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A formação da diversidade humana no Magreb um estudo biológico

Camila Storto Frochtengarten Sabine Eggers

2004

Localização: IB - Instituto de Biociências    (M-1161 ) e outros locais(Acessar)

  • Título:
    A formação da diversidade humana no Magreb um estudo biológico
  • Autor: Camila Storto Frochtengarten
  • Sabine Eggers
  • Assuntos: CRANIOMETRIA; PLEISTOCENO; HOLOCENO; MAGHREB
  • Notas: Dissertação (Mestrado)
    Dissertação (Mestrado) - Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo
  • Descrição: O Magreb (noroeste da África) é uma região que apresenta grandes desafios ao estudo da evolução da diversidade humana. Estes se relacionam à antiguidade de seu povoamento, à alternância de períodos de grande isolamento com outrosde contato com a África subsaariana durante a pré-história e às influências mediterrâneas mais recentes. Neste trabalho, realizamos um estudo da morfologia craniana recente do Magreb, utilizando dados métricos e não métricos originais, coletados em crânios recentes da região. Através deste estudo, demonstramos a grande variabilidde morfológica desta população que, entretanto, não diferencia os subgrupos populacionais regionais (do Marrocos, Tunísia ou Argélia) ou étnicos (berberes ou não-berberes). Além disso, um estudo das afinidades regionais (com populações africanas e européias e, mais detalhadamente, com a população recente do Sahel) leva a crer que esta população possui uma morfologia única. Estes dados foram interpretados considerando as características genéticas da população recente do Magreb e a história do povoamento desta região, entre outras informações. Assim, levantamos a hipótese de que a variabilidade biológica entre as populações humanas do Magreb seja explicada pela prepoderância biológica dos grupos berberes na região, pela influência constante das migrações ao longo do tempo (sem a ocorrência de substituição populacional) e pela homogenização causada pelo fluxo gênico intrapopulacional recente. Utilizamos
    também dados de crânios dos sítios epipaleolíticos de Afalou-bou-Rhummel e Taforalt (associados a indústrias arqueológicas iberomaurusienses) e de outros sítios arqueológicos do final do Pleistoceno e início do Holoceno, associados a indústrias arqueológicas iberomaurusienses e capsienses, a fim de caracterizar a variabilidade morfológica deste período e testar a hipótese da contribuição destes grupos na formação da diversidade biológica atual. Os resultados evidenciam uma maior diversidade dos grupos humanos no final do Pleistoceno e início do Holoceno do que atualmente, atribuída a um maior isolamento entre os grupos humanos do Magreb neste período. Segundo nossas análises, muitos destes grupos provavelmente se extinguiram ou pouco contribuíram para a formação da diversidade morfológica atual do Magreb, como é o caso dos produtores da cultura iberomaurusiense. Esse fato levanta questões acerca do papel das extinções na evolução da diversidade humana, bem como nos níveis de diversidade morfológica que existiram no passado. A origem dos grupos berberes no início do Holoceno continua, entretanto, um mistério, só podendo ser resolvida se mais escavações forem realizadas na região. Este trabalho utilizou uma abordagem interdisciplinar não encontrada na mioria dos estudos sobre o Magreb, contribuindo para a reconstrução da história evolutiva de suas populações, principalmente no que diz respeito à formação da diversidade
    biológica atual e ao período compreendido entre o final do Pleistoceno e início do Holoceno.
  • Data de criação/publicação: 2004
  • Formato: 256 p il.
  • Idioma: Português

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