skip to main content

Impactos da antecipação da ressincronização da ovulação pela detecção precoce de vacas leiteiras não gestantes com a ultrassonografia Doppler

Laurindo Neto, Adomar

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2022-10-10

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Impactos da antecipação da ressincronização da ovulação pela detecção precoce de vacas leiteiras não gestantes com a ultrassonografia Doppler
  • Autor: Laurindo Neto, Adomar
  • Orientador: Pugliesi, Guilherme
  • Assuntos: Vacas De Leite; Ultrassonografia Doppler; Ressincronização; Rentabilidade; Estradiol; Profitability; Resynchronization; Doppler Ultrasonography; Dairy Cows
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Testamos em vacas leiteiras as hipóteses: 1) que iniciar a ressincronização da ovulação para inseminação artificial em tempo fixo (IATF) 17 dias após a IATF (Ressincronização Superprecoce) melhora a eficiência reprodutiva em comparação com a ressincronização tradicional iniciada aos 31 dias após a IATF; e 2) o tratamento com 1 mg de benzoato de estradiol (BE) no início da Ressincronização Superprecoce não compromete uma gestação pré-existente e reduz a taxa de falso positivos (FP) no diagnóstico precoce da gestação por meio da ultrassonografia Doppler. Vacas leiteiras de duas fazendas comerciais, com escore de condição corporal entre 2 e 4 (escala: 1-5), com período de espera voluntária de 52 dias, foram submetidas a um protocolo baseado em BE/progesterona (P4) para a primeira IATF pós-parto (D0). No D17, as vacas foram distribuídas aleatoriamente em três grupos experimentais (n=150/grupo): Controle (C); Ressincronização Superprecoce (SP) e Ressincronização Superprecoce + 1 mg BE (SP+BE). No diagnóstico de gestação convencional (31 dias após cada IATF), vacas não gestantes (NG) do grupo C foram submetidas ao mesmo protocolo hormonal feito no manejo reprodutivo da fazenda, sendo repetido para realizar três IATFs (D0, D42 e D84) no intervalo de 84 dias. Em ambos os grupos submetidos a Ressincronização Superprecoce, todas as vacas receberam um dispositivo intravaginal de P4 de primeiro uso (CIDR®, Zoetis, Brasil) associado (SP+BE) ou não (SP) a 1 mg BE (1 mL, i.m., Gonadiol®, Zoetis) 17 dias após cada IATF, sendo repetido até obter quatro possibilidades de IATFs em 84 dias. No D24, D52 e D80 as vacas foram avaliadas por ultrassonografia Doppler para determinar a perfusão sanguínea do CL e aquelas em que foi detectada luteólise foram consideradas NG e receberam uma dose de 25 mg dinoprost trometamina (5 mL, i.m., Lutalyse®, Zoetis). No D26, os dispositivos P4 foram removidos e foi administrado 1 mg de cipionato de estradiol (CE; 0,5 mL, i.m., ECP®, Zoetis) e 25 mg de dinoprost trometamina nas vacas consideradas NG. No D28 foi realizada uma segunda IATF (intervalo de 28 dias entre as IATFs). Ambos os tipos de ressincronização (Ressincronização Convencional ou Superprecoce) foram repetidos até D84, o que permitiu um máximo de 3 IATFs no grupo C e 4 IATFs nos grupos SP e SP+BE. O diagnóstico confirmatório de gestação foi realizado nos dias 31 e 66 após a primeira, segunda, terceira e quarta IATF. Os dados foram avaliados por ANOVA, teste exato de Fisher e regressão logística do SAS. A taxa de prenhez (TP) na primeira IATF não diferiu (P>0,1) entre os grupos C (44%), SP (47%) e SP+BE (47%). Vacas submetidas à Ressincronização Superprecoce apresentaram maior (P<0,05) diâmetro folicular (mm) no momento da IATF das vacas NG (17,5±0,2) quando comparadas ao grupo C (15,7±0,2). Considerando a segunda, terceira e quarta IATF, a TP nas ressincronizações não diferiu (P>0,1) entre os grupos C (29,6% [42/142]), SP (30,3% [44/145]) e SP+BE (30,2% [48/159]); entretanto, a TP acumulada nos 84 dias do período experimental foi maior (P=0,05) nas vacas submetidas à Ressincronização Superprecoce (79,3% [238/300]) em relação ao grupo C (72% [108/150]). Além disso, a taxa de resultados de FP entre o diagnóstico por Doppler e o diagnóstico confirmatório de gestação foi menor (P<0,05) no grupo SP+BE (18% [23/128]) do que no SP (30% [48/160]). Finalmente, foram calculados para cada cenário, a lucratividade, o valor presente líquido (VPL), taxa interna de retorno (TIR) e o payback como indicadores da viabilidade econômica. Sob as condições analisadas, observou-se que o cenário com melhor desempenho econômico foi a Ressincronização Superprecoce (Lucratividade de R$ 94.891,35; VPL R$ 63.172,81; TIR 76,32% ao ano e payback de 7 semanas), comparado a Convencional (Lucratividade de R$ 94.756,06; VPL R$ 49.416,51; TIR 51,36% e Payback de 11 semanas). Em conclusão, a Ressincronização Superprecoce aumenta a TP durante os primeiros 84 dias após o período de espera voluntária em vacas leiteiras e apresenta melhores indicadores de retorno econômico com sua aplicação. O uso de 1 mg BE associado a um dispositivo de P4 no D17 após IATF é preferível para aumentar a eficácia do protocolo na Ressincronização Superprecoce, pois não é prejudicial à gestação anterior, e reduz a proporção de vacas NG com CL funcional aos 24 dias após a IATF anterior.
  • DOI: 10.11606/D.10.2022.tde-12122022-120917
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2022-10-10
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

Buscando em bases de dados remotas. Favor aguardar.