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Encontros e desencontros entre petismo e lulismo: classe, ideologia e voto na periferia de São Paulo

Oliveira, Camila Rocha De

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 2013-11-25

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Encontros e desencontros entre petismo e lulismo: classe, ideologia e voto na periferia de São Paulo
  • Autor: Oliveira, Camila Rocha De
  • Orientador: Singer, Andre Vitor
  • Assuntos: Classes Trabalhadoras; Partido Dos Trabalhadores; Eleições; Ideologia; Lulismo; Ideology; Elections; Working Class
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Segundo o cientista político André Singer (2012) o ano da reeleição de Lula da Silva como presidente do Brasil teria marcado o surgimento de um novo fenômeno na política brasileira, o lulismo. Lula teria vencido o pleito, em grande medida, devido aos votos de pessoas de baixíssima renda, as quais o autor passou a agrupar sob a categoria de suproletariado. O subproletariado, que desde a redemocratização em 1985, sempre teria votado, em sua maioria, em candidatos à direita de Lula, passou a sustentar eleitoralmente o lulismo, uma vez que o mesmo padrão de votação se repetiu na vitória de Dilma Rousseff, sucessora de Lula na presidência. Segundo Singer, tal padrão eleitoral também teria uma sustentação ideológica, uma vez que a ideologia do subproletariado, que combinaria elementos de esquerda, mudança social, e direita, manutenção da ordem social e econômica, seria encampada pelo projeto lulista. Porém, tendo em vista a ascensão social de segmentos de baixíssima renda que ocorreu a partir de 2004, ainda no primeiro governo Lula, os quais passaram a ser compreendidos como nova classe média (Neri, 2008; Lamounier; Souza, 2010), nova classe trabalhadora (Souza, 2010) ou ainda como classes trabalhadoras em ascensão (Pochmann, 2012), o que seria possível dizer a respeito da adesão eleitoral e ideológica destes setores ao projeto lulista, uma vez que, teoricamente, teriam deixado de ser subproletários? Se estas pessoas apoiassem Lula, isso reverteria em votos a outros candidatos do PT? Ou essas pessoas, por terem ascendido socialmente, votariam nos candidatos de oposição ao governo como o faz a maior parte da classe média tradicional? Para tentar responder estas e outras perguntas, durante dois anos realizei uma etnografia na Brasilândia, um bairro de periferia da cidade de São Paulo localizado na Zona Noroeste, durante a qual fiz entrevistas em profundidade com dezessete pessoas que haviam ascendido socialmente durante os governos Lula. As entrevistas foram feitas em 2011, um ano não-eleitoral, e em 2012, ano de eleições municipais em que Fernando Haddad, candidato do PT apoiado por Lula, saiu vitorioso com expressiva votação dos moradores mais pobres da cidade.
  • DOI: 10.11606/D.8.2013.tde-13032014-122930
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
  • Data de criação/publicação: 2013-11-25
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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