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A posição do tornozelo durante o exercício mesa flexora não influencia na ativação muscular dos isquiotibiais e não interfere no ganho de força e hipertrofia

Cadeo, Gabriela Marques

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto 2021-09-14

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    A posição do tornozelo durante o exercício mesa flexora não influencia na ativação muscular dos isquiotibiais e não interfere no ganho de força e hipertrofia
  • Autor: Cadeo, Gabriela Marques
  • Orientador: Gomes, Matheus Machado
  • Assuntos: Relação Comprimento-Tensão; Posição De Tornozelo; Isquiotibiais; Hipertrofia Muscular; Eletromiografia; Hamstrings; Length-Tension Ratio; Muscular Hypertrophy; Electromyography; Ankle Position
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A aplicação do treinamento de força para maximizar as respostas neuromusculares é comumente utilizada no âmbito esportivo. Tem-se relatado na literatura científica que os músculos isquiotibiais são classificados como o grupo muscular que possuem altas taxas de lesões em atletas profissionais. Dessa forma, há um grande corpo de pesquisas que procura elucidar o seu padrão de ativação muscular nos diferentes exercícios. Adicionalmente, estudos tem demonstrado que o pico de torque de flexão do joelho é maior com o tornozelo em dorsiflexão. No entanto, a influência das diferentes posições do tornozelo no sinal eletromiográfico (EMG) e hipertrofia muscular dos isquiotibiais parece incerta, indicando a necessidade de esclarecimento sobre a existência de um efeito da posição de tornozelo nas adaptações neuromusculares desse grupo muscular. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi analisar o EMG dos músculos flexores de joelho e adaptações neuromusculares após treinamento de 10 semanas no exercício mesa flexora nas condições com flexão plantar e dorsiflexão de tornozelo. A pesquisa incluiu dois estudos: Estudo-1 - 25 adultos, que se dividiram igualmente em dois grupos (não treinado e treinado) e realizaram o exercício mesa flexora em duas condições: flexão de joelho com dorsiflexão de tornozelo e flexão de joelho com flexão plantar. Eletrodos de superfície foram fixados nos músculos biceps femoral (BF), semitendinoso (ST), gastrocnêmio medial (GM) e lateral (GL). O sinal eletromiográfico foi calculado pela amplitude média (Root mean square - RMS) e pela frequência mediana durante uma série de repetições múltiplas levada até a falha muscular. Estudo- 2: Nessa etapa se perdeu 2 voluntários, desta forma dez adultos realizaram o treinamento de flexão de joelho na mesa flexora com uma perna em dorsiflexão de tornozelo e com a outra em flexão plantar. Apenas o grupo treinado participou dessa etapa. Em cada sessão de treino, os participantes realizaram 4 séries de 8 a 12 repetições máximas com cada membro no exercício mesa flexora, com intensidade de 70% de 1RM. Um aplicativo de metrônomo indicou a cadência de 2 segundos para fase concêntrica e 2 segundos para a fase excêntrica. O intervalo entre séries foi de 90 segundos. A amplitude de movimento foi de 90° de flexão de joelho. O volume da sessão foi considerado como o número total de repetições de todas as séries e intensidade da carga (kg), multiplicados entre si. O somatório do volume de cada sessão, das 20 sessões realizadas, foi considerado como o volume total de treinamento. A espessura do músculo bíceps femoral cabeça longa de ambos os membros foi mensurada pré e pós-intervenção, assim como o torque de flexão de joelho, e para estas mensurações utilizamos ultrassonografia em modo B e dinamômetro isocinético, respectivamente. Todos os participantes permaneceram no mínimo 72h sem exercitar os membros inferiores antes destas avaliações. O treinamento correspondeu a 20 sessões de treino (2 vezes por semana) com intervalo de no mínimo 48 horas entre as sessões durante 10 semanas. Para análise estatística, utilizamos o teste t pareado para comparar volume total de treinamento, RMS e frequência mediana; a ANOVA de duas vias para comparar as espessuras musculares e torque; o teste de Pearson para a correlação entre o volume total de treinamento e o delta de variação da espessura muscular entre momento pré e pós, considerando o nível de significância p ≤ 0,05. A espessura muscular (p = 0,026) e o torque (p = 0,031) aumentaram após a intervenção, mas de maneira similar entre as condições de tornozelo. O volume total de treinamento foi maior (p = 0,005) para o membro que realizou na condição de dorsiflexão de tornozelo (13009,50±4048,356kg) em relação à condição de flexão plantar (11255,16±3844,805kg). Não houve correlação entre o volume total de treino e o delta de variação (Δ%) da espessura muscular para as condições de dorsiflexão (ρ= - 0,033; p = 0,933) e flexão plantar de tornozelo (ρ = 0,023; p = 0,953). A posição de tornozelo afetou apenas a frequência mediana dos músculos gastrocnêmios em ambos os grupos, sem efeito para os músculos bíceps femoral e semitendinoso tanto no domínio temporal quanto espectral do EMG. Os ganhos de força e hipertrofia ocorreram de maneira similar nas diferentes condições, apesar do volume total de treinamento ser maior na condição de dorsiflexão.
  • DOI: 10.11606/D.109.2021.tde-12112021-150714
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto
  • Data de criação/publicação: 2021-09-14
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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