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Pesquisa de infecção por Brucella spp. em botos-vermelhos (Inia geoffrensis) de vida livre, procedentes da reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá, Tefé, Amazonas, Brasil

Mayra Pereira Rocca Lara Borges Keid

2014

Localização: FMVZ - Fac. Med. Vet. e Zootecnia    (T.2982 FMVZ )(Acessar)

  • Título:
    Pesquisa de infecção por Brucella spp. em botos-vermelhos (Inia geoffrensis) de vida livre, procedentes da reserva de desenvolvimento sustentável de Mamirauá, Tefé, Amazonas, Brasil
  • Autor: Mayra Pereira Rocca
  • Lara Borges Keid
  • Assuntos: ANIMAIS SILVESTRES (PATOLOGIA ESTUDO); BRUCELOSE ANIMAL (OCORRÊNCIA) -- TEFÉ (AM); DOENÇAS INFECCIOSAS EM ANIMAIS -- TEFÉ (AM); RESERVAS DE ANIMAIS -- TEFÉ (AM); Inia Geoffrensis; Brucelose; Brucelosis; Cultivo Microbiológico; Diagnóstico Sorológico; Microbiological Culture; Polymerase Chain Reaction; Reação Em Cadeia Pela Polimerase; Serological Diagnosis
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Vem se verificando uma crescente preocupação por parte de diversos países e de órgãos internacionais de saúde e conservação animais quanto à necessidade de monitoramento da ocorrência e da distribuição de enfermidades infecciosas em populações de animais silvestres, devido ao potencial destas doenças de causarem impacto na dinâmica e conservação de espécies silvestres, na saúde dos animais domésticos e na saúde pública. A ocorrência de brucelose vem sendo relatada em diversas espécies de mamíferos marinhos, em vários centros de pesquisa no mundo, contudo, não há dados na literatura científica sobre a ocorrência desta infecção em mamíferos aquáticos fluviais brasileiros. Nos cetáceos, a brucelose é causada pela Brucella ceti, sendo associada a problemas reprodutivos, quadros de meningoencefalite e infecções em tecidos linfóides. Assim, o presente trabalho teve como objetivo pesquisar a ocorrência de infecção por Brucella spp. em botos-vermelhos de vida livre da Amazônia (Inia geoffrensis), procedentes da Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, Tefé, Amazonas, Brasil. A pesquisa foi realizada em animais de vida livre, de ambos os sexos e várias idades, sendo realizadas duas expedições para colheita de amostras, nos anos de 2010 e 2011. De cada animal foram coletadas amostras de sangue, leite e suabes genital, anal, nasal, oral e de eventuais lesões cutâneas apresentadas. Um total de 161 animais foi capturado. A detecção de anticorpos séricos anti-Brucella foi
    realizada utilizando-se as provas de soroaglutinação com antígeno acidificado tamponado (AAT), teste do 2-mercaptoetanol (2-ME) e o teste de polarização fluorescente (PF). As amostras de leite e de suabes foram submetidos ao cultivo microbiológico e à reação em cadeia pela polimerase (PCR) para detecção direta de Brucella spp. As colônias bacterianas que apresentaram características morfológicas compatíveis com Brucella spp. foram identificadas pela reação em cadeia pela polimerase (PCR), utilizando-se os primers específicos para detecção do gênero Brucella, direcionados ao DNA codificador da região interespaçadora do RNA ribossomal de Brucella (PCR-ITS). As amostras que apresentaram resultados positivos, foram caracterizadas quanto ao gene recA pela amplificação (PCR-recA) e posterior sequenciamento do produto amplificado. A PCR-ITS também foi empregada para o diagnóstico direto das infecções por Brucella spp. nas amostras de sangue, leite e suabes, as quais foram caracterizadas da mesma forma que as colônias bacterianas isoladas. As 67 amostras de soros colhidas apresentaram resultados negativos nos testes de AAT, PF e IDGA. Das 369 amostras submetidas ao cultivo microbiológico, duas amostras de suabe apresentaram características compatíveis com o gênero Brucella e resultados positivos pela PCR-ITS. Uma delas foi identificada como pertencendo à espécie Ochrobactrum intermedium. A segunda amostra não pôde ser caracterizada por não ter sido obtida em cultura pura. Das 118
    amostras de sangue total analisadas pela PCR-ITS, seis (7,08%) apresentaram resultados positivos. Das 248 amostras de suabes analisadas pela PCR-ITS, uma (0,4%) apresentou resultado positivo. Das 29 amostras de leite analisadas pela PCR-ITS, cinco (17,24%) apresentaram resultados positivos. Considerando os 128 animais amostrados, 11 (8,59%) apresentaram resultado positivo pela PCR-ITS em pelo menos uma amostra testada. Das 12 amostras biológicas que apresentaram resultados positivos pela PCR-ITS e foram submetidas à PCR-recA, apenas duas apresentaram o produto amplificado no tamanho esperado. De acodo com a análise filogenética utilizada, uma delas apresentou similaridade aos microrganismos Cellulomonas fimi, Cellulomonas flavigena e Cellvibrio gilvus. A segunda amostra foi agrupada juntamente com as bactérias Propionicimonas paludicola, Micropruina glycogenica, Naumannella halotolerans e Propionibacterium propionicum com maior proximidade com a espécie P. propionicum. De acordo com os resultados apresentados, não foi evidenciada a ocorrência de infecções por Brucella spp. na população amostrada pelos métodos sorológicos e microbiológicos. Foi isolada uma estirpe de Ochrobactrum intermedium de um exemplar da espécie Inia geoffrensis, contudo, a importância sanitária destes resultados para esta espécie de boto não pôde ser determinada
  • Data de criação/publicação: 2014
  • Formato: 87 f il.
  • Idioma: Português

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