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Impacto da função visual, da inflamação e do tratamento na qualidade de vida de pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada na fase não aguda

Souto, Fernanda Maria Silveira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2022-12-05

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Impacto da função visual, da inflamação e do tratamento na qualidade de vida de pacientes com doença de Vogt-Koyanagi-Harada na fase não aguda
  • Autor: Souto, Fernanda Maria Silveira
  • Orientador: Yamamoto, Joyce Hisae
  • Assuntos: Inflamação; Inquéritos E Questionários; Pan-Uveíte; Terapêutica; Qualidade De Vida; Síndrome Uveomeningoencefálica; Therapeutic; Surveys And Questionnaires; Quality Of Life; Panuveits; Inflammation; Uveomeningoencephalic Syndrome
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida (QdV) e seus determinantes relacionados à função visual, inflamação e tratamento em pacientes com DVKH na fase não aguda. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, no qual foram incluídos 22 pacientes com diagnóstico da DVKH na fase não aguda atendidos na Clínica Oftalmológica do Hospital das Clínicas HCFMUSP, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo. Todos os pacientes foram acompanhados sistematicamente desde a fase aguda, com avaliações clínicas, de imagem e funcional, em intervalos e tratamento padronizados. Como critério de inclusão, todos os pacientes tinham um seguimento >12 meses desde a fase aguda (DVKH na fase não aguda). Para avaliação da QdV relacionada à saúde geral e visual foram utilizados os questionários de QdV validados em português 36-Item Short Form Survey (SF-36) e National Eye Institute Visual Function Questionnaire 25-item (NEI VFQ-25), respectivamente. Os questionários de QdV, a sensibilidade ao contraste (SC), o campo visual (CV) e os eletrorretinogramas campo total (ERGct) e multifocal (ERGmf) foram avaliados em dois momentos com intervalo de 24 meses: entre junho e dezembro de 2017 (M1) e entre junho e dezembro de 2019 (M2). Como grupo controle, foram recrutados 22 indivíduos saudáveis pareados por sexo e idade ao grupo de estudo. RESULTADOS: Os 22 pacientes (20 mulheres; 90,9%) apresentaram idade média 35,8 ± 12,4 anos e duração média da doença 42,5± 22,2 meses no M1. Mais pacientes apresentaram fundoscopia moderada/grave no M2 vs M1 (p=0,046). Não houve diferença estatística entre os sinais de inflamação clínica e subclínica entre os dois momentos. Seis pacientes (27,3%) utilizaram monoterapia com corticoide sistêmico; em 16 pacientes (72,7%) foi associada imunossupressão sistêmica (IS). O imunossupressor mais utilizado foi a azatioprina (15 pacientes; 68,2%), seguida de micofenolato (oito pacientes; 22,7%). O número de IS foi maior no M2 (p=0,046) e houve mais infecção, como complicação no M2 (p=0,016). A acuidade visual (AV) era 20/20 no pior olho em 14 (63,6%) e 16 (72,7%) pacientes nos M1 e M2, respectivamente. Em relação aos indivíduos controles, os resultados em pacientes foram piores em três domínios (aspecto físico, estado geral da saúde e componente físico) do questionário SF-36 e em seis domínios (saúde geral, dor ocular, limitações nas funções, dependência, saúde mental e escore total) do questionário NEI VFQ-25; destes domínios, quatro permaneceram com resultados piores que os controles no M2. A SC monocular, os parâmetros do CV, do ERGmf e a fase fotópica do ERGct foram piores nos pacientes em ambos os momentos. Observou-se que, no questionário SF-36, todos os domínios, exceto saúde geral, foram impactados negativamente por fatores relacionados ao tratamento com corticoide e/ou IS tanto no M1 como no M2; fatores relacionados à presença de inflamação (células na câmara anterior) impactaram negativamente na capacidade funcional e nos aspectos sociais no M2; fatores relacionados à pior função visual (episódios de piora da AV, mean deviation no CV, gravidade do fundo de olho) impactaram negativamente na capacidade funcional, saúde geral e dor. Em relação ao questionário NEI VFQ-25, todos os domínios, exceto dirigir e saúde mental, foram impactados negativamente pelo tratamento e suas complicações no M1 e/ou no M2; inflamação (reativação da uveíte anterior no 1º ano de doença ou entre M1 e M2) impactou negativamente nos escores saúde geral, visão de perto, dirigir, dor ocular e no escore total, especialmente, no M2; pior função visual (episódios de piora da AV no 1º ano de doença, mean deviation e sensibilidade foveal no CV, fundoscopia e despigmentação difusa) impactou negativamente na maioria dos domínios deste questionário. Melhor SC monocular apresentou impacto positivo nos escores visão periférica no M1 e visão de perto no M2 e melhor SC binocular impactou positivamente no escore funcionamento social no M2. Ao se avaliar os resultados dos questionários SF-36 e NEI VFQ-25 no M2 vs M1, houve tendência à estabilidade/melhora dos resultados. Nos escores que apresentaram melhora entre os dois momentos, observou-se que esta se relacionou à ausência de tratamento sistêmico imunossupressor (estado geral da saúde, SF-36) e a sinais de melhor controle inflamatório, melhor função visual e menor necessidade de tratamento local e/ou sistêmico (dor ocular, dependência e saúde mental, NEI VFQ-25). CONCLUSÕES: Demonstrou-se que fatores relacionados à inflamação clínica e ao tratamento impactaram negativamente na QdV de pacientes com DVKH na fase não aguda. Dessa forma, este estudo ressalta a importância de se atingir um ponto de equilíbrio entre o benefício do controle inflamatório a longo prazo e o impacto negativo do tratamento sistêmico
  • DOI: 10.11606/T.5.2022.tde-18042023-113322
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2022-12-05
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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