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Espaços e significados do corpo no "Experimental da Lapa"(1967-1972)

Marisa Helena Silva Farah Cecília Hanna Mate

2005

Localização: FE - Faculdade de Educação    (37.07(81.61) F219e )(Acessar)

  • Título:
    Espaços e significados do corpo no "Experimental da Lapa"(1967-1972)
  • Autor: Marisa Helena Silva Farah
  • Cecília Hanna Mate
  • Assuntos: Escola Experimental da Lapa (São Paulo); EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR; ENSINO FUNDAMENTAL -- 1967-1972 -- SÃO PAULO (SP); CORPO (EDUCAÇÃO FÍSICA) (EDUCAÇÃO); CONSCIÊNCIA CORPORAL (EDUCAÇÃO); PESQUISA EDUCACIONAL; PRÁTICA DE ENSINO; ESCOLAS -- 1967-1972 -- SÃO PAULO; MÉTODOS DE ENSINO
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Trata-se de uma pesquisa que busca compreender em quais espaços teóricos epistemológicos o corpo do aluno foi considerado dentro do projeto educacional da escola "Experimental da Lapa" - formado pelas escolas Grupo Escolar Experimental "Dr. Edmundo de Carvalho" e Ginásio Estadual Pluricurricular Experimental I - durante o período de 1967-1972. A partir do panorama desses espaços, apresenta algumas hipóteses de aparição do corpo, considerando os seguintes aspectos: a escola inserida no campo das experimentações educacionais do período, a situação política de regime militar no Brasil, as áreas de influência no âmbito educacional escolar e a proposta de 'ensaio' para uma escola de oito anos. Os documentos utilizados para a análise foram os Relatórios das escolas dos anos de 1967/68/69170; os Cadernos publicados entre os anos de 1971 e 1972 pela Secretaria de Estado dos Negócios da Educação; e entrevistas com professores, orientadores e alunos que estavam na escola nesse período. Para orientar o trabalho investigativo das ações educativas e pedagógicas sobre o corpo do aluno no "Experimental da Lapa", a análise partiu das concepções do filósofo francês Michel Foucault de 'poder disciplinar', entendido aqui como um controle detalhado do corpo que produz um comportamento corporal específico por meio da distribuição dos indivíduos no espaço, do controle ) do tempo, da vigilância contínua e do registro. Em contraponto, coloca-se a visão fenomenológica de
    Maurice Merleau-Ponty, que traz o corpo como sujeito da Percepção a partir do conceito de 'corpo vivido', significando a experiência do sujeito de perceber o mundo mediante um ato intencional com seu corpo. Os resultados da pesquisa indicaram que o corpo foi considerado dentro do 'projeto pedagógico' da escola, balizado fortemente pelas áreas de biologia, psicologia e sociologia, que direcionaram as ações realizadas sobre os corpos do;- alunos por meio das atividades da escola, dos setores técnicos, do planejamento e da seleção das disciplinas. Essas ações se manifestaram de cinco formas: Preventivas, Re-educativas, Expressivas Disciplinares, Pedagógicas e Reflexivas, sendo esta última realizada com os próprios professores. As hipóteses encontradas para explicar tais ações foram três: a primeira para garantir o sucesso escolar eliminando as possíveis causas físicas, psíquicas e sócio-econômicas; a segunda para cumprir a idéia de educação integral colocando corpo e mente no mesmo patamar de valor; e a última hipótese seria a necessidade de desenvolver um sistema disciplinar sem coerção - a autodisciplina. A partir das entrevistas realizadas com os atores da escola, a pesquisa apontou também um paradoxo entre as ações realizadas sobre o corpo que, ao mesmo tempo em que se direcionavam para uma função disciplinadora, também aumentavam a capacidade crítica e criadora dos alunos
  • Data de criação/publicação: 2005
  • Formato: 137 p. anexos.
  • Idioma: Português
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