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Rancière e a cena arqueológica: movimentos de um método

Blanco, Daniela Cunha

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2023-05-26

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Rancière e a cena arqueológica: movimentos de um método
  • Autor: Blanco, Daniela Cunha
  • Orientador: Favaretto, Celso Fernando
  • Assuntos: Roland Barthes; Cena Arqueológica; Dissolução Da Representação; Morte Do Sujeito; Michel Foucault; Jacques Derrida; Jacques Rancière; Roland Barthes; Dissolution Of Representation; Death Of The Subject; Archaeological Scene
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: Essa tese procura pensar a construção de um método específico de pensamento em Jacques Rancière, tendo como fio narrativo o que denominamos de cena arqueológica. Partindo do distanciamento em relação ao pensamento de Louis Althusser, passando por uma aproximação crítica em relação ao pensamento de Michel Foucault e de Roland Barthes, traçaremos, por último, um paralelo em relação ao pensamento de Jacques Derrida. Nossa hipótese é a de que a cena arqueológica em Rancière possibilitaria um pensamento que recusa o gesto de remeter todo acontecimento a uma linha causal e a uma instância totalizante que o determinaria, apontando para a necessidade de se pensar a filosofia e a história a partir da contingencialidade e de uma outra temporalidade. O autor propõe uma noção de igualdade - compreendida enquanto gesto performativo - a partir do qual traça uma crítica à ciência marxista proposta por Althusser. Rancière opõe, à ideia de totalidade que ainda persiste na ciência althusseriana e à divisão entre duas humanidades que as essencializa em duas posições políticas e epistemológicas diversas, um outro campo de pensamento que se afasta de certas categorias metafísicas. A aproximação em relação a Foucault e Barthes se dá, portanto, como um gesto que mimetiza a recusa ao pensamento metafísico já operada por esses autores. A partir da construção de algumas cenas em torno dos regimes das artes rancierianos, buscamos perceber como as noções de sujeito e de representação são desconstruídas pelo autor, apontando para um diálogo, de um lado, com o tema da morte do autor e do sujeito e, de outro, com um esgotamento ou dissolução da representação. Os regimes ético e representativo aparecem, assim, respectivamente, como um conjunto de cenas arqueológicas da constituição de uma noção de sujeito e de uma noção de representação que o regime estético e a literatura viriam desconstruir. Com isso, o intuito da pesquisa, ao traçar uma interlocução entre Rancière e os autores de uma geração anterior, é perceber as possibilidades e limites estéticos e políticos de seu pensamento. Trata-se de buscar, nos gestos de desconstrução ou de deslocamento da metafísica e da história causal, a abertura de um campo de possibilidades, bem como apontar os resquícios do pensamento essencializante que impede a ampliação dos campos político e estético.
  • DOI: 10.11606/T.8.2023.tde-04102023-150657
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2023-05-26
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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