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Atividade caça em uma comunidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA)

Vasconcelos Neto, Carlos Frederico Alves De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências 2016-07-22

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Atividade caça em uma comunidade da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã (RDSA)
  • Autor: Vasconcelos Neto, Carlos Frederico Alves De
  • Orientador: Murrieta, Rui Sergio Sereni
  • Assuntos: Amazônia; Ribeirinhos; Atividades Cinegéticas; Ecologia Humana; Rdsa; Amazônia; Hunting; Human Ecology; Asdr; Riverine
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A história da ocupação recente do Lago Amanã inicia-se nas décadas finais do século XIX com o declínio na produção da borracha brasileira. Após o fim deste ciclo, a economia na região amazônica passou por uma grande diversificação, centrando-se na extração de madeira, pesca, caça (comércio de peles e carne), dentre outros produtos. Com esta mudança na economia extrativista, os regatões que abasteciam o mercado interiorano e, sobretudo, os seringais, passaram a deslocar-se para os interiores em busca de produtos regionais para atender a demanda nas capitais. Desse modo, o capítulo 2 dessa dissertação tem como objetivo realizar uma reconstrução histórica a respeito do processo de ocupação e modo de vida das pessoas que atualmente situam-se na comunidade Boa Esperança (localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã) e fornecer detalhes sobre processos que podem influenciar a atividade de caça relatada no capítulo 3. Já o capítulo 3 se propõe a responder as seguintes questões: 1) a variação sazonal do nível dos rios afeta a atividade de caça na área estudada? 2) a preferência alimentar por determinada espécie influencia no abate das demais? Para obter a resposta, foram utilizados dados de monitoramento de caça entre os anos de 2003 e 2014. Uma etapa piloto foi realizada entre setembro e outubro de 2014, com duração de 22 dias para a seleção da comunidade; durante os meses de fevereiro e março de 2015, em 48 dias de campo, realizou-se a primeira etapa de campo para testes metodológicos; a segunda etapa da pesquisa foi realizada nos meses de agosto a outubro do mesmo ano, totalizando 66 dias em campo. Foram selecionados todos os indivíduos do sexo masculino com idade superior a 18 anos e que participassem da atividade de caça no local. Foram realizadas conversas informais que possibilitaram a elaboração do roteiro de história de vida. Somado a essas entrevistas de caráter mais informal, foram realizadas 47 expedições para realizar a observação participante, sendo 11 para caça, 16 para pesca, 19 para agricultura e apenas uma para coleta de madeira. Os dados de caça utilizados no capítulo 3 fazem parte de um sistema de monitoramento de caça a longo prazo chamado de SMUF (Sistema de Monitoramento do Uso da Fauna), realizado entre os anos de 2002 e 2014. Para identificar se a variação no nível dos rios causa efeito sobre a atividade de caça local foi utilizado dados fluviométricos do mesmo período. Discriminou-se para todos os animais abatidos sua identificação científica, peso individual, local e data do abate, número de caçadores envolvidos e o tempo de caçada. Para responder à questão central do capítulo 3 utilizamos o teste de correlação de Pearson para compararmos se a biomassa animal coletada e esforço exercido pelos caçadores variam de acordo com a fluviometria local. Buscando averiguar se a fluviometria influi diferentemente no abate de algumas espécies, as mesmas análises foram realizadas separadamente com os cinco animais mais caçados. Os dados do capítulo 2 forneceram informações extremamente importantes para compreender o modo de vida dos moradores da Comunidade Boa Esperança. Apesar da caça ter capacidade de gerar grandes impactos na fauna, nossos dados deram luz a fatores ambientais, culturais e socioeconômicos que são capazes de modificar o modo como os animais são caçados localmente. Os dados do capítulo 3 demonstraram que a relação entre biomassa coletada, esforço despendido e fluviometria variam de acordo com a espécie caçada. De modo geral, isso pode estar associado a diversos fatores: 1) heterogeneidade de habitats, diversidade florística e conectividade das áreas de caça com áreas de igapó e várzea; 2) variações sazonais de produtividade e disponibilidade de alimentos entre as áreas; 3) diferenças no forrageio das espécies; 4) comportamento agregativo de algumas espécies; 5) efeitos da sobrecaça e expansão agrícola. Outro fator que pode ser associado as correlações entre biomassa, esforço e fluviometria é a preferência alimentar. Tendo em vista que as demais comunidades que compõem a RDS Amanã podem possuir diferentes históricos socioeconômicos, ambientais e de vida, temas como a migração de bandos, variação sazonal de abate, preferência alimentar, demanda comercial de carne silvestre e inserção de fontes alternativas de renda merecem ser estudados com mais profundidade para que se possa ter uma real compreensão da dinâmica de caça nas comunidades. Esses estudos serão fundamentais para a elaboração de um Plano de Gestão embasado nas diferentes realidades locais
  • DOI: 10.11606/D.41.2017.tde-05122016-152231
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Biociências
  • Data de criação/publicação: 2016-07-22
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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