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Aprendizado e atenção em diferentes contextos ecológicos em opiliões e aranhas (Arachnida)

Pagoti, Guilherme Ferreira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2023-06-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Aprendizado e atenção em diferentes contextos ecológicos em opiliões e aranhas (Arachnida)
  • Autor: Pagoti, Guilherme Ferreira
  • Orientador: Willemart, Rodrigo Hirata
  • Assuntos: Opiliones; Memória; Comportamento Animal; Cognição; Arachnida; Cognition; Memory; Opiliones; Animal Behavior
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese apresenta o resultado de estudos sobre aprendizado e atenção em dois grupos de aracnídeos, aranhas e opiliões. Ela é fruto de trabalhos desenvolvidos tanto no Brasil quanto em estágio no exterior durante a pandemia de COVID 19. Apresento uma introdução geral, os capítulos: 1. Habituation to a predatory stimulus in a harvester (Arachnida,Opiliones); 2. Aversive conditioning and memory in the harvester Mischonyx squalidus (Arachnida: Opiliones); 3. What gaze direction can tell us about cognitive processes in invertebrates; 4. Dangerous attraction: risks and benefits of pheromone-induced behavioral state changes; e uma conclusão geral com dificuldades encontradas. No capítulo 1, estudamos uma das formas mais elementares de aprendizado, a habituação. Testamos se um animal deveria deixar de reagir a um estímulo que, embora não estivesse causando danos, fosse um estímulo potencialmente letal. Para isso, estimulamos indivíduos do opilião Mischonyx squalidus com um estímulo predatório por repetidas vezes, com intervalos controlados, em um mesmo dia e em dias diferentes. Medimos a ocorrência e magnitude do comportamento defensivo destes animais de pinçar com as pernas IV. Os animais habituaram-se ao estímulo, contrariando o que esperávamos, e a probabilidade e magnitude das respostas diminuíram. A resposta foi menor nos segundo e terceiro dias e observamos outros comportamentos defensivos frente ao estímulo predatório. Discutimos os dados em função dos papéis da ambiguidade, relevância da sucessão de estímulos e a relevância dos vários comportamentos defensivos de uma espécie. No capítulo 2, investigamos memória de curto (STM, short term memory) e longo (LTM, long term memory) prazos, geradas por diferentes protocolos de aprendizado associativo. Testamos se a maneira pela qual um estímulo foi aprendido influenciaria no aprendizado e no tempo de retenção deste aprendizado. Desenvolvemos um aparato para realizar os testes que fizemos no opilião Mischonyx squalidus, utilizando um estímulo aversivo. Cada indivíduo passou por três choques de 3s consecutivos, pareando-se um químico e o estímulo aversivo (choque) com intervalos de um (STM) ou trinta (LTM) minutos. Então o animal foi colocado em arena onde podia escolher entre um local com o químico previamente associado ao choque ou o lado controle. O teste nesta arena foi feito imediatamente após o aprendizado ou 24h depois. Com os dois protocolos, houve formação de memória no mesmo dia, mas não no dia seguinte, demonstrando que a maneira como o animal aprendeu não teve influência e que o aprendizado não foi retido até o dia seguinte. No capítulo 3, tentamos demonstrar que por meio de medidas precisas do direcionamento do olhar, podemos entender para onde a atenção está focada, o que pode beneficiar estudos de cognição em geral e em particular de invertebrados, animais menos exploramos neste quesito. Para tanto revisamos a literatura sobre o assunto e evidenciamos que paradigmas desenvolvidos em vertebrados também se aplicam a invertebrados, mostrando ainda como técnicas específicas podem ser úteis. Já no capítulo 4, testamos, utilizando uma aranha papa-moscas (Salticidae), se a exposição a feromônios de fêmeas faz com que machos fiquem mais focados em encontrar fêmeas, sejam mais eficientes em conseguir acasalar e passam a prestar menos atenção em outros estímulos no ambiente. Para tanto utilizamos um aparelho exclusivo, o Eyetracker, para estudar o direcionamento do olhar e a atenção. Este aparelho permite que consigamos acessar para onde uma aranha visual de menos de 1 cm está olhando, e assim para onde está voltada sua atenção. Verificamos que o macho, quando exposto aos feromônios da fêmea, começa a cortejá-la mais rápido e por mais tentativas do que animais do grupo controle. No entanto, contrariando nossa hipótese, os machos também apresentam mais reações defensivas ao ouvirem áudios de vespas do que o grupo controle e que ambos os grupos direcionam seu olhar igualmente para um estímulo projetado ao lado da imagem de uma fêmea. Logo, concluímos que parece haver um aumento na atenção de maneira geral, não apenas para reprodução, contrariando a ideia clássica de atenção seletiva. Explicamos o resultado por meio de risco de canibalismo sexual e aparato visual destas aranhas.
  • DOI: 10.11606/T.41.2023.tde-08082023-174949
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2023-06-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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