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Características de pacientes após síndromes coronarianas agudas e fatores relacionados à adesão ao tratamento.

Carvalho, Luciane Vasconcelos Barreto De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem 2006-09-01

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Características de pacientes após síndromes coronarianas agudas e fatores relacionados à adesão ao tratamento.
  • Autor: Carvalho, Luciane Vasconcelos Barreto De
  • Orientador: Pierin, Angela Maria Geraldo
  • Assuntos: Adesão; Síndromes Coronarianas Agudas; Tratamento; Acute Coronary Syndrome; Adherence; Treatment
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morbimortalidade nacional e apresentam-se principalmente na forma de doença arterial coronariana, cujas principais manifestações se caracterizam pelas síndromes coronarianas agudas: angina instável e infarto agudo do miocárdio. Nesse sentido, realizou-se um estudo com o objetivo de caracterizar o perfil bio-psico-social dos pacientes após síndromes coronarianas agudas, identificando os fatores que possam interferir na adesão ao tratamento no que diz respeito ao não comparecimento às consultas, interrupção do tratamento e controle de pressão arterial, além de associar o perfil bio-psico-social dos pacientes com fatores relacionados à adesão. Casuística e Método: Estudo descritivo e exploratório, realizado em um hospital universitário da cidade de São Paulo, analisou 85 pacientes com diagnóstico de síndromes coronarianas agudas. Após receberem alta, os pacientes foram entrevistados em ambulatórios para obtenção de dados estruturais, socioeconômicos, hábitos de vida, conhecimento da doença e do tratamento. Com o intuito de avaliar o bem estar psicológico dos pacientes, o questionário de saúde geral de Goldberg foi aplicado. Os dados foram processados no sistema SPSS v.7.5. O nível de significância adotado foi 0,05. Resultados: Foram estudados 85 pacientes, 56% homens, 69% com companheiro, 59±9,6 anos, 85% pertencentes à etnia branca, 52% com ensino fundamental, 54% com renda entre 2 e 5 salários, 79% com antecedentes de hipertensão arterial, 62% com dislipidemia e 40% para infarto agudo do miocárdio. Cerca de 35% relataram o não comparecimento às consultas e a interrupção do tratamento. Em relação à atitude frente à necessidade de tomar medicamentos, 63% dos pacientes relatou esquecimento esporádico ou constante dos remédios. A análise de regressão logística indicou a associação independente para as seguintes variáveis (OD Odds ratio, IC intervalo de confiança a 95%): 1- não comparecimento às consultas, etnia branca (OR=0,27 IC 95% 0,08-0,86) e hábitos alimentares inadequados (OR=1,07 IC 1,00-1,45); 2- interrupção do tratamento associado com faltas às consultas (OR=6,09 IC 1,81-20,49), consumo de bebida alcoólica (OR=5,05 IC 1,61-15,76) e automedicação (OR=7,89 IC 2,39-26,05); 3- pressão arterial não controlada (=140/90 mmHg) com acompanhamento no ambulatório de coronária (OR=2,78, IC 1,01-7,65). A maior freqüência de alteração no quarto percentil nos domínios do questionário de saúde geral de Goldberg foram associados às seguintes variáveis: 1- estresse associado à automedicação (OR=6,09 IC 1,32-14,5) e HDLc =40mg/dL (OR=1,04 IC 1,00-1,08); 2- auto-eficácia com acompanhamento no ambulatório de coronária (OR=2,78 IC 1,19-12,23), automedicação (OR=4,62 IC 1,46-14,95) e HDLc =40mg/dL (OR=1,04 IC 1,19-12,23); 3- distúrbios do sono associados com referência de ansiedade (OR=5,61 IC 1,65-19,09), e colesterol total = 200 mg/Dl (OR=4,42 IC 1,36- 14,38); 4- distúrbios psicossomáticos associados ao sexo feminino (OR=6,57 IC 1,96-22,0) e relato de ansiedade (OR=4,06 IC 1,24-13,3); 5- severidade da ausência de saúde mental associado ao sexo feminino (OR=3,96 IC 1,26- 12,43) e automedicação (OR=3,39 IC 95% 1,07-10,70). Conclusão: Características estruturais e psicológicas, hábitos de vida inadequados e atitudes frente ao tratamento medicamentoso influenciaram aspectos da adesão ao tratamento, tais como o não comparecimento às consultas e a interrupção do tratamento. Em face dos dados obtidos, os profissionais de saúde devem implementar estratégias para atender os pacientes com síndrome coronariana aguda, visando à prevenção secundária.
  • DOI: 10.11606/D.7.2006.tde-17102006-120739
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem
  • Data de criação/publicação: 2006-09-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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