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A decomposição de detritos foliares de espécies nativas e exótica e a colonização de macroinvertebrados em um riacho tropical localizado na Floresta Nacional de Ipanema, SP, Brasil

Suarez Robayo, Heidi Marcela

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Engenharia de São Carlos 2016-07-01

Acesso online

  • Título:
    A decomposição de detritos foliares de espécies nativas e exótica e a colonização de macroinvertebrados em um riacho tropical localizado na Floresta Nacional de Ipanema, SP, Brasil
  • Autor: Suarez Robayo, Heidi Marcela
  • Orientador: Smith, Welber Senteio
  • Assuntos: Processo De Decomposição; Grupos Tróficos Funcionais; Fragmentação Foliar; Folhas Nativas; Folhas Exóticas; Litter Bags; Exotic Leaves; Decomposition Process; Functional Trophic Groups; Native Leaves; Plant Fragmentation
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: As matas riparias tem efeitos positivos sobre a qualidade da água em rios de baixa ordem. O cultivo e a substituição de plantas de espécies nativas por espécies exóticas, tem efeitos e impactos significativos na biodiversidade de ambientes aquáticos e terrestre. O cultivo de Eucalyptus ocupam áreas de importância biológica e ambiental, causando impactos que ainda são pouco estudados, interferindo no funcionamento dos cursos de água que são dependentes do material foliar disponível nas margens dos rios como fonte de energia e nutrientes. O presente trabalho comparou a decomposição de folhas de espécies nativas (Inga marginata e Matayba elaeagnoides) e folhas de uma espécie exótica (Eucalyptus grandis) durante as estações seca e chuvosa, num riacho localizado no interior da Floresta Nacional de Ipanema, unidade de conservação situada no sudeste do estado de São Paulo. Para a comparação foi utilizado o método de litter bags usando sacos de malha grossa plástica de 10 mm de abertura, por períodos de no máximo 60 dias. Neste período também foi avaliada a colonização de macroinvertebrados bentônicos em cada um dos tratamentos testados. Entre as estações (seca e chuvosa), as perdas de massa foliar foram distintas, assim também existiram diferenças entre as espécies de plantas testadas (Inga marginata, Matayba elaeagnoides e Eucalyptus grandis), sendo sempre maior a perda nas folhas de Inga marginata, seguida das folhas de Eucalyptus grandis e Matayba elaeagnoides, e obtendo os maiores valores de perda de massa na estação chuvosa. Foram identificados 801 indivíduos que colonizaram nos três tratamentos testados na época seca e 556 indivíduos que colonizaram nos tratamentos na época chuvosa, existindo uma relação entre os valores de perda de massa e a abundância de organismos macroinvertebrados para cada um dos tratamentos, sendo os tratamentos com maiores perdas os que tiveram maiores valores de organismos colonizados. Os maiores valores de perda de massa para a folha de Inga marginata foi maior em comparação dos outros tratamentos além de apresentar a maior quantidade de macroinvertebrados aquáticos colonizados nas duas épocas avaliadas. As famílias mais representativas foram: Chironomidae, Hyalellidae, Gomphidae, Calamoceratidae, Leptophlebiidae e Elmidae. Assim os grupos funcionais com maior presença foram os grupos coletor e predador, não existindo diferenças significativas na presença destes grupos. O grupo fragmentador foi o terceiro grupo mais representativo para os três tratamentos e nas duas épocas avaliadas. Nesse tipo de ambiente tropical, a comunidade de fungos e bactérias é rico e diverso, fazendo esse processo biológico, importante para a transformação das folhas em um recurso de maior facilidade de assimilação para seu aproveitamento, tornando assim as folhas mais acessíveis para os organismos invertebrados. Deste modo, por exemplo transformando as folhas de eucalipto em um recurso, sendo estas folhas também acondicionadas para o consumo dos organismos e podendo-se constituir como um recurso adicional para a biota e os organismos se adaptando para a assimilação deste recurso. A presença de folhas de eucalipto pode influenciar na colonização dos organismos invertebrados, podendo interferir no processo natural da colonização de macroinvertebrados aquáticos e alterando a disponibilidade de nutrientes dentro das teias tróficas destes sistemas aquáticos.
  • DOI: 10.11606/D.18.2016.tde-26092016-154547
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Engenharia de São Carlos
  • Data de criação/publicação: 2016-07-01
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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