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Características clínicas e alterações estruturais em exames de ressonância magnética : importância para o desfecho da depressão em idosos

Ribeiz, Salma Rose Imanari

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2013-11-22

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Características clínicas e alterações estruturais em exames de ressonância magnética : importância para o desfecho da depressão em idosos
  • Autor: Ribeiz, Salma Rose Imanari
  • Orientador: Bottino, Cassio Machado de Campos
  • Assuntos: Prognóstico; Imagem Por Ressonância Magnética; Idoso; Depressão; Antidepressivos; Depression; Elderly; Magnetic Resonance Imaging; Prognosis; Antidepressants
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Descrição: A relação entre as alterações estruturais cerebrais e a resposta ao tratamento da depressão em idosos continua a ser uma área intrigante de pesquisa. Neste estudo, foram investigadas diferenças quanto ao volume total e regionalizado de substância cinzenta e branca em exames de ressonância magnética (RM) de idosos com depressão (de acordo com os critérios do DSMIV-TR) e de controles. Além disso, para melhor compreender a fisiopatologia da depressão no idoso, o volume total das hiperintensidades em substância branca foi quantificado e comparado entre os grupos. A amostra foi composta por 30 idosos com depressão e 22 controles. Os idosos com depressão foram divididos em grupos de acordo com o uso prévio de antidepressivos, a resposta ao tratamento farmacológico, assim como de acordo com a idade de início da depressão. As imagens de RM foram processadas utilizando o programa Statistical Parametric Mapping e a morfometria baseada em voxel (DARTEL). A quantificação do volume total das hiperintensidades em substância branca foi realizada através de uma variação do método automático conhecido como Expectation Maximization Segmentation (EMS). Na análise do cérebro inteiro, encontramos uma redução volumétrica significativa no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente em pacientes em comparação com os controles.Além disso, os pacientes que não estavam em uso de antidepressivos no momento da aquisição da RM apresentaram uma redução volumétrica ainda maior no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente. Pacientes com uso prévio de antidepressivos mostraram uma redução volumétrica no giro reto e córtex orbitofrontal bilateralmente em comparação com os controles e pacientes sem uso prévio de antidepressivos apresentaram uma redução ainda maior no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente em comparação com os controles. De acordo com seu estado de remissão após o uso de um algoritmo de tratamento farmacológico da depressão em idosos, os pacientes foram classificados nos grupos remissão e não remissão. O grupo remissão apresentou uma redução volumétrica no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente e no pólo temporal médio direito, em comparação com o grupo controle. O grupo não remissão mostrou uma redução volumétrica ainda maior no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente em comparação com o grupo controle. Para investigar fatores preditores de remissão, foi utilizada uma regressão logística. A pontuação inicial do Mini Exame do Estado Mental e o volume corrigido (para o volume total de substância branca) inicial do córtex orbitofrontal superior lateral esquerdo classificaram os pacientes de acordo com a resposta ao tratamento farmacológico. As mesmas análises estatísticas foram realizadas em relação ao volume de substância branca. Pacientes sem uso prévio de antidepressivos mostraram uma redução volumétrica no giro frontal superior direito em comparação com os controles. Além disso, o grupo com depressão de início tardio apresentou um aumento volumétrico no lóbulo posterior esquerdo do cerebelo em comparação com o grupo controle. Em relação ao volume total das hiperintensidades de substância branca, a amostra final processada com o EMS foi constituída por 22 pacientes e 19 controles. As mesmas comparações entre grupos descritas anteriormente foram realizadas e não foi encontrada diferença estatisticamente significante entre os grupos. Foi realizada uma nova regressão logística para investigar fatores preditores de remissão nessa amostra menor, incluindo o volume total de hiperintensidades de substância branca e não foi encontrado resultado estatisticamente significante. Em conclusão, os idosos com depressão apresentam redução volumétrica no giro reto e no córtex orbitofrontal bilateralmente e isso pode ser uma característica da depressão em idosos e um potencial biomarcador dessa condição. O uso de antidepressivos pode proteger contra a redução volumétrica de substância cinzenta e branca e parece ter um efeito neurotrófico nesses pacientes. Além disso, déficit cognitivo e redução de substância cinzenta no córtex orbitofrontal superior lateral esquerdo no início do estudo podem ser preditores de pior resposta ao tratamento farmacológico da depressão no idoso. Estudos longitudinais, com amostras maiores e com pacientes com depressão mais grave poderão contribuir para uma melhor compreensão da fisiopatologia da depressão em idosos
  • DOI: 10.11606/T.5.2013.tde-13012014-142120
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2013-11-22
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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