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Fotobiomodulação como terapia complementar no tratamento de feridas diabéticas: efeitos sobre a sensibilidade dolorosa exteroceptiva, processo de cicatrização e possíveis mecanismos moleculares.

Oliveira, Victoria Regina Da Silva

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas 2023-12-15

Acesso online. A biblioteca também possui exemplares impressos.

  • Título:
    Fotobiomodulação como terapia complementar no tratamento de feridas diabéticas: efeitos sobre a sensibilidade dolorosa exteroceptiva, processo de cicatrização e possíveis mecanismos moleculares.
  • Autor: Oliveira, Victoria Regina Da Silva
  • Orientador: Dale, Camila Squarzoni
  • Assuntos: Cicatrização; Úlcera; Fotobiomodulação; Dor; Diabetes Mellitus; Pain; Photobiomodulation; Ulcer; Healing
  • Notas: Tese (Doutorado)
  • Notas Locais: ICB – T.6232 – Observação - Tombo versão digital
  • Descrição: As úlceras diabéticas são responsáveis por cerca de 60% das amputações não traumáticas de membros inferiores, resultando em alta morbimortalidade, grande impacto socioeconômico e com perdas importantes na qualidade de vida. O tratamento convencional além de doloroso, é geralmente longo e depende da colaboração ativa dos pacientes, sendo necessário desenvolvimento de protocolos adicionais capazes de gerar benefícios a curto período. A fotobiomodulação (FBM) é uma terapia de baixo custo e fácil aplicação, que apresenta efeitos positivos na redução da sintomatologia dolorosa e reparo tecidual de feridas diabéticas. No entanto, seus mecanismos de ação e protocolos de tratamentos ainda são muito controversos na literatura. Portanto, estudar os mecanismos envolvidos no efeito da FBM sobre a dor e a cicatrização de feridas diabéticas é de grande importância para o desenvolvimento de protocolos de tratamento específicos e com melhores resultados a curto prazo. Este estudo objetivou avaliar os efeitos in vivo e in vitro da terapia por FBM sobre a sensibilidade dolorosa exteroceptiva e processo de cicatrização de feridas de pacientes diabéticos, bem como entender os possíveis mecanismos envolvidos. Foi realizado um estudo transversal e intervencionista, de uma amostra de 20 pacientes diagnosticados com DM e que apresentavam feridas. Os indivíduos foram submetidos a uma avaliação clínica, preenchimento de questionários de avaliação de dor e qualidade de vida e avaliação da sensibilidade dolorosa exteroceptiva, avaliadas por teste quantitativo sensorial (TQS). Ainda foi feita biópsia de pele (5 mm) da região do tríceps sural (panturrilha) para realização de cultura de fibroblastos. Em seguida os pacientes iniciaram a terapia por FBM (660 nm, 100 mW, 1.4 J, 14s por ponto, 2x/semana 14 aplicações) e foram novamente avaliados ao fim do protocolo e após 6 meses da última aplicação. Os resultados in vivo revelaram que a terapia com FBM foi capaz reduzir o tamanho da ferida, esse resultado foi mantido 6 meses após o término do tratamento em 75% dos pacientes avaliados e proporcionou melhora da qualidade de vida e os escores de dor dos pacientes avaliados. Ainda, o TQS revelou que os indivíduos tiveram melhora significativa na percepção mecânica após o tratamento. A avaliação in vitro demostrou uma menor taxa de crescimento nos fibroblastos diabéticos, quando comparados a fibroblastos normais, sendo que o tratamento com FBM aumentou sua capacidade proliferativa e migratória. A análise molecular, demostrou ainda um aumento na produção metaloproteínases de matriz (MMP-1/8 e 2) em fibroblastos diabéticos acompanhada de diminuição nos níveis de TIMP-1. O tratamento com FBM foi capaz de regular tanto os níveis de MMPs quanto de TIMP mostrando quão significativa é a presença destas para uma boa cicatrização. Esses efeitos envolvem a regulação de ERK 1/2, e, portanto, apontada como a via de sinalização envolvida nesse processo. Em conjunto, os dados aqui obtidos demonstram que a terapia por FBM induz efeitos cicatrizantes e regenerativos em pacientes diabéticos demonstrando sua eficácia como ferramenta adjuvante indispensável no tratamento clínico da sintomatologia dolorosa e processo de cicatrização de feridas em pacientes diabéticos. Ainda, o estudo in vitro permite uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares levando a protocolos clínicos mais rigorosos para máxima segurança e eficácia desta abordagem no tratamento do paciente diabético.
  • DOI: 10.11606/T.42.2023.tde-05022024-135651
  • Editor: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP; Universidade de São Paulo; Instituto de Ciências Biomédicas
  • Data de criação/publicação: 2023-12-15
  • Formato: Adobe PDF
  • Idioma: Português

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