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Do sonho à desconstrução: a nação em Mayombe e Predadores, de Pepetela

Oliveira Filho, Jose Antonio Pires De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2012-08-17

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Do sonho à desconstrução: a nação em Mayombe e Predadores, de Pepetela
  • Autor: Oliveira Filho, Jose Antonio Pires De
  • Orientador: Lugarinho, Mário César
  • Assuntos: Crítica Literária; Estudos Pós-Coloniais; Ficção (Gênero); Pepetela; Identidade Nacional; Literaturas Africanas De Língua Portuguesa; African Portuguese-Speaking Literature; National Identity; Literary Criticism; Fiction (Genre); Post-Colonial Studies
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Notas Locais: Versão corrigida
  • Descrição: A formação deste trabalho tem como horizonte a comparação entre as obras Mayombe e Predadores do autor angolano Pepetela, principalmente no tocante a perspectiva nacional que está impressa em cada texto, todavia de maneiras diversas. A possibilidade de ler as obras de maneira muito próxima aos fenômenos históricos angolanos é aquilo que faz com que se projete sob os olhos a questão nacional que é tão cara à série literária angolana, principalmente caso se tenha em mente a formação do jovem país e a necessidade de construir a identidade. As obras em questão registram, em momentos diversos, esta construção e as nuances ideológicas no processo nacional, cada qual em uma época e quando olhadas uma em relação a outra, consegue-se depreender mais, primordialmente aquilo que está no âmbito ideológico da desconstrução e da perda de paradigmas, sejam eles políticos ou culturais. É o efeito da pós-modernidade que obriga a sociedade em questão a descobrir-se sem chão e sem certeza de nada, uma vez que não mais se pode falar de estado colonial, mas sim pós-colonial e, como tal, terra aberta a possibilidades, sejam elas propositivas ou niilistas com relação à formação nacional. Dessa maneira, para depreender mais que obviedades da relação dessas obras, deve-se ter em mente que as formações híbridas desse espaço obrigam o desapego teórico, caminhando na direção da colaboração entre as disciplinas de modo a captar significativamente algo deste contato. Assim, interrogar-se sobre as obras Mayombe e Predadores tanto no que toca nos pontos de contato quanto nos de repulsão é mais que exercício teórico, é questionar-se quanto à legitimidade do processo nacional que está subentendido nas duas obras. Pepetela, como uma espécie de demiurgo, registra aquilo que está fora do lugar, destoando a análise, e que aos poucos, apresenta como um acre sabor na boca de quem lê, aquilo em que se transformou o sonho de libertação angolana, justamente o antípoda do processo que se apossa e faz com que o capitalismo mais selvagem possível arrebate o sonho comunista de princípio, e que não mais é possível crer num Estado aos moldes do Ocidente do século XIX, mas simplesmente os frangalhos do mesmo. Entretanto, não se pode ler o contexto acima verificado de modo apenas negativo, uma vez que dele pode se verificar obras literárias complexas que não só dão conta da fotografia histórica, mas também de todo um trabalho de linguagem e de sentido que, para ser de fato apreciado, demanda o trabalho técnico hermenêutico de avanço e retrocesso, do micro ao macro, para que se produza algum conhecimento satisfatório a respeito das obras.
  • DOI: 10.11606/D.8.2012.tde-29102012-101702
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2012-08-17
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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