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Tendência e distribuição do consumo de alimentos segundo a classificação NOVA no Reino Unido 2008-2019

Madruga, Mariana Ferreira

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina 2022-07-15

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Tendência e distribuição do consumo de alimentos segundo a classificação NOVA no Reino Unido 2008-2019
  • Autor: Madruga, Mariana Ferreira
  • Orientador: Rauber, Fernanda
  • Assuntos: Padrão Alimentar; Processamento De Alimentos; Qualidade Dos Alimentos; Reino Unido; Food Patterns; Food Processing; Food Quality; United Kingdom
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
  • Descrição: Introdução: Impulsionados pela globalização, sobretudo em países desenvolvidos, alimentos ultraprocessados dominam o mercado mundial de alimentos e substituem refeições baseada em alimentos in natura ou minimamente processado utilizados em preparações culinárias. Embora evidências indiquem uma tendência de mudança nos padrões alimentares associadas à chegada dos alimentos ultraprocessados, até o momento não houve estudo que avaliasse a evolução da tendência do consumo alimentar segundo o grau de processamento industrial entre britânicos. Objetivo: Avaliar uma série histórica do consumo de alimentos, levando em conta a extensão e o propósito do seu processamento industrial, e descrever a distribuição regional e socioeconômica desse consumo no Reino Unido. Métodos: Os dados são provenientes da National Diet Nutrition Survey (2008-2019), uma pesquisa nacional e transversal que coleta informações dietéticas detalhadas por meio de registro alimentar de 4 dias. Todos os alimentos presentes nos registros alimentares foram classificados de acordo com a NOVA, sistema de classificação de alimentos baseado na natureza, extensão e propósito do processamento industrial a que os alimentos foram submetidos. Foi estimado a distribuição das calorias e gramas totais consumidas segundo os grupos e subgrupos da NOVA, ao longo dos 11 anos da pesquisa. Para avaliar a tendência linear da participação dietética dos grupos e subgrupos da NOVA, foi utilizado modelos de regressão linear ajustado para as variáveis sociodemográficas usando a variável ano como ordinal. Além disso, foi avaliado as mudanças nos grupos e subgrupos da NOVA segundo características sociodemográficas. Resultados: De 2008-2019, foi observado aumento significativo na tendência de participação calórica de ingredientes culinários (de 3,7 para 4,9% da energia total consumida; p de tendência<0,001), em especial manteiga e óleos; e redução de alimentos processados (de 9,6 para 8,6%; p de tendência=0,002), em especial cerveja e vinho. Não houve mudança no consumo de alimentos in natura ou minimamente processados (30%, p de tendência= 0,505) e alimentos ultraprocessados (56%, p de tendência= 0,580). Apesar disso, foi observado mudança em alguns subgrupos com destaque para redução de carne vermelha e salsicha e outros embutidos e aumento de frutas, refeições prontas, cereais matinais, biscoitos, bolos e tortas e salgadinho de pacote. Segundo as características sociodemográficas, houve aumento significativo da participação calórica de ingredientes culinários processados entre os sexos masculino e feminino; entre as faixas etárias 4-10, 11-18 e 19-64 anos de idade; entre as regiões Norte e Sul da Inglaterra, Países de Gales e Irlanda do Norte; entre as classes social ocupacional alta e intermediária; e entre os indivíduos da etnia branca. Para os alimentos processados, houve diminuição estatisticamente significativa da participação calórica entre sexo masculino; entre a faixa etária 19-64 anos de idade; entre as regiões Norte e Sul da Inglaterra; entre as classes social ocupacional alta e baixa; e entre os indivíduos da etnia branca. Para alimentos in natura ou minimamente processados houve redução significativa entre aqueles maiores de 65 anos. Por fim, para os alimentos ultraprocessados não houve diferenças significativas na participação calórica de acordo com as características avaliadas. Conclusão: Esse estudo destaca que, além da manutenção elevada da participação de alimentos ultraprocessados na dieta britânica ao longo dos 11 anos, houve um aumento significativo dos ingredientes culinários processados e redução dos alimentos processados. Essas tendências, de maneira geral, ocorreram entre os homens, brancos, adultos, moradores das regiões Norte e Sul da Inglaterra e com classe social ocupacional alta. Considerando os efeitos nocivos dos alimentos ultraprocessados para saúde e ambiente e a manutenção desses alimentos em patamares elevados, é urgente a implementação de políticas públicas que limitem o consumo destes alimentos e promovam o consumo de alimentos in natura ou minimamente processado tal como desenvolvimento de habilidades culinárias
  • DOI: 10.11606/D.5.2022.tde-29112022-125237
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina
  • Data de criação/publicação: 2022-07-15
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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