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Avaliação da resposta imune primária e segurança da vacina de HPV quadrivalente em mulheres transplantadas de órgãos sólidos

Miyaji, Karina Takesaki

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2022-04-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Avaliação da resposta imune primária e segurança da vacina de HPV quadrivalente em mulheres transplantadas de órgãos sólidos
  • Autor: Miyaji, Karina Takesaki
  • Orientador: Sartori, Ana Marli Christovam
  • Assuntos: Vacinas Contra Papilomavírus; Transplante De Coração; Transplante De Fígado; Transplante De Órgão Sólido; Imunossupressão; Imunogenicidade Da Vacina; Transplante De Pulmão; Transplante De Rim; Segurança; Solid Organ Transplant; Safety; Papillomavirus Vaccines; Lung Transplantation; Liver Transplantation; Kidney Transplant; Immunosuppression; Immunogenicity Vaccine; Heart Transplantation
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Introdução: Pessoas imunocomprometidas apresentam alto risco de infecção persistente pelo Papiloma Vírus Humano (HPV) e de cânceres associados. A melhor estratégia de prevenção é a vacinação de suscetíveis. Poucos estudos avaliaram a imunogenicidade e a segurança das vacinas de HPV em pessoas imunocomprometidas. Objetivos Primários: avaliar imunogenicidade e segurança da vacina HPV quadrivalente (HPV4V) em transplantadas de órgãos sólidos, em comparação a mulheres imunocompetentes da mesma faixa etária. Objetivos Secundários: avaliar a prevalência de HPV e de alterações citológicas associadas ao HPV em amostra cervical, e a soroprevalência de HPV nas mulheres transplantadas e nas imunocompetentes, no momento de inclusão. Métodos: Ensaio clínico aberto, em que foram incluídas mulheres de 18 a 45 anos transplantadas de órgãos sólidos e imunocompetentes. No momento da inclusão, foram coletadas amostra de sangue para sorologia de HPV e esfregaço cervical para citologia oncótica em meio líquido e detecção de HPV por PCR. Todas as participantes receberam três doses da vacina quadrivalente (HPV4V, aos 0, 2 e 6 meses). Foi coletada segunda amostra de sangue um mês após a terceira dose da vacina para avaliação da resposta imune à vacinação, avaliada pela frequência de soroconversão e títulos médios geométricos [GMT] de anticorpos anti-HPV. Foi realizado ensaio de anticorpos neutralizantes baseado em pseudovírions (multiplexed pseudovirion-based serological assay [PsVLuminex]). Eventos adversos (EA) solicitados, locais e sistêmicos, foram avaliados desde o momento da vacinação até sete dias após. EA graves não solicitados foram avaliados durante todo o período do estudo. Resultados: Foram incluídas 125 transplantadas de órgãos sólidos (69 rim, 4 rim e pâncreas, 28 fígado, 17 pulmão e 8 coração) e 132 mulheres imunocompetentes, das quais 105 transplantadas e 119 imunocompetentes completaram o estudo. No momento de inclusão, a frequência de alterações colpocitológicas relacionadas ao HPV (lesão intraepitelial de baixo grau [LSIL] e lesão intraepitelial escamosa de alto grau [HSIL]) foi significativamente maior nas transplantadas que nas 10 imunocompetentes (15% vs. 2,4%, respectivamente, p=0,001). A detecção de HPV por PCR foi semelhante nos dois grupos, porém a detecção de tipos de HPV de alto risco foi mais frequente nas transplantadas (19,4% vs. 7,9%, p=0,014). Não houve diferença significativa entre os dois grupos na soropositividade para HPV antes da vacinação. Após a vacinação com HPV4V, houve diferença estatisticamente significativa na soroconversão entre os dois grupos: entre as transplantadas soronegativas na inclusão, a soroconversão variou conforme o tipo de HPV, 57% (HPV18), 69% (HPV6 e HPV16) e 72% (HPV11), enquanto 100% das imunocompetentes apresentaram soroconversão para os quatro tipos de HPV vacinais. Os GMT de anticorpos tipo-específicos também foram significativamente maiores nas imunocompetentes, para todos os tipos de HPV incluídos na vacina HPV4V. A frequência de eventos adversos após a vacinação foi semelhante nos dois grupos, com exceção de dor no local, mais frequente nas imunocompetentes, e náuseas após a 2ª dose, mais frequente nas transplantadas. Conclusões: a vacina HPV4V é segura nas mulheres transplantadas de órgãos sólidos, porém a resposta imune ao esquema primário com três doses foi significativamente inferior quando comparada a mulheres imunocompetentes da mesma faixa etária
  • DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-20072022-103532
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2022-04-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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