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A estrutura argumental dos verbos na língua Juruna (Yudjá): da formação dos verbos para a análise das estruturas sintáticas

Lima, Suzi Oliveira De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2008-03-28

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A estrutura argumental dos verbos na língua Juruna (Yudjá): da formação dos verbos para a análise das estruturas sintáticas
  • Autor: Lima, Suzi Oliveira De
  • Orientador: Storto, Luciana Raccanello
  • Assuntos: Classes Verbais; Estrutura Argumental; Programa Minimalista; Hale & Keyser; Juruna; Argumental Structures; Minimalism Program; Verba Classes
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Esta dissertação descreve e analisa os verbos da língua Juruna (Yudja) a partir de suas estruturas argumentais e conseqüências sintáticas. O objetivo é contribuir com um material para a escola indígena Juruna assim como contribuir com os estudos teóricos da perspectiva gerativista de estudos sobre a linguagem. O texto é dividido em duas grandes partes (descrição e análise) sendo a primeira delas uma descrição de 302 verbos da língua. Nesta parte dividimos estes verbos em dezoito classes verbais a partir de critérios morfológicos, sintáticos e semânticos. Estes critérios foram estabelecidos a partir de características da língua, quais sejam estas: duplicação verbal, propriedades semânticas, afixos, causativização e propriedades das raízes - as quais associadas a verbalizadores formam os verbos. Nesta seção apresentamos quais são as construções e operações morfológicas que cada verbo descrito realiza (tais como: alternâncias de valência (por afixação e via alternância labile), duplicação e supleção verbal) e suas funções na língua. A segunda parte do texto denominada \"análises\" apresenta uma análise gerativa para os fatos da língua Juruna. Para a questão da formação dos verbos, partimos da proposta de Hale & Keyser (1993; 2001) segundo a qual os verbos são formados de forma estrutural e hierárquica a partir de duas estruturas básicas (monádica e diádica) nucleadas por núcleos verbais (V1 e V2). Estas estruturas são utilizadas de forma paramétrica a partir de restrições das raízes verbais e seus traços sintáticos e semânticos. Considerando esta proposta teórica, argumentamos que os verbos da língua Juruna são formados estruturalmente a partir de restrições dos traços que formam as raízes verbais, os quais também serão determinantes nos processos de atribuição e mudança de valência e voz assim como no processo de duplicação e supleção verbal. Após a análise referente à formação dos verbos apresentamos a formação de sentenças na língua Juruna partindo do Programa Minimalista (Chomsky 1995; 1998; 1999). Nesta seção apresentamos o processo de inserção de sujeitos (a partir de formas pronominais, demonstrativos e sintagmas nominais) em vP, discutimos os processos de concordância, analisamos a inserção de modo realis/ irrealis, bem como questões relacionadas a ordem sentencial, adjunção de advérbios e o paralelismo entre os planos nominal e verbal, a partir das questões associadas à cumulatividade e quantificação. O ponto central desta dissertação é, portanto, argumentar que todas as propriedades sintáticas da língua Juruna decorrem essencialmente dos traços formadores de seus verbos. Desta forma, para a compreensão da sintaxe de uma língua é necessário compreender a estrutura argumental de seus verbos.
  • DOI: 10.11606/D.8.2008.tde-08072008-152745
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2008-03-28
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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