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Perfeccionismo, ansiedade e depressão relacionados à saúde e ao bem-estar de universitários brasileiros

Anelisa Vaz de Carvalho Carmem Beatriz Neufeld; Eduardo Gustavo Keegan

2018

Localização: FFCLRP - Fac. Fil. Ciên. Let. de R. Preto    (Carvalho, Anelisa Vaz de )(Acessar)

  • Título:
    Perfeccionismo, ansiedade e depressão relacionados à saúde e ao bem-estar de universitários brasileiros
  • Autor: Anelisa Vaz de Carvalho
  • Carmem Beatriz Neufeld; Eduardo Gustavo Keegan
  • Assuntos: ANSIEDADE; DEPRESSÃO; AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Estudos conduzidos com a população universitária aumentaram exponencialmente nas últimas décadas no âmbito da Psicologia Clínica. A literatura científica tem evidenciado que o ingresso na educação superior é concebido como fonte de stress, impacta diretamente no bem-estar psicológico dos universitários e, enfim, pode também desencadear o surgimento de sintomas e de transtornos psicológicos, tais como depressão, ansiedade e também de comportamentos de risco (como o abuso de álcool e drogas). Nas primeiras duas décadas de vida, onde geralmente se encontra esta população, observam-se as maiores taxas de incidência de depressão e de transtornos de ansiedade. Neste ínterim, é reconhecido que este grupo é, notoriamente, vulnerável a estados emocionais negativos. Adicionalmente, a literatura internacional também tem se voltado ao estudo do perfeccionismo, um construto transdiagnóstico que possui significativo impacto na saúde mental e qualidade de vida, não obstante, são escassos os estudos nacionais que se foquem em compreender esta relação. O perfeccionismo, por sua vez, é geralmente concebido como uma característica de personalidade disfuncional e, também, entendido a parar de quatro componentes centrais: 1. Pelo estabelecimento de padrões elevados; 2. Por uma avaliação excessivamente crítica acerca do próprio desempenho; 3. Pela elevada preocupação sobre cometer erros; 4. Pelo prejuízo ou sofrimento clinicamente significativo que advém dele. Estudos recentes neste campo também evidenciam que há um lado adaptativo no perfeccionismo, caracterizado por metas elevadas, porém tangíveis, e pela capacidade de aprendizagem e reparação de erros. Enfim, o presente trabalho foi divido em dois estudos: o primeiro deles consistiu em efetuar a tradução e a adaptação cultural da escala de perfeccionismo "Almost Perfect Scale" [APS-R] para a língua portuguesa
    do Brasil. A APS-R é um instrumento autoaplicável que visa avaliar os aspectos adaptativos e desadaptativos do perfeccionismo através de três subescalas: padrões, ordem e discrepância. Pautado nas diretrizes gerais para adaptação de instrumentos disponibilizadas pela International Test Comission, este trabalho foi conduzido em quatro etapas consecutivas: 1) tradução do instrumento (forward translation); 2) retro-tradução (backtranslation); 3) apreciação formal de equivalência; e 4) avaliação final por especialistas. A versão traduzida mostrou resultados promissores: o Índice de Validade de Conteúdo apresentou valores satisfatórios no tocante a equivalência semântica (0,99), cultural (0,94) e conceitual (0,94). O trabalho nestas primeiras etapas permitiu gerar a versão final em português. O segundo estudo deste trabalho, por sua vez, teve como objetivo fazer o levantamento de traços de ansiedade, depressão, perfeccionismo na população universitária brasileira, buscando identificar a relação entre estes itens e variáveis sociodemográficas, através dos instrumentos: APS-R, CES-D e IDATE. A amostra foi composta por um grupo de 298 indivíduos universitários brasileiros jovens (24,49 ± 7,11 anos), na qual foi possível detectar sintomas de ansiedade (47,71±12,91) a partir do IDATE, bem como sintomas depressivos (81,21% do grupo), através do CES-D. Foi possível observar influência do sexo na subescala "padrão`' do instrumento APS-R (p = 0,02 - teste de Mann Whitney) e do tipo de instituição (pública/privada na subescala "ordem (p= 0,02 -teste t de Student). No que se refere à relação entre perfeccionismo e ansiedade, foram notadas correlações significativas entre os escores de ansiedade e “ordem” (p=0,16 e p<0,01) e “discrepância” e (p=-0,65 e p<0,01). Ainda pôde-se notar relação significativa no desempenho da subescala discrepância quando
    considerado a presença de sintomas depressivos (p<0,01). Também foi possível evidenciar relação significativa nos escores de ansiedade quando considerado a presença de sintomas depressivos (p<0,01). Enfim, e notório que o levantamento e analise da correlação entre o perfeccionismo e variáveis psicológicas devem ser consideradas em estudos com universitários brasileiros. Adicionalmente são imprescindíveis estudos que promovam reflexões e subsidiem o planejamento de medidas preventivas e interventivas adequadas no âmbito clínico
  • Data de criação/publicação: 2018
  • Formato: 97 p anexos.
  • Idioma: Português

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