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Caracterização da microbiota fecal de cães obesos e após emagrecimento

Macedo, Henrique Tobaro

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia 2020-02-21

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Caracterização da microbiota fecal de cães obesos e após emagrecimento
  • Autor: Macedo, Henrique Tobaro
  • Orientador: Brunetto, Marcio Antonio
  • Assuntos: Trato Gastrointestinal; Obesidade; Microbioma; Disbiose; Canino; Dysbiosis; Gastrointestinal Tract; Microbiome; Obesity; Canine
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: A obesidade é considerada na medicina veterinária a afecção nutricional e metabólica mais comum da atualidade. Esta ocorre devido ao acúmulo excessivo de tecido adiposo no organismo, resultado do aumento na ingestão de energia associado a falta de atividade física. A obesidade vem sendo correlacionada com disbiose da microbiota intestinal, bem como em desordens imunológicas, alterações ortopédicas, respiratórias e metabólicas, como resistência insulínica e hiperlipidemia. Estudos demonstraram em ratos geneticamente obesos e induzidos pela dieta, que a microbiota cecal de animais acima do peso apresentam tags genéticos ambientais que codificam enzimas envolvidas na degradação de polissacarídeos e no metabolismo de carboidratos simples. Assim, a microbiota de indivíduos obesos pode ser mais eficiente em digerir e metabolizar a energia da dieta que indivíduos magros. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a microbiota fecal de cães obesos e em escore corporal ideal e avaliar os efeitos do programa de perda de peso sobre os filos e gêneros bacterianos. Foram incluídos vinte cães, fêmeas, castradas, de diferentes raças, com idade entre 1 a 9 anos. Os animais foram divididos em dois grupos: grupo experimental de animais obesos (GO), com escore de condição corporal (ECC) 9 e com porcentagem de gordura corporal superior a 30%, determinada pelo método de diluição de isótopos de deutério e um grupo controle (GC), com ECC 4 ou 5 e gordura corporal máxima de 15%. Os animais obesos foram incluídos em um programa de perda de peso e, quando perderam 20% do peso inicial, passaram a compor o grupo de animais emagrecidos (GE). Foram coletadas amostras de fezes dos três grupos experimentais. Nos grupos controle e obesos, a coleta foi realizada após um período de adaptação com dieta de manutenção e, no grupo emagrecido, a coleta de fezes foi realizada no final do programa de perda de peso. Após cada coleta, as amostras foram armazenadas em freezer -80°C. Na sequência, foi extraído o DNA total das fezes e estas foram sequenciadas pela metodologia Illumina. As abundâncias observadas para cada filo e gênero foram avaliadas por modelo linear generalizado, considerando distribuição binominal e pelo emprego da função de ligação logit. O modelo incluiu efeitos fixos de grupos (Controle, Obesos e Emagrecidos), além dos efeitos aleatórios de animal e resíduo. Todas as análises foram realizadas pelo procedimento PROC GLIMMIX do programa Statistical Analysis System. Valores de P<0,05 foram considerados significativos. Foram identificados 7 filos e 51 gêneros diferentes entre os 3 grupos experimentais. O filo e gênero predominante entre os grupos foi respectivamente o Firmicutes (53,01% - 71,98%) e o Clostridium (42,43 25,51%). Foi observada diferença entre animais obesos e magros para o filo Firmicutes (P=0,0189) e gênero Sutturella (P=0,0095). O programa de perda de peso modulou de forma positiva os filos Actinobacteria (P=0,0128), Firmicutes (P=0,0189) e o gênero Dorea (P<,0001) e, negativamente o Faecalibacterium (P=0,0114). O presente trabalho verificou que o programa de perda de peso foi capaz de modular os microrganismos do trato gastrointestinal, de forma que, os cães emagrecidos apresentaram composição microbiana com maior biodiversidade, aumento de Actinobacteria, Firmicutes e Dorea e menor abundancia de Faecalibacterium.
  • DOI: 10.11606/D.10.2020.tde-18052020-102343
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Data de criação/publicação: 2020-02-21
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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