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O construcionismo social no contexto da estratégia saúde da família: articulando saberes e práticas

Borges, Celiane Camargo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto 2007-08-09

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O construcionismo social no contexto da estratégia saúde da família: articulando saberes e práticas
  • Autor: Borges, Celiane Camargo
  • Orientador: Mishima, Silvana Martins
  • Assuntos: Atenção Primária À Saúde; Construcionismo Social; Saúde Da Família; Responsabilidade Relacional; Práticas Discursivas; Relational Responsibility; Primary Health Care; Family Health Program; Discursive Practices; Social Constructionism
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A presente pesquisa traz reflexões epistemológicas e metodológicas visando contribuir na conformação de novos saberes em saúde, no campo da Atenção Primária, problematizando a dicotomia sujeito-objeto e o discurso monovocálico do conhecimento e da verdade. Proponho uma aproximação do discurso científico pós-moderno do construcionismo social ao discurso contemporâneo da saúde no campo da Atenção Primária à Saúde, mais especificamente na Estratégia Saúde da Família (ESF). O construcionismo social tem sido descrito como teoria relacional; uma perspectiva que focaliza o caráter construído, situado e relacional do conhecimento. Aponta a riqueza da multiplicidade dos diálogos, preocupando-se com o que acontece entre as pessoas nos seus encontros e como se dá a construção de sentidos nestas relações. O discurso da ESF também tem em suas premissas o caráter relacional, contextual e construído da produção de práticas. Assim, tenho por objetivo construir possíveis articulações entre esses dois discursos, apontando fertilidades nesta articulação. O construcionismo social é proposto como ferramenta teórico-prática para contribuir com a operacionalização das premissas da ESF ? integralidade, co-responsabilidade, sensibilidade ao contexto local, à multiplicidade e a diversidade dos atores sociais envolvidos. Empiricamente, trata-se da análise de um grupo de hipertensão que ocorre semanalmente em uma Unidade de Saúde da Família de Ribeirão Preto-SP/Brasil, utilizando o conceito de Responsabilidade Relacional (RR) como ferramenta teórico/prática, contribuindo na construção de intervenções colaborativas e co-responsáveis em saúde. Para coleta de dados utilizei os registros do prontuário do grupo; sua áudio-gravação durante o primeiro semestre de 2005; e o registro em notas de campo. A análise de dados consistiu da transcrição das conversas grupais, realização de leitura extensiva de todas as suas conversas gerando a construção de uma crônica do grupo e de eixos processuais. Os três eixos de análise selecionados focaram para aspectos conversacionais deste grupo e seu contexto relacional diferenciado. No primeiro eixo, abordou-se o grupo como um espaço para a expressão dos participantes, proporcionando a construção e negociação coletiva das necessidades de saúde; no segundo, os recortes mostraram este grupo exercendo um elo entre a unidade de saúde e a comunidade, e finalmente no terceiro, o grupo foi tomado como espaço privilegiado de acolhimento aos participantes, favorecendo conversas para ampliação de sentidos na saúde, como também sua transformação. Assim, a análise deu visibilidade a posturas de RR dentro dos processos conversacionais, promovendo diversidade e multiplicidade e favorecendo vínculo e engajamento. Desta forma, aponto a importância das práticas dialógicas na construção de relações mais colaborativas entre trabalhadores de saúde-usuários, e a RR como recurso promotor de novas possibilidades em saúde.
  • DOI: 10.11606/T.22.2007.tde-05102007-113033
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2007-08-09
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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