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No limiar do silêncio e da letra traços da autoria em Clarice Lispector

Maria Lucia Homem Cleusa Rios Pinheiro Passos

2011

Localização: FFLCH - Fac. Fil. Let. e Ciências Humanas    (Disponível apenas online )(Acessar)

  • Título:
    No limiar do silêncio e da letra traços da autoria em Clarice Lispector
  • Autor: Maria Lucia Homem
  • Cleusa Rios Pinheiro Passos
  • Assuntos: Lispector, Clarice 1925-1977; SUJEITO; PSICANÁLISE; LITERATURA BRASILEIRA
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: Versão Corrigida
  • Descrição: O campo da literatura é o campo da mimesis. Para que esta ocorra é necessário um objeto passível de ser representado, um sujeito que a exerça, uma linguagem que a viabilize e, ainda, um leitor que a receba. O objeto a ser recriado pode ser real ou virtual, o meio de sua recriação é a palavra. Palavra que busca transpassar o enigma do real. Ao longo dos tempos, constituíram-se diversas formas de representação, variando, de maneiras diferentes, as diversas instâncias narrativas. Essa variação esteve atrelada à concepção de sujeito e de possibilidade de uso da linguagem que ganhava corpo em determinado momento da arte e da literatura. Clarice Lispector insere-se nessa história e tradição. O sujeito uno, racional e esclarecido, "autor" que começa a se esboçar na transição para a modernidade, em linhas gerais, tinha como ferramenta uma linguagem transparente a fim de delinear a paisagem que se apresentava a seus olhos. No entanto, com o passar dos séculos, esses pólos foram se complexificando. O sujeito revelou-se descentrado, fragmentado, desconhecido de si próprio. Quem narra? Passou-se a desconfiar da palavra. Pôr em palavras é aniquilar o objeto? Seria melhor calar o que não se pode dizer? O objeto desvela sua opacidade, sua estranheza. O que seria passível de representação? São essas as questões - privilegiadas neste trabalho - que animam a obra clariceana, notadamente seus últimos romances: Água viva, A hora da estrela e Um sopro de vida. A própria forma
    do romance contemporâneo segue paralela e se alimenta dessas questões. O romance estruturalmente clássico - que visava representar o universo subjetivo do herói individualizado que nasce com a modernidade - fica estremecido em suas bases sólidas e já estabelecidas. Acentua-se uma maneira de compor em que personagem, narrador e autor se )interceptam continuamente e na qual o silêncio aparece como ponto de fuga do enquadre narrativo, vórtice que parece arrastar o próprio movimento da escritura. O pacto ficcional se altera, o jogo entre silêncio e palavra se revela - pontos centrais dos romances em questão, que serão enfocados na interface literatura / psicanálise
  • Data de criação/publicação: 2011
  • Formato: 207 p.
  • Idioma: Português

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