A autonomia e as necessidades em saúde na sistematização da assistência de enfermagem sob a ótica da saúde coletiva

• Autor: Débora Gomes Barros
• Anna Maria Chiesa; Simpósio Internacional de Políticas e Práticas em Saúde Coletiva na Perspectiva da Enfermagem (1. 2007 São Paulo)
• Assuntos: NECESSIDADES E DEMANDA DE SERVIÇOS DE SAÚDE; ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM; ATENÇÃO À SAÚDE; SAÚDE PÚBLICA
• É parte de: Trabalhos São Paulo : ENS, 2007
• Notas: Em CD-ROM
  
• Descrição: O Programa Saúde da Família (PSF) propõe uma inversão do modelo de atenção à Saúde, no qual o processo saúde/doença é determinado a partir das ações dos sujeitos na sociedade em que se inserem. Tal proposta baseia-se, sobretudo, no território adscrito e no processo de vinculação com a população. Com isso, pode-se aproximar das necessidades reais da coletividade como meio de estruturar as ações em saúde para que os problemas sejam atendidos de maneira a garantir a autonomia da população assistida. Sob essa nova perspectiva, surgem práticas que possibilitam intervir sobre problemas e seus condicionantes, como: cadastramento que informa as condições de vida e trabalho da população; as visitas domiciliárias que permitem conhecer o indivíduo inserido na família e suas condições estruturais e dinâmicas para organização do cuidado; além dos programas de prevenção e promoção à saúde. Este cenário evidencia a necessidade da enfermagem em saúde coletiva rever o seu processo de sistematização das práticas. Entende-se a Sistematização da Assistência de Enfermagem como o processo de identificação de problemas, interpretação e organização de condutas no âmbito do exercício profissional. Objetivos: Revisar os conceitos de autonomia e necessidades em saúde e suas aplicações nas diferentes propostas de sistematização da assistência de enfermagem a fim de contribuir com a nova visão de atenção à saúde a partir da assistência de enfermagem. Metodologia: Revisão
  bibliográfica sobre sistematização da assistência de enfermagem, autonomia e necessidades em saúde, considerando artigos científicos, teses dissertações, livros e capítulos de livros dos últimos dez anos, nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem), do endereço eletrônico: www.bireme.br e manualmente na Biblioteca Wanda de Aguiar Horta da Escola de Enfermagem da USP. Os trabalhos foram analisados e fichados em um banco de dados quanto ao assunto, título, ano de publicação, editora, autores, citações relevantes à pesquisa e resenha. Resultados: A enfermagem continua sendo uma profissão "paternalista"; devido ao seu conhecimento técnico-científico sente-se capaz de decidir o que é melhor para o paciente, impedindo, dessa forma, a prática de sua autonomia plena. Os Sistemas de Classificação são voltados para a ênfase "biologizante" das necessidades em saúde, preocupando-se em classificar os problemas, intervir e avaliar o resultado da intervenção de enfermagem. No entanto, surge o projeto brasileiro de Classificação Internacional das Práticas de Enfermagem em Saúde Coletiva (CIPESC), que vem se preocupando com as necessidades sociais além das psicobiológicas. Conclusão: De acordo com os trabalhos, os Sistemas de Classificação de Enfermagem ainda não incorporaram totalmente a visão e os conceitos de autonomia e de necessidades em saúde
  analisados neste estudo
  
• Editor: São Paulo ENS
  
• Data de criação/publicação: 2007
  
• Formato: Res. 226.
  
• Idioma: Português