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Crises, migrações e trabalho no Brasil do século XXI

Lea Francesconi Encontro de Geógrafos da América Latina - EGAL (16. 2017 La Paz, Bolívia)

Anais La Paz, Bolívia: IIGEO, 2017

La Paz, Bolívia IIGEO 2017

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Resumo no registro )(Acessar)

  • Título:
    Crises, migrações e trabalho no Brasil do século XXI
  • Autor: Lea Francesconi
  • Encontro de Geógrafos da América Latina - EGAL (16. 2017 La Paz, Bolívia)
  • Assuntos: TRABALHO -- SÉCULO 21 -- BRASIL; CRISE ECONÔMICA; MIGRAÇÃO
  • É parte de: Anais La Paz, Bolívia: IIGEO, 2017
  • Descrição: Esta comunicação faz parte de uma pesquisa sobre a relação entre as crises econômicas, as migrações e as mudanças no trabalho na modernização capitalista e reporta‐se ao território brasileiro, nos último quinze anos. Trabalho e crise estão em discussão quando se coloca em pauta a questão das migrações dos tempos modernos. As migrações do mundo moderno decorrem da expansão e mundialização da sociedade produtora de mercadoria cuja dinâmica de acumulação crescente apoia‐se na presença da especial mercadoria que é a força de trabalho, fundamental para transformar recursos em mercadorias e criar valor excedente para a acumulação de capital. Nesse processo, a mobilidade do trabalhador e do trabalho constitui‐ se em parte essencial da acumulação capitalista. No século XIX grandes fluxos migratórios provenientes da Europa para as Américas derivaram da expansão da modernização europeia, da expansão industrial da segunda revolução industrial, juntamente com a formação de estados modernos processo com o qual a crise econômica de 1873‐1896. O Brasil recebeu parte significativa para o trabalho nas lavouras de café, concentrada em estados do sudeste, desde o final do século XIX até os anos 1920. O Brasil foi primordialmente país receptor de imigrantes de origem diversas em outros contextos econômico e políticos. Nos anos 1980, período de fim da ditadura militar e redemocratização do país, sofreu duas recessões econômicas e passa a ser também país de emigração. Nos últimos quinze anos tem recebido imigrantes da America Latina e também da África, muitos deles na condição de refugiados. Se as crises são inerentes ao modo de produção capitalista como decorrência da contradição fundamental entre capital e trabalho, a cada período e local – em tempos e espaços diferentes elas adquirem formas também diferentes.
    A crise mundial de 2008 encontra o Brasil num período de crescimento econômico e de aumento de oferta de empregos, o que intensifica a imigração e a busca por refúgio. No entanto, nos últimos três anos uma tendência recessiva decorrente de distorções de distribuição de subsídios internos agrava-se por ações conjugadas entre a mídia oligopolista brasileira e setores de importantes instituições federais que resulta em afastamento da presidente. A crise brasileira, imersa nas consequências da crise mundial de 2008, assume feições próprias e ações contra a corrupção provocam a destruição der parcelas saudáveis da economia, e provoca quebra de empresas e de empregos. Num curto período de tempo os refugiados haitianos acolhidos em massa no Brasil rumam para outros destinos em busca de melhores condições financeiras para suas remessas. Esta pesquisa utilizará fontes estatística sobre crescimento econômico incluindo inflação e juros, emprego e desemprego, entrada e saída de imigrantes do país, particularmente haitianos e africanos de modo a identificar as relações entre períodos recessivos e períodos de crescimento da produção, a acumulação capitalista e a intensificação da migração e as formas utilizadas pelo migrante no enfrentamento das novas dificuldades econômicas. Enfim, pesquisa-se a mobilidade do trabalho e do trabalhador.
  • Editor: La Paz, Bolívia IIGEO
  • Data de criação/publicação: 2017
  • Formato: Online.
  • Idioma: Português

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