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Regeneração natural de fragmentos de florestas nativas inseridos em paisagens agrícolas muito fragmentadas do noroeste de São Paulo

Figueiredo, Pablo Hugo Alves

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz 2016-12-02

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Regeneração natural de fragmentos de florestas nativas inseridos em paisagens agrícolas muito fragmentadas do noroeste de São Paulo
  • Autor: Figueiredo, Pablo Hugo Alves
  • Orientador: Rodrigues, Ricardo Ribeiro
  • Assuntos: Ações De Manejo Adaptativo; Fragmentação Florestal; Filtros Ecológicos; Ecótono; Incêndios; Ecotone; Ecological Filters; Fire; Forest Fragmentation; Adaptive Management
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O noroeste de São Paulo, transição entre a Floresta Atlântica e o Cerrado, é uma das regiões mais fragmentadas do estado. Investigando a regeneração natural de remanescentes florestais é possível compreender como a diversidade de espécies e os processos ecológicos são mantidos nessas paisagens agrícolas muito fragmentadas, gerando subsídios para ações de conservação e restauração. Nesse sentido, as perguntas norteadoras deste estudo foram: 1) o conhecimento do componente regenerante de remanescentes florestais inseridos em matrizes agrícolas muito fragmentadas permite avaliar a perpetuação dos mesmos ao longo do tempo? 2) quais fatores, de qualidade de hábitat ou de estrutura da paisagem, exercem maior influência sobre composição, densidade e riqueza de espécies no componente regenerante desses remanescentes florestais? Para isso, foi comparada a riqueza, diversidade e composição de espécies entre o componente regenerante (altura >1,0 m e DAS< 5 cm) e arbóreo (DAS> 5 cm) de 18 fragmentos de florestas nativas do noroeste de São Paulo. Em seguida, foi analisada a relação entre a qualidade do hábitat (soma de bases do solo, teor de argila do solo e frequência de incêndio) e estrutura da paisagem (conectividade, isolamento e tamanho total do fragmento) com os valores descritivos do componente regenerante. Foram registrados no componente regenerante 5.989 indivíduos e 207 espécies, o que equivale a uma média de 4968±3584 ind.ha-1 e 33±14 espécies por fragmento. As famílias mais ricas foram Fabaceae (28 espécies), Myrtaceae (25), Rubiaceae (21) e os gêneros foram Eugenia (12), Ocotea (6), Campomanesia (5) e Psychotria (5). Comparado ao componente arbóreo, o componente regenerante apresentou significativamente menor riqueza e diversidade α, pois 71% das espécies do componente arbóreo não foram registradas na regeneração natural. Porém, ambos componentes apresentaram composição florística significativamente correlacionada. Com relação à diversidade β, em média, o componente regenerante apresentou valor significativamente maior entre os fragmentos. A qualidade de habitat foi mais importante para explicar a estrutura e riqueza da comunidade regenerante. Frequência de incêndio contribuiu negativamente para a densidade total comunidade e de indivíduos zoocóricos, clímaces de sub-bosque e de dossel, assim como para a riqueza de espécies zoocóricas, pioneiras e colonizadoras. A riqueza de especialistas de florestas apresentou relação positiva com a soma de bases enquanto para a riqueza e densidade de generalistas a relação foi negativa. Soma de bases e teor de argila no solo foram as variáveis mais relacionadas com a composição florística da comunidade regenerante. Dentre as variáveis de paisagem, conectividade relacionou-se negativamente com a densidade de espécies generalistas enquanto área do fragmento apresentou relação positiva com a densidade de zoocóricas com propágulos de tamanho médio. Portanto, a regeneração natural representou um subconjunto de espécies do componente arbóreo com menor diversidade, riqueza e número de espécies compartilhadas entre os fragmentos e por isso seriam necessárias ações de manejo adaptativo para garantir a perpetuação dos remanescentes florestais nessas paisagens muito fragmentadas. Frequência de incêndios foi o principal fator comprometedor da perpetuação da biodiversidade e a importância do gradiente edáfico para composição de espécies dos remanescentes florestais da região foi confirmada.
  • DOI: 10.11606/D.11.2017.tde-06012017-154142
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
  • Data de criação/publicação: 2016-12-02
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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