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Pessoas memoriais: práticas de parentesco e política na Argentina

Murillo, Aline Lopes

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2023-04-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Pessoas memoriais: práticas de parentesco e política na Argentina
  • Autor: Murillo, Aline Lopes
  • Orientador: Peixoto, Fernanda Arêas
  • Assuntos: Política; Parentesco; Memória; Ditadura Militar Argentina; Antropologia; Kinship; Argentine Military Dictatorship; Memory; Policy; Anthropology
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Esta tese examina práticas de pessoas que souberam, na idade adulta, serem filhas de militantes desaparecidos e de terem sido sequestradas por motivos políticos durante a Ditadura argentina (1976-1983) quando eram bebês. Essas pessoas foram criadas por militares, por aliados da Ditadura ou por casais que não estavam envolvidos com a repressão política; seus nomes, sobrenomes, filiação, datas e locais de nascimento foram adulterados nas certidões de nascimento, prática que ficou conhecida como plan sistemático de apropiación de menores. Se para eliminar a oposição política, a Ditadura obliterou identidades pessoais, anulou vínculos de parentesco e silenciou discursos contrários, a resistência surge como seu espelho: são o sangue, o nome e os relatos os principais meios para trazer à tona o passado ocultado à vida presente. Ao conhecerem as suas origens por meio do trabalho da associação civil Abuelas de Plaza de Mayo, os chamados nietos e nietas restituidos se perceberam como parte de um mundo devastado pela repressão estatal da década de 1970. Esta tese analisa um corpus variado (entrevistas, biografias, documentários, jornais, revistas e programas de televisão); colocando esses materiais em relação, objetiva-se entender modos como o conhecimento da origem biológica, nome e lembranças são acionados e participam das artes de (re)constituir identidades pessoais, (re)criar parentesco e (re)alimentar memórias. Como pessoas que elaboram e difundem histórias pessoais, familiares e do país, nietos e nietas mobilizam uma pluralidade de ideias sobre o regime militar. Além disso, e tão somente porque sofreram a apropiación de menores, situam em si e convidam (até requerem) a produção de memórias e ideias, constituindo-se, assim - tal como sustento nesta tese - como \"pessoas memoriais\".
  • DOI: 10.11606/T.8.2023.tde-15082023-121244
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2023-04-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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