagioclásio) e as mais intensamente alteradas (constituídas por cummingtonita/antofilita, cordierita e quartzo). O conjunto das rochas potassificadas é representado por hornblenda-biotita anfibolitos, biotita-hornblenda anfibolitos e biotita-cummingtonita anfibolitos. Dentre as rochas básicas afetadas pela carbonatização pré-metamórfica foram separadas as fracamente carbonatizadas (representadas por actinolita anfibolitos) e as intensamente carbonatizadas denominadas como metabasitos cálcio-silicáticos, formados essencialmente por diopsídio, actinolita, clinozoisita/epídoto, quartzo, plagioclásio e carbonatos. Foram identificados outros litotipos produzidos pelas alterações, mas que pela falta de afloramentos elucidativos, não puderam ser associados aos conjuntos anteriores, tendo sido, desta forma, separados nos conjuntos dos hornblenda-granada anfibolitos, cummingtonita-granada-clorita xistos e das metabásicas de granulação grossa, estas muito típicas e distintas dos metagabros pela presença de plagioclásio esbranquiçado inalterado. As estruturas e texturas indicam claramente a dissolução dos protólitos, de modo gradativo, até a gênese das rochas mais intensamente alteradas, que constituíram, ao microscópio, granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas constituídas por cummingtonita/antofilita, cordierita e quartzo. Estas estruturas foram afetadas pelas foliações metamórficas \'S IND.1\', \'S IND.2\', e \'S IND.3\' indicando que as alterações hidrotermais-metassomáticas foram produzidas antes dos eventos metamórficos. As principais paragêneses minerais cristalizaram-se concomitantemente ao primeiro evento deformacional, corroborando as informações estruturais de que as alterações químicas foram introduzidas nos protólitos previamente ao metamorfismo, embora possam ter ocorrido reequilíbrios menores causados pelos fluidos metamórficos. As condições metamórficas atuantes durante o desenvolvimento da \'S IND.1\' e da \'S IND.2\' foram da fácies anfibolito e, durante o desenvolvimento da \'S IND.3\', da fácies anfibolito à dos xistos verdes, esta tipicamente associada aos processos retrometamórficos, com reequilíbrio das assembléias de mais alto grau. Os metapelitos encaixantes tem cianita invertida para sillimanita associada à \'S IND.1\', e apenas sillimanita na \'S IND.2\', indicando a existência de dois eventos metamórficos, um anterior, de pressão intermediária, seguido por um de pressão mais baixa, ambos com clímax metamórfico na fácies anfibolito. Geologicamente observa-se uma associação íntima destas rochas alteradas com corpos de rochas andesíticas, dacíticas e riolíticas, definindo formas que podem ser interpretadas como antigos cones de alteração ou zonas alteradas semi-concordantes aos derrames básicos. Os zonamentos observados, juntamente com o contexto geológico/geotectônico regional e os dados bibliográficos, permitem interpretar que estas rochas foram geradas em dois ambientes geotectônicos. O primeiro, menos importante, corresponde a zonas de expansão de cadeias mesooceânicas, e o segundo corresponde à evolução de uma bacia de retro-arco, em regimes compressionais, sendo este o principal período de formação dos protólitos destas rochas. Granada-cordierita-cummingtonita/antofilita anfibolitos e rochas intermediárias intensamente alteradas ocorrem mundialmente associadas a depósitos de sulfetos maciços de Cu-Zn, onde constituem as zonas mais internas dos cones de alteração hidrotermal-metassomática produzidas pela percolação dos fluídos mineralizantes, tipicamente localizados sob as mineralizações, sugerindo potencial metalogenético para este tipo de mineralização na Formação Morro da Pedra Preta. Neste contexto as rochas menos intensamente alteradas, os hornblenda-granada anfibolitos, as metabásicas de granulação grossa e as rochas potassificadas se distribuem em fácies mais distais nestes cones de alteração. As rochas carbonatizadas estão relacionadas a zonas de alteração mais profundas, sub-concordantes com à estratigrafia vulcano-sedimentar.
  • DOI: 10.11606/D.44.1996.tde-28022014-114445
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Geociências
  • Data de criação/publicação: 1996-04-08
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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