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A questão da palestina e a fundação de Israel

Aura Rejane Gomes Leonel Itaussu Almeida Mello

2001

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Disponível apenas online )(Acessar)

  • Título:
    A questão da palestina e a fundação de Israel
  • Autor: Aura Rejane Gomes
  • Leonel Itaussu Almeida Mello
  • Assuntos: POLÍTICA INTERNACIONAL
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: O objetivo deste trabalho foi compreender, do ponto de vista da política internacional, os fatores que viabilizaram a fundação de Israel no território da Palestina, provocando um dos mais prolongados e dramáticos conflitos da história contemporânea. A criação de Israel, decidida na ONU, em 1947, violou os direitos fundamentais do povo árabe palestino (70% do total da população nesse ano), garantidos pela Carta das Nações Unidas e pelo Pacto da Sociedade das Nações, ambos fontes do Direito Internacional, e violou o título jurídico adquirido pelos árabes através do acordo firmado com os países da Entente, durante a Primeira Guerra mundial, que garantia a independência da Palestina, causando a revolta generalizada no mundo árabe, já profundamente ressentido do imperialismo ocidental na região. Considerando a conjuntura internacional desse período, delineada pela Guerra Fria, e considerando que os principais atores do sistema internacional tinham consciência de que tal decisão causaria a hostilidade dos países árabes, acarretando altíssimos custos militares, políticos e econômicos, uma vez que a Liga Árabe declarou não reconhecer uma decisão que considerava ilegal, tivemos interesse em conhecer quais foram as expectativas de ganhos que levaram os EUA, a ex-URSS e outros países a assumirem os riscos e os custos dessa decisão. Várias conclusões foram obtidas. Os EUA não tinham nenhuma expectativa de ganho com o apoio à criação de Israel, pelo contrário, esse evento
    acarretou pesados custos à nação norte-americana, advertidos permanentemente pelos Secretários de Estado e de Guerra. A decisão pró-Israel foi uma iniciativa do Presidente Truman para defender seu interesse pessoal nas eleições seguintes, quando pretendia contar com o apoio da comunidade judaica de seu país. A posição de Truman garantiu a forte pressão dos EUA, na forma de chantagem e suborno, sobre vários países que sustentavam posições contrárias. ) Quanto à decisão soviética, não há uma compreensão conclusiva. Stalin, durante muitos anos, um antagonista intransigente ao projeto sionista, surpreendeu a todos apoiando a criação de Israel. Grande parte dos estudiosos considera que o objetivo soviético era simplesmente prejudicar a Grã Bretanha. Aparentemente houve um equívoco nos cálculos políticos, percebido pouco tempo depois, levando esse país a reconsiderar sua posição. Grande parte dos países de ambos os blocos assumiram simplesmente o alinhamento automático às decisões das duas superpotências. Por último, cabe destacar que o interesse do Brasil era permanecer alinhado com os EUA e, nesse sentido, Osvaldo Aranha como presidente da Assembléia Geral, prestou um serviço fundamental. No dia da votação, devido à avaliação de que a proposta pró-Israel seria derrotada, Osvaldo Aranha decidiu encerrar mais cedo os trabalhos, adiando a votação, dando aos sionistas o tempo que necessitavam para pressionar e subornar os países contrários, a fim de mudar seu voto
  • Data de criação/publicação: 2001
  • Formato: 148 p anexos.
  • Idioma: Português

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