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Demonstração contábil do valor adicionado -DVA um instrumento para medição da geração e distribuição de riqueza das empresas

Ariovaldo dos Santos

1999

Localização: FEA - Fac. Econ. Adm. Contab. e Atuária    (T657 S237d v.2 )(Acessar)

  • Título:
    Demonstração contábil do valor adicionado -DVA um instrumento para medição da geração e distribuição de riqueza das empresas
  • Autor: Ariovaldo dos Santos
  • Assuntos: CONTABILIDADE
  • Notas: Tese (Livre Docência)
    Tese (Livre Docência) -- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo ; Bibliografia
  • Descrição: Nas últimas 4 décadas, a Contabilidade passou a oucpar espaço importante como instrumento de avaliação das relações sociais entre as empresas e a sociedade. O balanço social como um todo, e a demonstraçõ do valor adicionado - DVA de modo particular, têm-se mostrado como elementos que poderão ter grande destaque na aferição de informações sociais e macroeconômicas. As crises políticas e econômicas, vividas e enfrentadas no Brasil, acabaram por impor dificuldades na manutenção de órgãos, como, por exemplo, O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, que realizam serviços estatísticos. Entende-se que as próprias empresas poderiam estar prestando relevantes serviços no auxílio de preparação e cálculo do produto interno bruto - PIB brasileiro. Em linhas gerais, pode-se afirmar que a soma das riquezas criadas pelas empresas, medidas pelo valor adicionado, eliminadas algumas duplas contagens, representa um dos principais componentes de nosso PIB. A demonstração do valor adicionado - DVA, elaborada através dos recursos disponibilizados pela Contabilidade, poderá se constitutir em um dos mais ricos instrumentos a serem utilizados na aferição de informações macroeconômicas. Assim, o principal objetivo deste trabalho foi a realização de uma pesquisa junto às empresas no sentindo de incentivá-las a prepararem e divulgarem, em conjunto com as demonstrações contábeis tradicionais, a DVA. Tal pesquisa foi realizada com base no cadastro de empresas mantido pela FIPECAFI para edição anual de melhores e maiores, da revista Exame. Conseguiu-se juntar, para o ano de 1996, 486 demonstrações, cujo valor adicionado taotal foi de 67,2 bilhões de dólares, o equivalente a aproximadamente 8,7 % do PIB. Para o ano de 1997, o resultado foi ainda melhor, pois juntaram-se 664 demonstrações com valor adicionado de 104,6 bilhões de dólares, equivalentes a 13,0 % do PIB. Tomando-se apenas as empresas que apresentaram a
    DVA nos anos de 1996 e 1997, conseguiu-se juntar 414 demonstrações, com 62,0 e 63,5 bilhões de dólares, respectivamente. Os resultados dessa pesquisa estão apresentados por tipo de sociedade (abertas ou fechadas), pelo porte (maiores e demais) e pela origem do capital (nacionais e estrangeiras); fez-se ainda a classificação por ramo de atividade e setor. A distribuição da riqueza gerada por essas empresas foi feita para os seguintes ítens: despesas com pessoal; carga tributária, representada por impostos, taxas e contribuições; juros e aluguéis, pagos a financiadores externos de capital; juros sobre o capital próprio e dividendos, pagos aos acionistas e lucros retidos, representados pelos lucros que não foram distribuídos. São, ainda, apresentados diversos índices, com base na amostra da pesquisa realizada, em que o valor adicionado é utilizado com referencial. Entre eles destacam-se: valor adicionado por empregado, valor adicionado sobre faturamento, valor adicionado versus aquisição de imobilizado e valor adicionado versus depreciações. Dentre as muitas informações obtidas através da pesquisa destacam-se: a parcela do valor adicionado distribuída para pessoal e encargos foi de 33,3 % em 1996, e 30,0 % em 1997, para as amostras de 486 empresas e 664, respectivamente. A carga tributária de 1996 atingiu, em média, 40,5 %, com diferenças muito relevantes entre os setores. Por exemplo, o de bebidas e fumo teve 78,4 % de seu valor adicionado distribuído como impostos, enquanto o de construção destinou ao governo 12,5 %. Em 1997, a carga tributária médias das empresas incluídas na pesquisa foi de 42,1 %; o setor mais tributado continuou sendo o de bebidas e fumo com 76,7 %, enquanto o de menor tributação foi de mineração com 15,7 % do valor adicionado. Outra informação que ficou evidenciada, em relação aos impostos, é que estes incidem muito mais sobre a produção do que o lucro. A remuneração do capital, próprio
    e de terceiros, correspondeu a 26,1 %, em 1996, e 27,9 %, em 1997, do valor adicionado. A pesquisa contou com 334 empresas que, além de apresentarem a DVA nos anos de 1996 e 1997, também disponibilizaram a quantidade de empregados utilizada na geração do valor adicionado; nessa amostra o valor adicionado por empregado cresceu de 67 mil e 400 dólares, em 1996, para 74 mil e 200 dólares, em 1997, enquanto o número de empregados foi reduzido em 7,0 %, o que corresponde a 58.131 postos de trabalho a menos
  • Data de criação/publicação: 1999
  • Formato: 2 v.
  • Idioma: Português

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