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O BBT-Br e a maturidade para a escolha profissional: evidências empíricas de validade

Noce, Mariana Araujo

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto 2008-08-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    O BBT-Br e a maturidade para a escolha profissional: evidências empíricas de validade
  • Autor: Noce, Mariana Araujo
  • Orientador: Ferreira, Sonia Regina Pasian
  • Assuntos: Adolescentes; Orientação Vocacional / Profissional; Maturidade Vocacional; Escolha Profissional; Emep; Bbt-Br; Career Choice; Adolescents; Vocational Guidance; Vocational Maturity
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: O processo de escolha profissional pode apresentar maior ou menor complexidade, dependendo dos conflitos vivenciados, dos recursos para seu adequado enfrentamento e resolução, e do grau de maturidade para essa decisão ocupacional. A literatura científica relaciona maturidade para a escolha profissional ao desenvolvimento de certas atitudes (determinação, independência e responsabilidade) e à aquisição de conhecimentos específicos (autoconhecimento e conhecimento sobre a realidade das profissões). Dentro desse contexto, a presente investigação objetivou examinar as possibilidades informativas do BBT-Br (Teste de Fotos de Profissões) quanto a indicadores de maturidade para a escolha profissional, bem como validar e fundamentar empiricamente algumas das hipóteses interpretativas desta técnica projetiva, otimizando seus recursos para os processos de Orientação Profissional/Vocacional. Foram avaliados, individualmente, por meio do BBT-Br, 93 estudantes do terceiro ano do ensino médio público diurno de Ribeirão Preto (SP), de ambos os sexos, divididos em dois grupos com características contrastantes em relação à maturidade para a escolha profissional (GA = 55 com alta maturidade e GB = 38 com baixa maturidade), selecionados previamente pelo resultado na Escala de Maturidade para Escolha Profissional (EMEP), coletivamente aplicada. Foram realizadas análises estatísticas inferenciais dos resultados (Teste Mann-Whitney, p <= 0,05), comparando-se GA e GB e seus respectivos subgrupos (em função do sexo) nas seguintes variáveis: 1) EMEP: resultados obtidos em cada subescala (determinação, responsabilidade, independência, autoconhecimento e conhecimento da realidade profissional) e na maturidade total; 2) BBT-Br: número de escolhas positivas, negativas e neutras; freqüência de escolhas positivas, negativas e neutras de cada um dos oito fatores primários e oito fatores secundários. Também foram analisadas as estruturas de inclinação positivas e negativas, primárias e secundárias, e as fotos mais escolhidas e mais rejeitadas. Os resultados demonstraram a existência de especificidades na produção dos adolescentes em função de seu nível de maturidade para a escolha profissional e também em função do sexo. Em relação à variável sexo, alguns fatores do BBT-Br foram escolhidos com maior freqüência pelas moças (primários: W, Z, O; secundários: w e m) e mais rejeitados pelos rapazes (primários: W, Z, M; secundários: w), principalmente aqueles relacionados a atividades atribuídas ao feminino no contexto sociocultural brasileiro. Estes resultados confirmam, empiricamente, evidências da influência sociocultural na determinação dos interesses profissionais. Em relação à variável foco deste estudo, a maturidade para a escolha profissional, os adolescentes de GA sinalizaram maior abertura para as possibilidades profissionais (maior número de escolhas positivas e menor número de rejeições) comparativamente ao grupo de baixa maturidade que, por sua vez, acabou por restringir suas escolhas positivas e apresentou número alto de escolhas negativas no BBT-Br. Isso se confirmou na análise da distribuição de freqüência das escolhas positivas, negativas e neutras dos fatores primários e secundários do BBT-Br. Nesta direção pode-se notar que GA escolheu significativamente mais e rejeitou menos fotos dos fatores primários S (senso social e dinamismo), V (precisão, objetividade) e G (criatividade, pesquisa), e de cinco fatores secundários (k, s, v, g, o). Por sua vez, o GB fez o oposto disso, escolhendo menos e rejeitando mais os fatores primários mencionados e seis fatores secundários (s, g, o, z, v, m). De maneira geral, os jovens com maiores índices de maturidade para a escolha profissional consideraram um número maior de opções profissionais do BBT-Br, a serem exploradas e, conseqüentemente, integradas em suas decisões ocupacionais, enquanto que os adolescentes com menor maturidade acabaram, com suas rejeições, por restringir suas possibilidades de conhecimento e de consideração desses fatores em suas escolhas profissionais. Pode-se concluir, portanto, que o nível de maturidade para a escolha profissional (resultados da EMEP) sinalizou influenciar diretamente os índices de produtividade no BBT-Br, confirmando suas hipóteses interpretativas e, portanto, fortalecendo indicadores de validade para esta técnica projetiva no contexto sócio-cultural contemporâneo.
  • DOI: 10.11606/T.59.2008.tde-12092008-214656
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2008-08-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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